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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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27/10/13 Dom: Eclo 35,15b-17.20-22a – Sl 33 – 2Tm 4,6-8.16-18 – Lc 18,9-14

Domingo, 27 de outubro de 2013

Neste 30º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Lucas, nos traz o tema da fé. A fé é a trave da porta de entrada no Reino anunciado por Jesus. Os batentes que a sustentam são o oração e a humildade. Sem a oração, a fé morre de asfixia; sem a humildade, incha de presunção. Depois de falar da necessidade da oração, Jesus fala da sua qualidade principal: a humildade. Precisamos tomar consciência de uma evidência: nossa presunção e riqueza são suficiente para exclui-nos do Reino. Seremos humildes se nos reconhecermos no fariseu, e pobres se reconhecermos no rico. Lucas coloca diante dos nossos olhos dois modelos de fé e de oração. De um lado, o fariseu, que ora diante do próprio eu; de outro, o publicando, que se acusa e pede perdão. O fariseu, convencido da própria bondade, justifica-se e condena os outros; o publicano sente-se longe de Deus e não encontra motivo para confiar em si mesmo. Se analisarmos bem, todos os personagens do Evangelho de Lucas estão sintetizados nestas duas figuras que representam, respectivamente, a impossibilidade e a possibilidade da salvação. Com efeito, nós, cristãos sérios e direitos, somos irmãos gêmeos do fariseu, que se considera justo e que Jesus quer converter em reu confesso, a fim de que acolha a graça. Em todo sonho, ensina-nos a psicanálise, há três personagem realmente importantes: eu, que observo; o outro, que eu reconheço e um terceiro, que eu nunca me lembro! Este é justamente o mais importante, o meio-termo entre eu e o outro, o único capaz de revelar-me o que não posso ou não quero ver. É este personagem inatingível que Jesus mostra ao fariseu como que num espelho: o publicano, no qual o fariseu não quer se reconhecer, é a parte mais profunda do seu eu, que ele não aceita. O Evangelho de Lucas retoma constantemente e trabalha escandalosamente esta questão, condenando o justo e justificando o pecador. O justo é condenado porque, em seu esforço por observar as prescrições da Lei, passa por cima do mandamento do qual brotam: o amor a Deus e ao próximo, mas sabe-se amado. Este é o escândalo do evangelho: poder aceitar nossa realidade de pecadores na realidade de Deus que nos ama incondicionalmente. Não somos amados por sermos justos, mas somos justificados por sermos amados. Não são os nossos méritos que contam, mas o amor do Pai, que, tocando-nos, nos transforma em santos! Este texto deve ajudar-nos a avaliar e dicernir nossa oração. Ela só é verdadeira quando, reconhecendo-nos no fariseu, assumimos a oração do publicano. Esta narrativa dá um golpe de misericórdia no fariseu que se esconde em cada discípulo missionário, justamente onde ele se sente em casa: afé, a justiça e a oração. A diferença entre os pecadores e os justos está no fato de que os pecadores aceitam ser salvos, enquanto os justos nãoo querem, porque acham que não precisam. “Porque? Porque a fé é um encontro com Jesus, e nós devemos fazer a mesma coisa que faz Jesus: encontrar os outros. nós devemos ir ao encontro e devemos criar com a nossa fé uma ‘cultura do encontro’, uma cultura da amizade, uma cultura onde encontramos irmãos, onde possamos falar também com aqueles que tem outra fé, que não tem a mesma fé. Todos tem algo em comum conosco: são imagens de Deus, são filhos de Deus. Ir ao encontro com todos, sem negociar a nossa pertença. Outro ponto é importante: com os pobres. Se saímos de nós mesmos, encontramos a pobreza. Hoje, dói o coração dizê-lo, hoje, encontrar um morador de rua morto de frio não é notícia. Atualmente, notícia é, talvez, um escândalo. Um escândalo: ah! Isso é notícia! Hoje, pensar que tantas crianças não têm o que comer não é notícia. Isto é grave, muito grave. Não podemos ficar tranquilos! Não podemos tornar-nos cristãos medrosos, aqueles cristãos muito educados, que falam de coisas teológicas enquanto tomam um chá, tranquilos”. (Papa Francisco, Roma, 18 de maio de 2013).

28/10/13 – Seg: Ef 2,19-22 – Sl 18 – Lc 6,12-19

29/10/13 – Ter: Rm 8,18-25 – Sl 125 – Lc 13,18-21

30/10/13 – Qua: Rm 8,26-30 – Sl 12 – Lc 13,22-30

31/10/13 – Qui: At 8,31b-39 – Sl 108 – Lc 13,31-35

01/11/13 – Sex: Rm 9,1-5 – Sl 147 – Lc 14,1-6

02/11/13 – Sáb: Sb 3,1-6.9 – Sl 41 – Rm 8,14-23 – Jo 11,21-27

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