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Mulheres e cavalheiros elegantes 2013

Quinta, 02 de janeiro de 2014

Cavalheiro mor

Julio Teddy de Miranda Ascui

 

 

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Interessante nós que vivemos de escrever, na maioria das vezes buscamos ferramentas de apoio, artigo, livros, informações. Hoje, faço diferente e de forma ousada. Para escrever de quem se conhece, gosta, admira e respeita é muito mais fácil. Podemos até pecar por excessos, mas não por omissão. Ao homenagear Julio Teddy de Miranda Ascui, como “Cavalheiro Mor”, no rol dos homens elegantes de 2013, talvez para muitos não tenha o significado que tem para mim. Escrevo sobre o homem, o médico, cujo meu primeiro ato, antes de conhecê-lo, foi criticá-lo. Acho que mais de 20 anos se passaram e em uma blitz no Posto de Saúde não o encontrei. Fui chamado a atenção por um amigo comum, que me alertou: “se ele lá não foi encontrado é porque estava atendendo alguém”. Não precisei nem comprovar. Também não recebi nenhuma censura do mesmo, mas o carinho, a amizade e o respeito de quem inclusive passou a me chamar de “amiguito”. Fomos companheiros de Lions, campanhas contra o diabetes, em muitas madrugadas em empresas com trabalho noturno. Campanha pela visão Sight First, que me rendeu o primeiro Melwin Jones do Planalto Norte. Julio que hoje descansa após seus 50 anos de atividades pondo no mundo e cuidando de crianças nesta nossa querida São Bento, talvez não mais se emocione com homenagens, pois já as recebeu com títulos dos mais honoríficos e qualificáveis que alguém possa almejar. Embaixador dos médicos que aqui chegam, sempre foi

o primeiro a recebê-los e incentivá-los sem medo da concorrência. Tenho orgulho e ser seu amigo e ter evitado que ele entrasse para a política, contrariando inclusive a vontade de um de seus filhos. Achei que não merecia passar por esta decepção. Cavalheiro, fidalgo no trato com crianças e adultos, é daqueles em extinção, mas que não se deixou esmagar pela modernidade, pela gíria. Sempre elegante e bem vestido, gentlemann é acima de tudo uma pessoa humana com um coração que não cabe no peito. Nascido na Bolívia, aqui constituiu família, foi o primeiro pediatra da cidade e é um orgulho para todos nós. Deus o proteja sempre e inspire outras pessoas com seus exemplos.

 

Uma lady, uma dama chamada carinhosamente Luci...

 

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Como homenagear pessoas elegantes, senão através da elegância. Às vezes moramos e “conhecemos” pessoas, há 20, 30 ou até mais anos. Nada sabemos delas. Nada delas nos cativou e aí se tornam atuais as palavras de Antoine de Saint-Exupery no seu Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Ela está pouco mais de um ano em São Bento do Sul, e a conheci por um daqueles acasos da vida, justamente na data em que ela completava 85 anos. Quem ganhou o presente fui eu. Conheci uma daquelas pessoas iluminadas que irradiam sabedoria, conhecimento, cultura, educação, simpatia, elegância e que cativam. Escrevo sobre a senhora, a dama Norma Lucia Micheli de Enzeweiller, que esbanja vida e alegria, virtude das elegantes. De extrema fé religiosa. É uma argentina de nascimento no pequeno vilarejo de Morteros, hoje com cerca de 1.300 moradores. Estudou e se formou professora em San Francisco. Nunca exerceu a profissão, pois como ela diz era contra o “peronismo” e tinha certeza que seria prejudicada. Irradia alegria que a tornou ainda mais feliz com a escolha de seu conterrâneo Francisco como Papa. Admira a neblina de São Bento e se diz agradecida por aqui estar morando. Para quem ainda não teve a felicidade de conhecê-la, é mãe do cavalheiro Romano Enzweiller, a quem também já dediquei um editorial. A história de vida desta mulher é um romance e que me faltam as qualidades para descrevê-la e talvez tornar um best-seller, daquelas histórias de amor de deixar a todos embevecidos. Na sua época, moça solteira, tinha seus planos de montar com  uma amiga uma escola. Morando na Argentina, tinha três amigas que se correspondiam por cartas com rapazes brasileiros, conhecidos através de anúncios em uma revista da época ROJINEGRO.  Hoje seria face, twiter, e outras virtualidades. Os amigos brasileiros eram em quatro e perguntaram para as amigas se não havia mais nenhuma interessada em trocar cartas. Luci foi a indicada e foi assim que tudo começou:

 

“Porto Alegre, 11 de outubro de 1946

Srta. Lucy

Tomo a liberdade de escrever esta, a fim de convidá-la a manter correspondência com um jovem brasileiro.

Certamente isto lhe causará alguma surpresa. Por isso, em breves palavras, explico-lhe como soube sua direção.

Por intermédio de meu colega e amigo Percy, que se corresponde com a Srta. Chichita, soube que vocês são 4 garôtas, “muchachas”, como dizem os portenõs, que estudam no mesmo colégio e moram juntas. Percy corresponde-se com Chichita, Toti com o amigo Reinaldo; Fernando, outro amigo, já escreveu à Beba.

Ora, como somos 4 companheiros e tivéssemos o interesse comum de corresponder-mo-nos  com 4 argentinas também amigas e colegas - a convite do Percy, redijo-lhe esta.

Se for de seu gosto escrever-me, peço-lhe que o faça o mais breve possível, do mesmo modo, enviando-me,  por gentileza sua, seu retrato. Pode falar-me de seus gostos, predileções e de tudo que lhe agradar.

Na próxima carta serei mais extenso e contar-lhe-ei algo de mim, pois ainda não sei se encontrarão eco estas palavras.

Sem mais, na expectativa de sua resposta, subscrevo-me atenciosamente

Romeu Enzweiler

Avenida Independência, 648

Pôrto Alegre, Brasil” (O original está gravado em chapa emoldurada em sua casa).

 

Pessoalmente, conheceram-se dois anos depois e já no primeiro encontro ficaram noivos.

Tiveram 5 filhos. A mais velha mora nos Estados Unidos, dois em Novo Hamburgo, um em Florianópolis e Romano em São Bento do Sul.

Nenhuma das moças correspondentes se casou com brasileiros, exceto Luci.

Eles casaram na Argentina e vieram morar no Brasil, na casa dos pais de Romeu.

A grande dificuldade inicial, além do aspecto cultural e das saudades da família e amigos, foi a língua.

Ela falava apenas espanhol e na casa falavam alemão.

Enfim, foi uma grande virada. O entendimento foi realmente através do amor e a tradução e interpretação através do coração. No Rio Grande do Sul, em Novo Hamburgo, foi empresária por muitos anos com uma fábrica de roupas de couro que inclusive fez muitas exportações para a Alemanha. Permaneceu casada com Romeu por 58 anos, de quem guarda muitas recordações e diz que o amor é verdadeiramente eterno. “Foi o primeiro e único da minha vida” Uma linda história para homenagear nossas elegantes.

Mulheres e cavalheiros elegantes de 2013

 

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Álvaro e Aracy Weiss
 

 

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Ana Christina Mattos
 

 

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Ana Paula Gross Gonçalves
 

 

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Charles Duvoisin
 

 

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Abigail Bayerl e Kátia Brand
 

 

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Cleyde Rejane Treml Skiba
 

 

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Daniel Coutinho
 

 

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Frank e Eliane Bollmann
 

 

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Irineu Weihermann
 

 

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Jonny Zulauf e Osmar Mühlbauer
 

 

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Marcos e Elisamir Schuhmacher
 

 

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Marisa da Costa Treml
 

 

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Romano José Enzweiler e Cláudia
 

 

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Sabrina Weber
 

 

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