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Donald Malschitzky lançou o livro “O bálsamo do labor da cigarra”

Terça, 03 de dezembro de 2013

Este é o sexto livro de Donald, e o primeiro de coletânea de crônicas

 

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(Foto Reprodução/Divulgação)
  

São Francisco/SC – Na sexta-feira, 29, às 19:00, no auditório do Museu do Mar, a Academia de Letras e Artes de São Francisco, além de receber novos membros honorários e amigos da academia, lançou cinco livros de seus integrantes: Neusa Fontes, Andrea de Oliveira e Soraia das Neves Pinheiros, Rita de Cássia Alves, Hilton Görresen e Donald Malschitzky.

“O bálsamo do labor da cigarra” é o livro de Donald Malschitzky, com 89 crônicas, divididas em seis assuntos que norteiam os escritos:  Acordes, Por aí, Cada tipo, De faca na boca, Give peace a chance, Pó de estrelas e alguns rastros.  Com capa de Lair Bernardoni e prefácio de Carlos Adauto Vieira, o livro passeia por temas que vão de aspectos do passado à crítica social, sem deixar de lado a poesia do dia a dia.

 

Prefácio a quem ainda os lê

A crônica, como gênero literário, nem sempre teve a consideração atual que a faz parte da maioria dos jornais diários,  pequenos ou grandes, exigindo dos seus autores a capacidade de redução do texto  a 2200 caracteres, via de regra. Ela era preterida pelos folhetins, semanais ou mensais, na sua maior frequência. O aumento do número de jornais diários obrigou a substituição dos folhetins pela crônica.

Li folhetins em jornais diários em Florianópolis, alguns escritos pelo saudoso Dr. Othon Gama D´ Eça, misto de escritor, pintor, pianista e extraordinário orador, sobre crimes inventados por ele (pela atração curiosa da massa leitora).

A crônica, via de regra, é um episódio  real e/ou imaginário, versão de fato ou emoção,   que exige do autor a capacidade de colocar em um texto curto causo com começo, meio e fim.  Às vezes, um fim inesperado, o qual caracteriza o estilo do escritor. Ou, às vezes, sem este fim, mas um ponto final, encerrando  o colóquio. A crônica é sempre coloquial. Inteligente talentosa conversa com os leitores.

Tivemos e temos grandes cronistas, a começar pelo Velho Machado de Assis, passando pelos seus contemporâneos José de Alencar, Lima Barreto, crescendo pelo João do Rio e chegando aos modernos: Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga ( O Sabiá da Crônica) com textos divertidíssimos. No Estado, temos uma plêiade de bons na crônica como J. P. Silveira de Souza (talvez o melhor texto catarinense, hoje) Flávio José Cardoso, Rubens da Cunha, Hilton Görresen( o mais autêntico herdeiro da verve francisquense) Joel Gehlen um virtuose, Júlio de Queiroz, premiadíssimo, Herculano Vicenzi  que explora um filão colonial de empreendores, Carlos Adauto Virmond Vieira com a sua crônica jurídica, Marcelo Harger com as familiares, Anselmo Moraes com a sua nostalgia pelo Bucarein da infância, o filosofo Gordurinha,  e o Bar do famoso Chico do Ernesto e Ana  Ribas  Diefenthaeler, com as suas sobre amizades; finalmente, o nosso Donald Malschtzky, autor deste exemplar com crônicas selecionadas de suas publicações por vários anos.  Donald nada fica devendo aos grandes e renomados produtores deste, hoje, gênero literário, inventando saborosos e originalíssimos enredos coloquiais em dois mil e duzentos caracteres.  Que nos prendem da primeira a última letra.

Confiram !

Carlos Adauto Vieira Escritor



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