22/12/13 Dom: Is 7,10-14 – Sl 23 – Rm 1,1-7 – Mt 1,18-24

Neste 4º Domingo do Tempo do Advento, o Evangelho de Mateus, apresenta a ‘origem’ de Jesus, concentrando-se, sobretudo, na figura de José, de quem Maria, a Mãe, era noiva. É dela que ele receberá o Filho gerado pelo Espírito, o Deus-conosco. A narrativa responde a duas perguntas: quem é o pai de Jesus e como é que José entra no parentesco de Jesus? O Cristo, o messias há séculos esperado e, agora, finalmente enviado, é o próprio Filho de Deus, gerado por obra do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria; José, protótipo de crente, torna-se ‘consanguíneo’ de Jesus casando-se com Maria. Neste homem, qualificado como justo, vemos as dúvidas e as resistências de todo homem a abrir-se àquilo que é maior do que ele. Aqui está, de fato, um paradoxo: o ser humano é feito para algo que é infinitamente maior do que ele, mas resiste a entregar-se àquilo que o supera. A fé na Palavra estabelece o parentesco entre nós e Deus. A Palavra, de fato, é o Filho, e, quando nós a acolhemos, acolhemos o Filho, indentificando-nos com ele, tornado-nos filhos de Deus, o Pai. Através da Palavra, assim como José, acolhemos aquele que tem o poder de tornar-nos filhos de Deus. Tudo é deixado à nossa liberdade, à nossa responsabilidade, à nossa capacidade de responder à palavra de Deus. A palavra é o ‘anjo’, que quer dizer enviado, emissário, mensageiro, que nos dá a possibilidade de acolhê-Lo, escutá-Lo e responder-Lhe. Se a perícope precedente nos diz como Deus entra na nossa história, a perícope que é dada à nossa meditação nos diz como nós entramos na história de Deus. Ele assume a nossa carne, a nossa condição assim como ela é, e nós o assumimos assim como ele se oferece em Maria. José, que quer dizer ‘Deus acrescente’, é aquele descendente de Davi, ao qual Deus prometeu o Messias. Aquele que promete, convem lembrar, sempre se compromete, ainda que tarde o cumprimento da promessa. Na verdade, tratando-se de Deus, o que ele promete, no fim, é ele mesmo, comprometido em toda promessa. O Filho que nascerá de Maria será não só o Messias prometido, mas o próprio Senhor que promete. O Filho só pode ser, Filho, do Pai. O Filho não é e nem pode ser, filho, nosso. O Filho vem do Espírito, porque Deus é Espírito, e porque o Espírito realiza à perfeição de toda ‘obra’ de Deus. José quer retirar-se por discrição e indignidade. Mas o ‘anjo’ o encoraja a assumir a Mãe e o Filho: a se comprometer com a realização da promessa. Ele deve dar o nome àquele que não é dele: é outro, é o próprio Outro, que espera só por seu ‘sim’ para torná-lo seu ‘Pai’. De agora em diante, José é apresentado como aquele que escuta a palavra. José é imagem da Igreja, que só pode receber o Filho, gerado pelo Espírito Santo, no seio de Maria, que concebeu na fé antes de concebê-lo em seu seio.

ORAÇÃO PELA FAMÍLIA NO NATAL

Senhor, diante do teu presépio venho pedir por nossa família. Abençoa as pessoas que amamos onde quer que estejam. Que dentro do nosso lar habite a confiança de tua mãe, Maria, o zelo do teu pai, Jesé, e a inocência de teu rosto de criança. Afugenta de nossas casas a dores, lágrimas e angustias causadas por tantos Herodes que lutam por matar nossos sonhos de paz. Concede-nos a saúde do corpo, da alma e do espírito, para que possamos cantar teus louvores a cada dia do novo ano. Que nossas portas estejam sempre abertas para ti, nas visitas que nos fazes em tantos rostos sofridos. Dá-nos a alegria de tua presença em nosso lar: o maior de todos os presentes possíveis. Abençoa nossa família neste Natal, Senhor. Amém!

23/12/13 – Seg: Ml 3,1-4.23-24 – Sl 24 – Lc 1,57-66

24/12/13 – Ter: 2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16 – Sl 88 – Lc 1,67-79

25/12/13 – Qua: VIGÍLIA Is 62,1-5 – Sl 89 – At 13,14-25 – Mt 1,1-25

NOITE Is 9,1-6 – Sl 95 – Tt 2,11-14 – Lc 2,1-14

AURORA Is 62,11-12 – Sl 96 – Tt 3,4-7 – Lc 2,15-20

DIA Is 52,7-10 – Sl 97 – Hb 1,1-6 – Jo 1,1-18

26/12/13 – Qui: At 6,8-10; 7,54-59 – Sl 30 – Mt 10,17-22

27/12/13 – Sex: 1Jo 1,1-14 – Sl 96 – Jo 20,2-28

28/12/13 – Sáb: 1Jo 1,5-2,2 – Sl 123 – Mt 2,13-18

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