E cidadãos se fazem com pessoas envolvidas, participativas, preocupadas com o bem estar social coletivo. Em todas as rodas de conversa, reuniões, ou mesmo quando queremos justificar nossa incapacidade, encobrir nossos defeitos ou disfarçar nossas frustrações, descarregamos em alguém a culpa e a raiva pelo nosso insucesso. Os políticos, embora não se protejam nem ofereçam exemplos que os tirem da mira, são sempre os alvos preferidos. Interessante é que até nos espelhamos em suas ações e sempre que possível procuramos tirar vantagem por menor que sejam os benefícios. Já nos acostumamos a uma cultura em que o coletivo só é usado como objeto de manobra. É o que temos visto nas ações de protestos e vandalismos pipocando pelos país todos os dias. Não há motivação, mas sim oportunidade para de cara escondida descarregarmos todas as frustrações e mágoas contra quem sequer sabemos merecedores. Que mal nos fizeram os ônibus, vitrines, orelhões, placas de sinalização para sofrerem tantos danos e agressões? Que qualidade de cidadão estamos presenciando? Será que estamos dando procuração para um bando de desordeiros agir em nosso nome por mais uma vez nos omitirmos e deixarmos de usar nosso legítimo direito de protestar, cobrar dentro dos limites do respeito e da ordem? Se queremos o melhor, procuremos também ser os melhores. Temos todas as condições para isto. Um país maravilhoso livre de tragédias naturais, que oferece oportunidades para todos que estejam a procura delas. Por piores que tenham sido e assim julguemos os governos, só não estuda quem não quer e não trabalha quem não quer. Os políticos e governantes não estão no poder por acaso. Fomos nós que os escolhemos, votamos e elegemos. Vamos tentar ser cidadãos de primeira classe. Vale a pena.