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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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13/07/14 Dom: Is 55,10-11 – Sl 64 – Rm 8,18-23 – Mt 13,1-23

Domingo, 13 de julho de 2014

Neste 15º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mateus, mostra que a parábola do semeador é das mais belas e conhecidas. Jesus quando se comunica com os pequenos, usa uma linguagem à sua altura, concreta, simples, humana. Ele próprio, Palavra eterna de Deus, se faz carne, exatamente por isso e para isso. Jesus, na verdade, é a parábola de Deus. As parábolas iluminam o enigma da sua história, envoltas em duplo escândalo. Primeiro: o mal parece bem e se sai bem, enquanto o bem parece mal e se sai mal. Pior ainda: o mal vence, e o bem perde. Segundo: o bem nunca está sozinho; vem sempre misturado ao mal. Será o bem ‘misturado’ fadado a falir? As parábolas de Jesus pretendem nos ajudar a olhar mais fundo. A crise, que ele acabou de passar, e que nós experimentamos também, é relida, aqui, de outro modo, um modo divino. O bem é vitorioso em sua própria derrota. Mais: no próprio perdurar do mal! Neste sentido, a parábola do semeador e as outras três do capítulo 13 de Mateus, são parábolas de discernimento. Revelam o modo como Deus lê a realidade. Com isso, laçam uma luz nova sobre o que acontece neste mundo e neste tempo forrados de contradição. O Reino já está entre nós, mas longe de estar plenamente. É tempo de semear, não de colher; de trabalhar, não de descançar. O contraste é resolvido de uma maneira inesperada e surpreendente. O Reino, com efeito, não tem um desenvolvimento homogêneo e triunfal. Entra no mundo como o mundo é, encontra-se e confronta-se com o mal e se as malícias e, só assim, o mundo entra escondido no reino, que dá a impressão de falir. O êxito, porém, é certo: esta, a surpresa. Só Deus é Deus e, no fim, vence, e vence de modo divino. O messianismo trazido por Jesus é diferente do esperado pelo povo. Preferimos um bem claro, visível e eficiente. Ao contrário, porém, ele vem misturado ao mal e é combatido por este; vem escondido e parece insignificante, dando até a impressão de fracasso. A parábola do semeador mostra o contraste entre a dureza da semeadura e a surpresa da colheita inesperada. Um resultado surpreendente, indevido, imprevisto e imprevisível. A Palavra de Deus é a semente imortal que nos gera à sua imagem e semelhança. Jesus a anunciou e a viveu. O coração humano, porém, terra infecunda, não acolhe. Decidiu mesmo eliminá-la. Os milagres de Jesus fazem algum sucesso; já as palavras não agradam a ninguém! “Que dizer?”, pergunta-se Jesus. Agir de outra maneira? Satisfazer as expectativas do público? Revestir-se de açúcar o amargo remédio? A parábola do semeador, uma espécie de avaliação e balanço da atividade de Jesus, é a resposta a esta tentação. A parábola do semeador confirma a escolha feita no batismo da missão e corroborada no deserto da tentação. Jesus lança a semente da palavra do Reino, como o camponês que, contra todas as aparências, tem certeza do desfecho final. Conhecendo a força vital da semente, ele sabe que a morte não a destrói, antes, ativa a sua potencialidade. A semente é condição e a trajetória normal de toda semente lançada na terra, se quer produzir. A semente é sacrificada; uma vez, porém, sacrificada, garante a vida para o futuro. É assim que Jesus age na crise. Ao invés de mudar de tática ou de entregar-se às lamúrias, lança-se confiante à semeadura. As dificuldades purificam sua fé, sua esperança e seu amor apaixonado pelo Pai e pelos irmãos.  

 

14/07/14 – Seg: Is 1,10-17 – Sl 49 – Mt 10,34-11,1

15/07/14 – Ter: Is 7,1-9 – Sl 47 – Mt 11,20-24

16/07/14 – Qua: Zc 2,14-17 – (Lc 1,46-47) – Mt 12,46-50

17/07/14 – Qui: Is 26,7-9.12.16-19 – Sl 101 – Mt 11,28-30

18/07/14 – Sex: Is 38,1-6.21-22.7-8 – (Is 38) – Mt 12,1-8

19/07/14 – Sáb: Mq 2,1-5 – Sl 9b – Mt 12,14-21

 

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