02/02/14 Dom: Ml 3,1-4 – Sl 23 – Hb 2,14-18 – Lc 2,22-40

Neste 4º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Lucas, é próprio a Celebração Litúrgica da Apresentação do Senhor. Depois da apresentação do Pastor aos pastores, do Senhor aos humildes, acontece a apresentação oficial de Jesus ao povo ao qual foram dados a Lei, o Templo e a Profecia. O tempo que vai do anúncio a Zacarias à apresentação no Templo de Jerusalém perfaz 490 dias, 70 semanas. Cumpre-se, assim, o tempo predito pelo Profeta Daniel, que marca a passagem da promessa ao cumprimento, da espera à realização. Jesus é, em pessoa, na plenitude dos tempos, Palavra, Templo e Profecia. Jesus é a Palavra feita carne, a Glória de Deus entre nós, a sua própria face. A sua primeira vinda a Jerusalém marca a passagem da fase da promessa e da espera para a fase da realização e da presença. Termina a noite da vigília, que sempre precede o curso do sol. A humilde entrada de Jesus no Templo, cumprindo a palavra da Lei, deve ser relacionada com a terrível visão do Profeta Malaquias sobre a visita definitiva do Senhor e sobre o julgamento que Ele fará. O Dominador chegou ao seu templo! O Menino é circuncidade. A circuncisão, retirada do prepúlcio, simboliza a pertença ao povo da Aliança, o povo que se comprometeu a reconhecer Deus como Deus. Israel, como todos nós, foi infiál à Aliança. Nem por isso Deus desdiz o que disse. Mas o contrato estava mortalmente prejudicado. O envio do Filho, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, salva o contrato e nos salva. Ele, na verdade, é ao mesmo tempo o ‘sim’ incondicionado e eterno de Deus ao homemem e o ‘sim’ do homem a Deus. Ele é em pessoa a nova e insuperável Aliança. Agora, o nome tem um nome e por esse nome pode ser chamado: “deram-lhe o nome de Jesus”. Chamar alguém pelo nome significa que aquela pessoa existe para mim e eu para ela, significa estabelecer um diálogo, entrar em comunhão. Niguem jamais viu a Deus. Ninguém jamais o conheceu e nenhum nome é capaz de dizê-lo. É o nome inominável. Agora, porém, podemos nomeá-lo. O maior desejo do homem, a pretensão de todas as religiões, o desafio de toda teologia agora se ‘satisfazem’. O nome de Deus para nós, parceiros infiéis e quebrados da Aliança, só pode ser ‘Jesus’, que quer dizer ‘Deus salva’. Primeiro, porque chamar a Deus, entrar em diálogo e comunhão com Deus, é a nossa salvação. Segundo, porque estamos perdidos e só podemos conhecer Deus como aquele que salva. Aquele Deus santíssimo que nos enchia de medo pode ser nomeado porque é nosso Salvador. Não é necessário ser justo e santo, pois ninguém é justo diante de Deus. Por isso, os únicos a chamá-lo pelo nome, além dos demônios, são os leprosos, o cego e o ladrão que ‘rouba’ o Paraíso. Justamente os que se reconhecem pecadores, injustos e necessitados. Simeão é um personagem cativante. Nós o imaginamos quase sempre como um ancião sacerdote do Templo, mas o texto não nos diz nada disso. Simeão era um homem bom do povo que guarda em seu coração a esperança de ver, um dia, o ‘consolo’ de que tanto necessitam. “impulsionado pelo Espirito de Deus” sobe ao Templo no memento em que  José e Maria com o Menino Jesus estão entrando. O encontro é comovedor. Simeão reconhece, no menino que aquele casal judeus, pobre e piedoso traz consigo, o Salvador que ele espera há tantos anos. O homem se sente feliz. Num gesto atrevido e maternal, “toma o meninio em seus braços” com grande amor e carinho. Bendiz a Deus e bendiz aos pais. Sem dúvida, o evangelista Lucas o apresenta como modelo. É assim que temos que acolher o Salvador!                                                                

03/02/14 – Seg: 2Sm 15,13-14.30; 16,5-13a – Sl 3 – Mc 5,1-20

04/02/14 – Ter: 2Sm 18,9-10.14b.24-25a.30-19,3 – Sl 85 – Mc 5,21-43

05/02/14 – Qua: 2Sm 24,2.9-17 – Sl 31 – Mc 6,1-6

06/02/14 – Qui: 1Rs 2,1-4.10-12 – (1Cr29) – Mc 6,7-13

07/02/14 – Sex: Eclo 47,2-13 – Sl 17 – Mc 6,14-29

08/02/14 – Sáb: 1Rs 3,4-13 – Sl 118 – Mc 6,30-34

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