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Condor alcança 85 anos com visão renovada do mercado


Os investimentos comprovam essa busca por maior proximidade com o mercado. Nos últimos cinco anos, foram investidos R$ 153 milhões

 

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Aos 85 anos a maioria das empresas não existem mais, porém a Condor continua com dinamismo, jovialidade, competência e prospectando futuro (Foto Divulgação)
  

São Bento - A sinergia entre fortes valores culturais e as recentes mudanças estratégicas com foco no mercado são fatores que consolidam a história de 85 anos da Condor. A empresa catarinense, com capital 100% brasileiro e fundada em 1929 por um imigrante alemão, está colocando em prática ações que a tornem mais próxima dos clientes e dos consumidores.

A Condor exerce papel de liderança no mercado brasileiro em determinados segmentos em que atua: beleza, higiene bucal, limpeza e pintura artística e imobiliária. Para fortalecer essa presença, está em curso uma ampla mudança de foco de atuação. “Nosso olhar se volta para o mercado, procurando conhecê-lo de forma mais profunda para atender os consumidores com produtos inovadores.  Para isso estamos investindo em pesquisa e design e reformulando nossas políticas comerciais”, informa o diretor geral Alexandre Wiggers.

Os investimentos realizados pela empresa comprovam essa busca por maior proximidade com o mercado. Nos últimos cinco anos, foram investidos R$ 153 milhões. Desse volume, 60% estiveram diretamente relacionados com ações comerciais. O restante foi aplicado na ampliação e modernização da área industrial. Somente em pesquisas com consumidores, a Condor investiu R$ 1,2 milhão nos últimos anos. Para 2014 as ações de marketing devem consumir mais de R$ 20 milhões, com foco nos pontos de venda.

Com base nas pesquisas e nos contatos mais frequentes com os clientes e consumidores, a Condor vem dando maior velocidade à renovação do seu portfolio, que é formado por mais de 1.000 itens diferentes. “A nossa decisão de modernizar embalagens, lançar produtos inovadores e ampliar o mix com produtos que complementam nossas linhas está baseada nas necessidades e expectativas do mercado”, ressalta o diretor comercial Fabio Luiz Rose. O lançamento de uma coleção de produtos para o banho na linha de beleza e de panos e esponjas na linha de limpeza é exemplo de novos negócios.

Na área comercial, a empresa vem apostando no PDCON – Programa de Distribuidores Condor. Através de uma rede de distribuidores, a empresa vem conseguindo entrar em pequenos e médios varejos em todo o território nacional. Já são mais de 100 mil pontos de venda ativos. Paralelamente, o varejo de grande porte e as redes regionais são atendidos diretamente pela área comercial com planos de negócios conjuntos. Já as exportações estendem a atuação da empresa a mais de 30 países.

Neste início de ano a Condor também deu mais um passo na aproximação com o consumidor final. O lançamento de sua plataforma nas mídias sociais, através de uma fan page institucional e as demais para cada linha de produtos, busca desenvolver um papel mais intensivo na comunicação direta com as pessoas. “A maioria dos lares brasileiros já possui ao menos um produto Condor. Agora queremos que nossa conexão com o consumidor seja mais próxima e interativa”, revela o gerente de marketing Denis Bover.

A integração das ações comerciais com a permanente evolução industrial, que torna a empresa mais competitiva, vem gerando resultados positivos. Nos últimos cinco anos, a Condor vem registrando um crescimento anual médio de dois dígitos e uma lucratividade três vezes superior à elevação da receita.  Neste ano a empresa projeta um crescimento de 14% sobre o faturamento de 2013, que alcançou R$ 302,5 milhões. Atualmente a estrutura da Condor está distribuída em 41 mil metros quadrados de área construída, na cidade de São Bento do Sul, onde atuam 1.500 profissionais.

Os avanços da empresa vêm conservando valores que foram construídos ao longo de seus 85 anos. A Condor é reconhecida no mercado pela qualidade dos seus produtos, pela seriedade nas relações comerciais e por realmente cumprir aquilo que promete. “Ao mesmo tempo que queremos estar mais próximos do mercado, com uma imagem renovada, trabalhamos para manter essa credibilidade, desenvolvida ao longo de gerações”, revela Wiggers.

 

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Diretor geral Alexandre Wiggers: “Queremos estar mais próximos do mercado, com uma imagem renovada, trabalhamos para manter essa credibilidade, desenvolvida ao longo de gerações” (Foto Divulgação)
  

RESPONSABILIDADE SOCIAL E ECOLÓGICA

A responsabilidade ambiental é permanente na história da Condor. Um exemplo é o projeto de reciclagem de garrafas pet, que aproveita 100% do material na produção industrial. Mensalmente mais de 60 toneladas de garrafas pet, que representam 1,2 milhão de unidades, são processadas pela empresa. Após granuladas, são utilizadas na fabricação de cerdas para vassouras.

Na área social, a empresa investe em diferentes projetos. O programa de prevenção à saúde bucal distribui anualmente mais de 100 mil escovas dentais e mais de um milhão de materiais educativos em todo o país. Ele foi reconhecido pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança através do título Empresa Amiga da Criança.

Ainda na área da saúde, a Condor participa do movimento Outubro Rosa com a comercialização de produtos feitos na cor característica da campanha de prevenção ao câncer de mama. Parte das vendas é destinada à Femama – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama.

A comunidade local também integra as ações de responsabilidade social. O programa Voluntariado Condor reúne os funcionários em ações planejadas, direcionadas especialmente às crianças, adolescentes e idosos. Os profissionais da empresa, por sua vez, além do amplo programa de qualificação e de promoção interna, contam com uma recreativa que oferece oportunidades de lazer e integração em suas sedes social e esportiva.

Ainda na sociedade, a empresa tem um histórico de realizações. Fundou em 1938 a primeira corporação de bombeiros de São Bento do Sul e instalou, em 1945, o primeiro cinema da cidade, o Cine Brasil. Também participou da instalação do Colégio Estadual São Bento, que implantou o então segundo grau no município em 1951, e do primeiro hotel de alta categoria, o Novotel, inaugurado em 1985. Posteriormente incentivou a vinda de novos cursos técnicos e superiores com a instalação da Sociesc na cidade.

 

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As mãos dos funcionários continuam sendo a melhor ferramenta da Condor (Foto Divulgação)
  

HISTÓRIA

Em 1º de julho de 1929 o imigrante alemão Augusto Emílio Klimmek trouxe conhecimento mecânico e algumas máquinas para fabricar escovas dentais na cidade catarinense de São Bento do Sul. Quatro anos depois a empresa já se instalava em prédio próprio. A importação da primeira máquina injetora de plástico dos Estados Unidos, em 1946, possibilitou a criação de novas linhas de produtos. As gerações descendentes do fundador mantiveram sua filosofia de trabalho e levaram a empresa ao permanente desenvolvimento, investindo seguidamente em São Bento do Sul. Em 1996 a Condor deu um importante passo para a profissionalização da empresa. Os acionistas controladores passaram a integrar o Conselho de Administração, enquanto a gestão executiva ficou sob a responsabilidade de executivos não familiares.

 

COM VIGOR DA JUVENTUDE A CONDOR COMEMORA 60 ANOS

 

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Por Pedro A. Skiba – Revista Carisa Ano I – Agosto/Setembro 1989

 

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Primeiras instalações da Klimmek (Foto Revista Carisa/Reprodução)
 

Poucos são os exemplos com administração e controle familiar que atingem a marca dos 60 anos. As Indústrias Augusto Klimmek S/A – são parte desta excessão a regra. Desde o longíncuo ano de 1929 que o imigrante Augusto E. Klimmek começou a escrever esta história.

Originário da Prussia Oriental teve como primeira opção e campo de trabalho a cidade de Joinville, onde se radicou no ano de 1902. Com suas habilidades de mecânica foi fundador da Birckholz – Klimmek – Oficina Mecânica e Fundição a qual serviu de embrião para a hoje famosa Fundição Tupy. Levado pela ânsia de progresso associou-se a outro grupo desta feita na cidade paranaense de Curitiba onde permaneceu até 1928. Nesta ocasião retirou-se da sociedade tendo recebido sua parte no capital o que lhe proporcionou 250 contos de réis. Tendo escolhido São Bento do Sul devido as características geográficas e pelo povo que aqui habitava fundou em 1º de julho de 1929 a Klimmek & Cia Ltda. Apoiado por seu filho Alfredo que embora formado em guarda-livros executava todas as tarefas na empresa inclusive a de foguista iniciou-se a produção de escovas de dentes. Em 1932 a empresa mudou-se para o atual endereço sendo na época prefeito nomeado de São Bento do Sul o capitão Ernesto Nunes que determinou a abertura da rua Independência, hoje Augusto Klimmek, originando na época um litígio com o pastor luterano que fora obrigado a ceder parte do terreno para abertura da rua. Alfredo Klimmek hoje com 78 anos de idade está no comando exercendo a presidência desde a morte de seu pai Augusto em 1970.

 

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Alfredo atual diretor-presidente (Foto Revista Carisa/Reprodução)
 

Lembra Alfredo que sempre foi militante do antigo PSD, que durante as guerra quando interventor no Estado de Santa Catarina ao Dr. Nereu Ramos, face a todos os membros da família serem alemães o pessoal da então UDN antiga rival política taxou-os de “nazistas”, o que fez com que a empresa fosse incluída na lista negra americana o que obrigou a Klimmek na época depositar grande parte de suas ações no Banco do Brasil, como única forma para continuar as suas atividades. Graças a amizade com o então interventor Dr. Nereu Ramos, lembra Alfredo, várias viagens foram feitas até a capital do Estado, Florianópolis, em um caminhão movido a gazogênio, em companhia de seu pai Augusto. Em uma destas viagens, quando no palácio, Nereu Ramos perguntou a Augusto: O senhor já fez o título declaratório de cidadão brasileiro? Diante da resposta negativa de Augusto determinou imediatamente ao pessoal de identificação que procedesse. Era um sábado, três horas da tarde. Joaquim Ramos, irmão de Nereu, ficou encarregado da regularização de tal documento, mais tarde, Alfredo, de posse do protocolo, foi ao Rio de Janeiro onde localizou ao processo. Passado trinta dias recebeu pelo correio, o título e levou ao palácio do Governo para o Dr. Ivo de Aquino registrar.

Alfredo através de carta quis saber do então governador, quanto lhe era devido, ao que respondeu através de telegrama: “Congratulo-me com mais um cidadão brasileiro”. Abraços Nereu Ramos. Consumado isto pode a Klimmek liberar suas ações junto ao Banco do Brasil, e escapar ao julgo de seus concorrentes e adversários políticos.

As maiores dificuldades encontradas pela empresa durante a guerra, foram as de aquisição de matérias-primas indispensáveis ao seu processo produtivo. Mais uma vez a criatividade passou a funcionar. Para substituir o plástico que era usado como cabo das escovas de dentes por falta do celuloide optou-se pelo leite. Alfredo percorreu todos os estábulos da região e na época conseguiu cerca de 600 litros de leite para fornecimento diário. Este processo consistia em desnatar o leite, cuja nata era vendida a indústria Weege de Pomerode. A massa do leite coalhado eram adicionadas produtos químicos para o seu enregecimento, cujo produto final era destinado aos cabos de escovas de dentes.

 

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Marion Klimmek Marschall, gerente de Marketing (Foto Revista Carisa/Reprodução)
 

Posteriormente passou-se a usar madeira da região especialmente ao araribá que devido a sua qualidade não apresentava rachaduras. Ainda na década de trinta foram enfrentados problemas de concorrência que fizeram com que a Klimmek passasse por maus momentos, mas que foram totalmente superados pela persistência, honradez e dignidade com que os negócios eram conduzidos de forma que seus concorrentes é que acabaram desaparecendo do mercado. O início dos negócios era feito através dos despachos de pequenos volumes até que um dia foi solicitado ao Banco do Brasil que indicasse vários representantes. Com a indicação destes, sendo que alguns até hoje permanecem, a empresa teve uma evolução maior em seus negócios, passando a despachar através de vapor, meio de navegação utilizando na época, volumes bem maiores de mercadorias.

Esta aí consolidado o nome Condor, que de acordo com Augusto era o rei das cordilheiras e que com suas asas sobrevoava todo o Brasil. Pioneira em São Bento do Sul na venda de seus artigos para fora do município a Condor iniciava sua grande caminhada. A empresa nestes seus 60 anos mantém uma filosofia de trabalho calcada na honestidade e no tratamento com seus empregados, considerando-os como membros de uma grande família e não apenas como números. Razão disto é o pequeno índice de rotatividade encontrado entre seus funcionários. No último ano a Klimmek teve apenas uma reclamatória trabalhista e ainda com resultado de ganho pela empresa.

Alfredo Klimmek que foi vereador no período de 1954/1957 teve ainda reconhecidos seus serviços prestados a comunidade através do título de cidadão são-bentense que lhe foi conferido no ano de 1979.

  

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Claus Klimmek, diretor-gerente (Foto Revista Carisa/Reprodução)
 

O MERCADO

Num mercado que sofre as consequências da perda do poder aquisitivo, a Condor tem conseguido manter sua performance habitual, graças a extensão de itens que coloca a disposição de seus consumidores. São mais de 520 artigos distintos, com colocação em todo mercado nacional através de equipe de vendas próprias e representantes nomeados.

Os produtos Condor estão presentes também no Exterior, com destaque para EUA, Canadá, América Central, América Latina e Europa.

 

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Heinz Engel, diretor-gerente (Foto Revista Carisa/Reprodução)
  

A Condor tem atualmente três subsidiárias:

1) Condorplas – Indústria e Comércio de Madeiras e Plásticos Ltda

2) Transportes Condor Ltda

3) Condor da Amazônia – Indústria e Comércio de Madeiras Ltda

Com matriz e subsidiárias a Condor emprega mais de 2.000 funcionários.

Área total construída é de 55.000 metros quadrados.

Com ao passar do tempo, foram incorporadas à linha de produção também pincéis para barba e pinturas em geral, segmento que vem evoluindo até esta data.

O rol de artigos comercializados sob a marca “Condor”, cresceu gradativamente e consolidou-se como “Sinônimo de Qualidade” em todo o Brasil. A linha de produção compreende atualmente os seguintes produtos:

1) Escovas para dente

2) Pentes femininos e masculinos

3) Escovas para unha

4) Escovas para cabelo

5) Escovas para sapato

6) Escovas para roupa

7) Pincéis para barba

8) Pincéis, trinchas, broxas, rolos para pintura

9) Pincéis escolares

10) Pincéis artísticos

11) Escovas para lavar e escovões

12) Escovas para sanitário

13) Escovas para banho

14) Vassouras

15) Pincéis para maquilagem

O investimento constante em novos equipamentos e no aperfeiçoamento de seus profissionais, foram fatores determinantes para que a Condor se consolidasse como o maior fabricante de escovas da América do Sul.

Aliado a todos esses fatores, cumpre ressaltar a importância que assume a pesquisa ininterrupta no sentido de oferecer ao consumidor brasileiro, produtos que reúnam quesitos indispensáveis como: qualidade, funcionalidade e preço acessível a todas as classes sociais.

Para uma empresa que comemora 60 anos de existência e que tem toda a estrutura de capital familiar, Alfredo considera a transição como uma coisa de rotina, pois ao longo de todos estes anos os problemas são superados internamente com a compreensão e a filosofia de trabalho implantada de que sozinho ninguém faz nada. O trabalho de equipe é repartido entre os escalões superiores e os níveis de gerência dentro de uma harmonia. As gerações que se sucedem são preparadas através de cursos de formação e do convívio no dia-a-dia da empresa. Para Alfredo no apagar das velas desta comemoração fica a certeza de que somente o trabalho enobrece. Descontente com a classe política de nosso país, diz não mais acreditar nas velhas raposas políticas e que cujo patriotismo é apenas aquele de encher os bolsos. Temos leis mas ninguém é punido. Patriota somos nós que trabalhamos. E dos presidenciáveis que aí estão sua preferência fica dividida entre Paulo Maluf e Guilherme Afif Domingos.

Dos 60 anos uma certeza. Seria muito difícil começar tudo novamente nos tempos conturbados em que vivemos.



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