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Exclusiva: Fernando Tureck, prefeito municipal de São Bento do Sul


Na tarde de quarta-feira, 21, o prefeito Fernando Tureck recebeu nossa reportagem para uma entrevista na qual foram repassados e explicados vários pontos da sua administração. A entrevista foi acompanhada pelo vice-prefeito Arildo Gesser, e os assessores Pedro Ivo Diener e Daniel Lutz.

 

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“A nossa ideia é fazer, até vou te passar isto em primeira mão. Retirar a rodoviária do centro e naquele local construir um Centro Integrado de Saúde” (Foto Pedro Skiba/Evolução)
  

EVOLUÇÃO – Vamos começar pelo aumento dos funcionários públicos. Ano passado um inferno astral, protestos, mobilização e agora um índice que surpreendeu a todos. O senhor não teme uma ação retroativa e honorários advocatícios como foi o caso de duas funcionárias que impetraram ação?

FERNANDO TURECK – Vamos por parte. Este ano conseguimos dar um reajuste maior que o ano passado devido todas as medidas que foram tomadas. Contenção de contratação tanto de comissionados como de efetivos. Redução de horas extras, gratificações, diárias, gastos com luz e telefone. Só com gastos com celulares economizamos mais de 30%. Então foram uma série de medidas tomadas para a Prefeitura poder fazer frente ao reajuste deste ano. Isso somado com um desempenho melhor do Ipresb permitiu que pudéssemos fazer esta reposição salarial. Junto com isto estendemos um reajuste de 15% no vale alimentação, que também é um valor bem expressivo tanto na administração direta como indireta e autarquias. No ano passado o reajuste foi dentro daquilo que o caixa da Prefeitura permitia naquele momento. Temos que lembrar também que foi aplicado o Plano de Cargos e Salários que no ano de 2012 deu quase que 40% de reajuste para um grupo de servidores. Em relação a ações judiciais estamos tranquilos a recorrência com agravo em relação a decisão judicial. Todos os pré-julgados toda a jurisprudência estão a favor da Prefeitura. O Município já enfrentou ações semelhantes e foram com ganho de causa para a Prefeitura.

 

EVOLUÇÃO – E os comentários sobre a devolução de uma verba federal para a saúde?

FERNANDO TURECK – Na verdade existem uma série de informações desencontradas neste caso. O comentário que devolvemos R$ 1,5 milhões, isso não procede e nunca havia esse valor em conta. O que temos de real é que quando assumimos o Governo abriu um prazo de três dias úteis para que todo o processo fosse licitado e não havia nem terreno comprado para fazer aquele investimento. Um terreno que a administração anterior estava negociando para implantação de uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento, os proprietários inclusive moram na Alemanha e nunca havia ocorrido nenhum trâmite para desapropriação do mesmo, nem decretar utilidade pública, nem Lei para indenizar. Então em três dias úteis não havia como se fazer um processo desta natureza.

 

EVOLUÇÃO – Então não houve devolução deste valor?

FERNANDO TURECK – De R$ 1,5 milhão não. Foi devolvido apenas a primeira parcela que já estava em conta, bem inferior a este valor, e que teve que ser devolvida pela Prefeitura, por conta da mesma não ter o terreno para fazer a construção. O prazo para fazermos a licitação era até o dia 06 de janeiro. Nós assumimos dia 1º feriado, dia 2 e 3 sábado e domingo. Inviável.

 

EVOLUÇÃO – E as áreas disponíveis junto ao Centro Administrativo (antiga Móveis Leopoldo)?

FERNANDO TURECK – Na verdade ali tem algumas limitações para serem feitas novas construções. Tem a questão dos rios que passam em baixo e no entorno. Ali só podem ser feitas reformas e não construções novas. Teria que ser feita uma adaptação muito grande e para a saúde ali não tem como.

 

EVOLUÇÃO – Algum novo projeto?

FERNANDO TURECK – A nossa ideia é fazer, até vou te passar isto em primeira mão. Retirar a rodoviária do centro e naquele local construir um Centro Integrado de Saúde. Nos próximos dias estaremos encaminhando um projeto de uma parceria público privada. Qualquer empresário, comerciante ou interessado em explorar o serviço de uma Estação Rodoviária, lanchonetes e outros nichos, fará um projeto daquilo que o edital irá prever e se vencedor terá o direito de explorar o empreendimento durante 20 a 25 anos. Acreditamos que na próxima semana estaremos lançando isto.

 

EVOLUÇÃO – Em que local?

FERNANDO TURECK – Semelhante as licitações que a Caixa Econômica Federal faz para as casas lotéricas. Definiremos vários locais. Isto pode constar do próprio edital. Por exemplo, na Transgrilo, na SC-301, Rodovia dos Móveis, Ornith Bollmann. Enfim definiremos onde num segundo momento deverá obter a aprovação do Deter e que seja favorável a Prefeitura. Quem quiser explorar terá que naquele local fazer o empreendimento definidos a quantidade de boxes, o tamanho mínimo da área e a iniciativa privada explora. O importante é que a Prefeitura não investe nenhum real. O terreno e o investimento será todo da iniciativa privada. A prefeitura só terá o bônus de ter uma rodoviária fora do centro, em local que  ela definirá e poder dar um melhor aproveitamento no prédio da atual.

 

EVOLUÇÃO – Isto já implicaria nas mudanças de trânsito no centro.

FERNANDO TURECK – Com certeza trará grande melhoria?

 

EVOLUÇÃO – Estamos com uma enquete no www.jornalevolucao.com.br que pergunta: Mão única na Kaesemodel e avenida São Bento, sim ou não? No momento que vínhamos para entrevista registrava 21,4% contra, 78,5 favoráveis.

FERNANDO TURECK – Uma grande aprovação.

 

EVOLUÇÃO – Vemos esta questão de mudanças no trânsito de uma forma mais profunda e planejada. Ontem mesmo (segunda-feira) conversamos com o presidente da Câmara de Vereadores César Godoy, para entes de uma Audiência Pública para discutir mudanças, a contratação de uma empresa especializada para um projeto global para a cidade ao   invéz de ficar fazendo improvisações. Depois sim com um planejamento, realizar a Audiência Pública e aprovar as alterações em definitivo. Discutir antes é fazer uma provocação para palpiteiros e cada um tem a sua preferência.

FERNANDO TURECK – Sem dúvida nenhuma. Desde janeiro do ano passado o Cássio começou na secretaria de Planejamento e tem dado uma atenção especial na questão da mobilidade. Até porque para continuarmos recebendo recursos federais, teremos que ter o Plano de Mobilidade Urbana. Em cima disso estão sendo feitos vários estudos para definir algumas alterações que terão que ser feitas por exemplo na Kaesemodel, sinaleiro da 25, para definidas estas alterações discutir com a sociedade através de Audiência Pública na Câmara de Vereadores.

 

EVOLUÇÃO – Até sugerimos ao presidente Godoy, já que a Câmara não pode criar despesas, dos valores que são devolvidos anualmente um acordo para que seja contratada uma empresa especializada.

FERNANDO TURECK – Muita coisa neste sentido está sendo estruturada dentro deste plano Municipal da Mobilidade Urbana. Também o Plano Diretor que tem que ser atualizada ainda este ano.

 

EVOLUÇÃO – A chapa está quente e o fogo ainda nem foi aceso. Cozinha Industrial. O nosso redator Pedro Skiba, foi autor de uma representação judicial para que a mesma não seja construída no local pretendido pela prefeitura (rua Vidal Ramos-Schramm). Tal medida foi em virtude de após a reunião com os moradores e o senhor ter se comprometido em dar uma resposta, esta não ocorreu. O mesmo também conversou com os técnicos que faziam a prospecção do terreno Azimut (Blumenau) e eles garantiram ali existirem nascentes. As mesmas não estão aflorando devido a aterro feito inclusive com mais de quatro metros. Uma fotografia mostra água com apenas 30 cm. Na sexta-feira passada a Polícia Ambiental também esteve no local. Nós sabemos que existe um prazo para aplicação desta verba. Com a demanda judicial este prazo poderá ser esgotado e a verba escorrer pelos veios da nascente. Como o senhor vê a possibilidade de mudar este plano, este local.

FERNANDO TURECK – Vamos por parte então. Não é uma Cozinha Industrial, é uma Cozinha Comunitária, que é um  projeto do Governo do Estado. O mesmo recebe da prefeitura um terreno por cessão por 20 anos, faz toda a construção, todo o equipamento e a prefeitura só entra depois com os funcionários para fazer a manutenção e tocar o dia a dia. Outro benefício que a Cozinha tem é que tudo que for adquirido através  da agricultura familiar o Estado ainda paga. Então para a Prefeitura é muito vantajoso. A ideia inicial são no mínimo 100 refeições dia e com o tempo ir ampliando. A ideia também é não servir naquele local. Iremos fazer uma parceria com Clube de Mães, Associação de Moradores, para pulverizar isto nos bairros. Como havia um local central ficaria fácil para você fazer a distribuição destes alimentos. Todo loteamento quando vai ser implantado necessita um  projeto de engenharia onde constam as nascentes, córregos, rios. No projeto de implantação deste loteamento não demonstra nenhum tipo de nascente. Pelo contrário, naquele terreno que fica abaixo lá sim, mas no de cima não. Cada vez que um morador vai fazer um projeto também. Lá em nenhuma construção foi declarado que no terreno possui nascente. Nós contratamos até um geólogo para fazer uma avaliação do local, acredito que ficará pronto amanhã (quinta-feira) e acredito que o que ele já nos passou ele não evidenciou nenhuma nascente naquele local. O Engenheiro Rafael da Azimut também falou que lá não tem. Palavra dele. Foram feitas sondagens de até 5 metros onde ele não evidenciou nada. O nosso próprio secretário de Planejamento disse que uma nascente não encontrada quando ocorre uma perfuração, tem que estar correndo a céu aberto. Não é o caso que foi demonstrado ali.

 

EVOLUÇÃO – Acontece que ali está aterrado mais de quatro metros. Aquela mureta de uns 30 cm que aparece é o que sobrou de um muro de mais de 2 metros de altura. As nascentes estão encobertas. Por isso ali até hoje nada foi construído e ficou a área para a prefeitura. Nós sabemos que os loteadores nunca deixam áreas fáceis de serem comercializadas para a prefeitura.

FERNANDO TURECK – Skiba, conforme os mapas cartográficos da Prefeitura ali não existe nenhuma nascente. O que temos ainda que explicar é que a mais de um ano este terreno foi doado para o Governo e foi aprovado pela Câmara de Vereadores. E a própria lei de zoneamento permite este tipo de empreendimento lá.

 

EVOLUÇÃO – Esta é uma outra discussão, a comunidade e os moradores não sabiam disto e nem foram comunicados. E as licenças ambientais, parecer do Concidade e outros?

FERNANDO TURECK – Eu acredito que não precisa, senão o Estado teria nos cobrado. Cabe ao Estado correr atrás destes detalhes se for o caso. A prefeitura não tem nada a ver com a construção, não acompanha, entra apenas com o terreno.

 

EVOLUÇÃO – Mas prefeito então por quê a presença da Polícia Ambiental e uma empresa fazendo prospecção? Vamos esclarecer um fato. A Associação do Moradores ainda não se manifestou, embora sua presidente esteja apoiando a iniciativa dos mesmos. A Cozinha pode até acontecer mas vai demandar uma boa briga na Justiça e como já foi dito isto não interessa a ninguém. Se os moradores forem vencedores o senhor vai recorrer. Ao contrário os moradores o farão. O prazo para aplicação da verba é até as eleições.

FERNANDO TURECK – É bom que os órgãos ambientais e até a promotoria estejam envolvidos neste processo. Mas particularmente eu estive em Florianópolis com o doutor Jorge, debatemos a possibilidade da troca do terreno e ele disse que não havia mais esta possibilidade. É pegar ou largar.

 

EVOLUÇÃO – Prefeito, nós já tivemos casos aqui na cidade que vieram verbas e que acabaram construindo elefantes brancos, como foi o caso do prédio no trevo do Mato Preto e a recuperação do casarão Eichendorf. Não foi na sua gestão. Exemplo a verba da Saúde. Se é só para gastar o dinheiro, o senhor mesmo explicou que o custo benefício da aplicação da mesma não compensava. Devolveu. Seu secretário Lutz que aqui está, numa participação disse que o que a prefeitura já economizou não construindo aquela obra é maior do que o valor que seria aplicado. Diante destes argumentos será que a nossa necessidade de distribuir comida para os pobres, cerca de 100 refeições diárias, compensa todo este desgaste, este investimento? Não estaremos atraindo mais pessoas de outras cidades porque aqui estará sendo distribuído comida de graça? Será que outros municípios do Planalto Norte não possuem índice maior de pobreza do que nós.

FERNANDO TURECK – Eu até gostaria de abrir mão dizendo que não temos essa necessidade, mas esta não é a nossa realidade. O número de famílias cadastradas no Bolsa Família é de 1.200, mais o número de pessoas que recebem cestas básicas através do CEMA são um pouco mais de 100 pessoas, isto evidencia que há necessidade. Tomara, quem dera que São Bento não precisasse. Outra coisa que digo é que os moradores do Schramm, daquele local se beneficiam de aparelhos públicos que existem em outros bairros. Então é natural que moradores de outros bairros se beneficiem de aparelhos públicos que fiquem naquele local. Hoje a nossa realidade mostra que precisamos realmente deste empreendimento para atender estas famílias mais carentes que não tem como comprar um prato de comida, nem alimentar sua família.

 

EVOLUÇÃO – Mas os moradores de lá pagam impostos, não possuem creche, posto de saúde,  linha de ônibus e nenhuma área de lazer. Ao que nos parece São Bento tem oferta de emprego e falta gente para trabalhar. Nós já lhe demos esta informação por telefone que entidades estão abrindo mão de campanhas por falta de lugar para guardar donativos e também por não terem para quem doar. Pode existir gente doente em casa sem condições físicas de trabalhar.  O restante não trabalha porque não quer. É o caso da doação de cobertores. Quantos o senhor compra por ano ou qualquer um aqui dos presentes? Interessante os “pobres” tem que ganhar cobertor novo todo ano e são sempre os mesmos. Na Câmara de Vereadores já foi debatido inclusive pelo presidente da Acisbs que tem famílias recebendo de cinco a seis cestas básicas por mês. É muito assistencialismo.

FERNANDO TURECK – As oficinas do Cras hoje oferecem capacitação, cursos e estamos divulgando para incentivar mais os jovens para se aperfeiçoarem.

 

EVOLUÇÃO – Mas está provado que os cursos mesmo pagando por hora aula assistida não possuem número de alunos suficientes. Prefeito, não há controle nas distribuições, tem gente que se beneficia em todos os bairros e entidades.

FERNANDO TURECK – Não podemos deixar de assistir as pessoas mais necessitadas.

 

EVOLUÇÃO – Então continuamos a briga na Justiça?

FERNANDO TURECK – Sempre acredito que conversando a gente se entende.

 

EVOLUÇÃO – Falando agora como morador. Eu não vou desistir  desta representação e estou falando na sua frente. Não se trata de posição partidária, por enquanto é uma representação pessoal, se será transformada numa coletiva vai depender dos demais moradores. O senhor sabe que nunca fui de mandar recado, estou aqui pessoalmente lhe questionando, apresentando razões e conversando. Afirmo não vou desistir e só vou me dar por satisfeito após a última instância, dure o tempo que durar.

FERNANDO TURECK – Não é teimosia nossa nem estamos querendo peitar os moradores. O terreno foi cedido para o Estado e o Estado é que está tocando a obra.

 

EVOLUÇÃO – Mas se a Justiça embargar a obra, se lá existirem realmente nascentes?

FERNANDO TURECK – Segundo o secretário Estadual não há possibilidade de trocar de terreno. E, o único motivo para o Promotor embargar a obra seria as nascentes o que não foi demonstrado até agora as suas existências. Nós já contratamos um  geólogo e vamos esperar pelo seu parecer.

 

EVOLUÇÃO – Os moradores também irão contratar um outro para confrontar. Eu lhe convido para ir no local e verificar os buracos que foram perfurados. Afinal, por quê será que aquele terreno foi disponibilizado pelo loteador,  é uma área tão nobre e ninguém quis comprar?

FERNANDO TURECK – Ali também tem muita informação desencontrada. O pessoal está confundindo este terreno com o que foi doado para a cooperativa dos Catadores. Muita gente está preocupada que lá iria ficar um galpão e que ali seria o refeitório.

 

EVOLUÇÃO – Pelo que eu tenho conhecimento, realmente devem ser pessoas desinformadas. A situação está bem clara. O terreno doado para a Cooperativa dos Catadores é onde houve solicitação dos moradores para construção de uma Praça com academia ao ar livre, cobertura, quadra de esportes, bancos e mesas, tudo por conta dos mesmos e ainda  responsabilidade por zelar do espaço. Acontece que este terreno está penhorado pela Receita Federal por falta de pagamento do Imposto de Renda, é o que consta e esta pendência impede que a Prefeitura o retome e faça o repasse.

FERNANDO TURECK – Mas existe um grupo que também é favorável a construção naquele local.

 

EVOLUÇÃO – A unanimidade é burra e nunca podemos contar com 100%. Os interesses das pessoas também são diferentes. Os que não querem já se manifestaram. Muitas vezes os outros ficam na clandestinidade e não querem se expor, esperando pelo resultado. Prefeito aquilo lá é um bairro bem cuidado, quem fez sua casa com sacrifício, brigou por asfalto e rede de esgoto sabe dar valor. As conquistas foram difíceis, mas parece que lá tem uma cabeça de burro enterrada ou olho grande. Primeiro foi a genial idéia da construção de um Depósito de Lixo reciclável, um caos. Agora a Cozinha. Lá já foi uma aberração dos loteadores que pela ganância foram abrindo ruas, mal planejadas, a maioria sem saída e vendendo lotes. Era inclusive para ser um Condomínio Fechado. Ninguém fiscalizou como de uma forma geral em toda São Bento. O próprio traçado das ruas não permite um trânsito maior.

FERNANDO TURECK – Mas lá não vai ter trânsito grande. Vai ser um furgão para retirar a comida e entregar nos bairros.

 

EVOLUÇÃO – Prefeito, voltamos a um outro ponto. O dinheiro que será aplicado é do Estado, no presídio igualmente e ele é para ser industrial. Porque não tudo junto e aproveitar a cozinha para os próprios presos trabalharem e aprenderem uma profissão. Vamos ter duas cozinhas uma para presidiários e outra para distribuir comida para os “pobres”?

FERNANDO TURECK – É bom a gente ressaltar quem está tocando a Cozinha Industrial é o Estado. Eles já estão numa fase bem mais adiantada que o presídio.

 

EVOLUÇÃO – Temos informação que construído o daqui o de Mafra será desativado. A informação é de um Juiz da Comarca.

FERNANDO TURECK – Mas vamos admitir que venha um grupo aqui que seja contrário ao local onde será construído o presídio. Vamos tirar ele de lá. Onde iremos fazer?

 

EVOLUÇÃO – Mas prefeito o presídio já mudou de local por pressão de moradores e de outros interesses. Estamos apenas apelando para o bom senso. Para que duas cozinhas? Por quê não aproveitar a mão de obra dos presos, ensinar-lhes uma profissão. Não precisaria contratar funcionários.

FERNANDO TURECK – É um projeto do Estado onde não aceita este tipo de interferência este tipo de modalidade. O projeto já vem para ser feito num local único e não daria para se adaptar isto para um presídio.

 

EVOLUÇÃO – É realmente uma grande demonstração de falta de planejamento que só poderia ser coisa de governo.

FERNANDO TURECK – Não podemos esquecer que uma grande parte de colonos e produtores rurais serão beneficiados vendendo seus produtos para o Estado.

 

EVOLUÇÃO – Mas os mesmo produtos não podem ser vendidos para o presídio se quem paga é o próprio Estado. É apenas uma questão de boa vontade e bom senso?

FERNANDO TURECK – Bem isto não depende da gente. Depende do estado e eles estão fazendo estes projetos de maneira separada.

 

EVOLUÇÃO – Bem então vamos deixar o processo rolar. Vamos aguardar. O senhor sabe que existem várias ações na Justiça contra a Prefeitura, e outras tantas para darem entrada. O próprio Promotor comentou na imprensa na semana passada que é difícil entendimento e tratativas com esta administração. O senhor é tido como teimoso.

FERNANDO TURECK – Eu vou citar dois exemplos claros de quanto a nossa administração  tem trabalhado para resolver problemas judiciais. Cito por exemplo um Tac (Termo de Ajustamento de Conduta) que previa a construção de um abrigo de menores, em 1996 ou 97, o prefeito daquele momento se comprometeu de em seis meses colocar em funcionamento. Se passaram quase 20 anos e nada foi feito. Nós já colocamos para funcionar desde 15 de janeiro deste ano. Um outro TAC  para construção de um Centro Especializado para Tratamento de Altistas, também foi assinado com dois anos de período para fazer. Nós que asumimos e colocamos em prática. Outro foi o do Condomínio Industrial onde as pessoas entravam sem nenhum critério explorando um local público. Corrigimos isto. Em relação as áreas verdes. Conseguimos avançar muito, Estamos trabalhando dentro da legalidade e em parceria com o Judiciário.

 

EVOLUÇÃO – Então a que o senhor atribui a declaração do Promotor?

FERNANDO TURECK – Não sei dizer.

 

EVOLUÇÃO – E os famosos Conselhos de Trânsito, Turismo e outros não implantados e nem funcionando?

FERNANDO TURECK – Na verdade existem Comissões. A de trânsito houve uma reunião recente. A gente até lamenta que as entidades que fazem parte não participam de uma maneira efetiva. Até teve uma grande entidade que pediu para não permanecer mais.

 

EVOLUÇÃO – O senhor não acha que estas Comissões na verdade  deveriam ser ocupadas por motoristas de ônibus, de caminhão, motociclistas, taxistas e outros profissionais que enfrentam o problema todos os dias. Tem gente que mal sabe dirigir e estacionar seu carro e acaba fazendo parte. Nós a maioria das vezes deixamos o carro estacionado o dia inteiro e só usamos na hora de ir para casa e haja reclamação sobre o fluxo, cujos gargalos não ultrapassam cinco minutos, quando duram?

FERNANDO TURECK – Temos trabalhado na secretaria de Planejamento com um grande número de engenheiros, arquitetos, muitos até tem  gestão de trânsito com pós graduação. Estão lá de maneira profissional. Fazem as sugestões e a Comissão de Trânsito na verdade ela funciona como um fórum de debates onde os membros trazem a visão da população.

 

EVOLUÇÃO – Concidade? Este projeto da Cozinha não tem que passar pelo órgão.

FERNANDO TURECK – Isto eu não sei te dizer. Como já falei a construção é do Estado.

 

EVOLUÇÃO – Vamos mudar para uniforme escolar?

FERNANDO TURECK – Se formos olhar nos últimos anos este é o que mais cedo está sendo entregue. Não vemos problemas. Este ano ainda estamos acrescentando uma japona para inverno.

 

EVOLUÇÃO – Mobilidade e acessibilidade. Temos sido críticos toda semana principalmente no aspecto calçadas. Como se trata de uma obrigação dos proprietários, quem vai pagar pelas obras feitas com recursos públicos e beneficiando grandes proprietários?

FERNANDO TURECK – Vamos por parte. Concordo que a construção da calçada é dever e obrigação do proprietário. Estamos preparando uma série de modelos e modificações e vamos dar um prazo de 180 dias para os proprietários e não havendo o cumprimento desta notificação a prefeitura constrói e depois vai mandar a conta para os beneficiados. Você deve estar falando especificamente das calçadas da Wunderwald. Isto é um projeto em parceria com o Governo do Estado entre 2011 e 2012 e que acabou a construção iniciando apenas agora. As definições de quais ruas beneficiadas foram feitas pela gestão passada.

 

EVOLUÇÃO – Não cabe uma ação de Improbidade Administrativa pelo favorecimento apenas para alguns, enquanto os outros tem que pagar.

FERNANDO TURECK – Olha isto tem que ser visto com a secretaria de Planejamento para ver como vai funcionar esta questão. Concordo mas a obra já estava iniciada e apenas demos continuidade.

 

EVOLUÇÃO – Vamos falar um pouco de política? Como o senhor está vendo esta verdadeira suruba nas coligações propostas?

FERNANDO TURECK – Isto ainda não está nada definido. Na reunião até achávamos que seria mais produtiva, o que não ocorreu. Houve apoio a posição do governador Luiz Henrique contra coligação com o PP. Acho muito difícil explicar isto para o eleitor.

 

EVOLUÇÃO – E o prefeito de São Bento que é do PMDB, coligado com o PT, como vê esta situação?

FERNANDO TURECK – Para nossa região o ideal é que tivéssemos o candidato aqui do Planalto Norte, principalmente o Mauro Mariani.

 

EVOLUÇÃO – Fernando Tureck vai subir no palanque pedir votos para o PP.

FERNANDO TURECK – Risos em geral. A gente acredita que a opinião do senador Luiz Henrique de não aceitar coligação com o PP seja a vencedora.

 

EVOLUÇÃO – Mas o governador já está até levando o Ponticelli (PP) junto para Nova Iorque?

FERNANDO TURECK – Talvez seja para dar a má notícia para ele. Risos.

 

EVOLUÇÃO – Como convencer o eleitor do PMDB que tem que votar no Colombo porque o Luiz Henrique quer?

FERNANDO TURECK – Isto já é um segundo passo. Vamos aguardar todos as definições.

 

EVOLUÇÃO – E o PMDB local lança candidato para deputado?

FERNANDO TURECK – Temos três nomes, Fernando Mallon (SBS), o ex-prefeito Wilmar (Campo Alegre) e o Abel de Rio Negrinho. Vai depender do encaminhamento dos três presidentes da região sentarem e definir este processo.

 

N.R.: Quando redigíamos está matéria, recebemos telefonema do prefeito Fernando Tureck o qual comunicou ter recebido o laudo feito pela empresa Florestar de Joinville, que atesta não existir nascentes no terreno destinado para a Cozinha Industrial. Também comentou que foi identificada uma casa cuja construção invadiu área do município.



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