O empresário André de Souza acusa policiais militares de terem o agredido e até usado uma arma de choque durante uma confusão. Foi na última sexta-feira, por volta das 19h, na casa dele, na Rua Carlos Eugênio Erbs, no Bairro da
Segundo Souza, ele e o filho de 15 anos chegavam em casa com uma caminhonete, mas estavam sem chaves porque tinham as deixado no carro da esposa do empresário. Souza teria, então, pulado o muro, aberto o portão, guardado o carro e entrado no imóvel. O portão permaneceu aberto porque a mulher dele estava a caminho de casa.
Ele acredita que alguém o viu e pensou se tratar de um criminoso e acionou a polícia. Quando dois policiais chegaram, o empresário e o filho saíram de casa com as mãos para cima, obedecendo a ordem dos PMs. Ele teria tentado explicar para eles que era o proprietário da casa. Nesse meio tempo, a esposa chegou e colocou o carro dela na entrada do imóvel. Souza afirma que pegou a chave dentro do carro da mulher e fechou parte do portão.
— Eu provei que era dono da casa, minha esposa também disse aos policiais que ninguém ali era bandido.
As imagens mostram que um dos policiais empurrou o empresário. Como forma de defesa, diz Souza, ele tentou fugir para a casa de um vizinho, mas houve um disparo de arma de choque. Ele rolou pela rua, sofrendo ferimentos. Um vizinho tentou avisar que ele era mesmo o dono da casa, sem sucesso. O filho do empresário e a mulher tentaram ajudá-lo. A confusão teve fim quando outras viaturas policiais chegaram ao local.
O empresário foi até um hospital para fazer curativos e fez exame de corpo de delito. O caso também foi registrado na Polícia Civil. Nesta terça-feira, ele se reunirá com o advogado para verificar qual providência vai tomar a respeito do assunto. Ele afirma, porém, que não vai deixar a história acabar assim:
— Vou pedir uma indenização. Este caso mostra o preparo dos policiais. Não vou deixar isso assim porque daqui a pouco pode ocorrer de novo e outra pessoa inocente ser machucada.
Polícia Militar vai abrir inquérito administrativo
Em entrevista à RBS TV, o comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, Cláudio Roberto Koglin, afirmou que a PM foi chamada duas vezes e informada que havia duas pessoas entrando em uma casa. Ele disse que os policiais precisam fazer uma averiguação para ver se o que a pessoa diz é realmente verdade.
O comandante garantiu que a conduta será investigada em um inquérito administrativo.