Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Neste Domingo do Batismo do Senhor, o Evangelho de Mateus, mostra a apresentação do Pai: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado”, diz a voz vinda do céu. É o Pai que se alegra pelo Filho que tomou a decisão de inserir-se entre os irmãos pecadores. Jesus é o Filho, confirmado pelo Pai. O batismo é a escolha fundamental que Jesus levará adiante por toda a vida. É o Filho que, sabendo do amor do Pai por todos os seus filhos, torna-se irmão de todos. Mistura-se entre os pecadores, mergulha mergulha na sua realidade, faz-se solidário com eles até a morte. A narração do batismo é uma miniatura que contém todo o evangelhoe revela o mistério de Deus: Deus é Amor e, por isso, Trindade, comunhão do Pai e do Filho e do Espirito Santo, que se abre e se oferece a nós, chamados a ser seus filhos. Jesus na fila com os pecadores é a apresentação mais próxima e plástica do Deus-conosco. A imagem que, em Jesus, Deus dá de si é o contrario da que costumamos ter dele, legislador intransigente, juiz implacável, verdugo cruel, e por isso ou foge dele ou se lhe submete servilmente ou o nega. A cena do Jordão remete à do Calvário. Assim como lá ele mergulhará na morte, aqui ele mergulha nas águas. Assim como lá se rasgará o vél do Templo, aqui se rasga o céus. Lá, dará o todos o Espírito Santo; aqui, o recebe. Lá, se dirigirá ao Pai; aqui, o chama. Lá, será reconhecido Filho pelo irmão mais distante; aqui, é reconhecido pelo Pai! A narração do batismo, que condensa toda a existência terrena de Jesus, tem um valor programático. É o núcleo de onde germina o restante do texto evangélico. O batismo é, assim, a semente que cresce até tornar-se árvore na cruz! A opção de Jesus deve ser também a do cristão, chamado a mergulhar no Filho e ser, com ele e como ele, igual ao Pai, amante de todos os filhos. Diz o, Teólogo Fausti, que Deus, desde a eternidade, arquitetava como apresentar-se ao homem fugitivo. Durante trinta anos, em Nazaré, Jesus deu contornos mais preciosos ao projeto de Deus. E não encontrou senão esta maneira, a mais adequada às nossas necessidades e à sus natureza. “O batismo de Jesus é a porta de entrada na revelação cristã, que nos introduz na casa de Deus. Não é ele totalmente uma porta escancarada para o homem?”. O Filho se fez conosco e por nós maldição e pecado, para que pudéssemos participar da sua vida, da bênção que é a sua vida. Não teve vergonha de chamar-nos de irmão, para levar-nos de volta ao Pai, participando dequele amor que circula entre o Filho e o Pai, casa e vida de tudo o que existe. Fazendo-se solidário conosco até perder a comunhão com o Pai, “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”, ele restabelece nossa comunhão com o Pai e, consequentemente, entre nós e com toda a criação.
TEMPO COMUM
O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até à terça-feira antes da Quarta-feira de Cinzas. Recomeça na segunda-feira depois dp Domingo de Pentecostes e termina antes das I Véspera do 1º domingo do Advento. Toma-se o III volume da Liturgia das Horas.
13/01/14 – Seg: 1Sm 1,1-8 – Sl 115 – Mc 1,14-20
14/01/14 – Ter: 1Sm 1,9-20 – (1Sm 2) – Mc 1,21b-28
15/01/14 – Qua: 1Sm 3,1-10.19-20 – Sl 39 – Mc 1,29-39
16/01/14 – Qui: 1Sm 4,1-11 – Sl 43 – Mc 1,40-45
17/01/14 – Sex: 1Sm 8,4-7.10-22a – Sl 88 – Mc 2,1-12
18/01/14 – Sáb: 1Sm 9,1-4.17-19; 10,1a – Sl 20 – Mc 2,13-17
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