Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Neste 29º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mateus, recorda que a Ascenção é a última aparião de Jesus e o início da missão dos discípulos missionários. Terminada a missão de Jesus, aqueles que o acolheram começam o seu caminho. É o mesmo caminho do Filho, que dá testemunho do amor do Pai nos irmãos que ainda não o conhecem. O que o nazareno propôs a Israel, seus seguidores propõem a todas as nações. Aqueles que nele descobriram a própria identidade de filhos a realizam agora indo ao encontro dos irmão, até que o nome do Pai dos céus seja conhecido e santificado em toda a terra. Se o Pai está vivo, os filhos não podem viver como órfãos! O texto é uma espécie de posfácil, que contém um resumo de toda a obra de Mateus. É como o final de uma sinfonia, que retoma e funde numa única harmonia os temas abordados e desenvolvidos ao longo do Evangelho. Mateus dirige-se a nós, para que façamos a experiência dos primeiros discípulos missionários, seus autores e destinatários. Assim como os discípulos missionários históricos, os leitores dirigir-se para a Galileia, onde tudo começous, ‘para o’ monte indicado por Jesus. Em Mateus, ‘monte’ tem um significado especial. São vários os montes ‘teológicos’: o das bem-aventuranças, onde o Filho anuncia a vontade do Pai; aquele onde se retira para orar; aquele onde cura os doentes; o da transfiguração, onde ressoa a voz do Pai que manda ouvir a voz do Filho, e este da ascesção. Não se trata de um monte qualquer, mas de um monte preciso. Neste momento e neste monte, os discípulos missionários o veem e o adoram. ‘Adorar’ é levar à boca, beijar. A finalidade da nossa existência é o beijo do Filho. É o mesmo beijo do Pai, por ele e por nós! A dúvida faz parte do encontro. A fé, entrega de si ao Totalmente Outro, é a superação da dúvida. Aquele que se dirige ao monte conhece o Filho e recebe o seu mesmo poder. Poder de tornar-se irmãos de todos, para que toda pessoa seja imersa no único amor do Pai e do Filho, que torna todo ser humano capaz de ‘fazer’ tudo o que Jesus mandou. Ele é Deus-vonosco, para levar o mundo ao seu cumprimento. Os discípulos missionários não devem ‘ensinar’, mas tornar as pessoas discípulos missionários do único Mestre. Sua missão é comunicar aos outros o mesmo poder que Jesus lhes comunicou: o poder de escutar e fazer a Palavra, para tornar-se um povo que dê o fruto do reino. Discípulo missionário é aquele que foi batizado, imerso, mergulhado. Não na água, onde se morre e da qual os discípulos missionários devem salvar as pessoas, mas em Deus, no qual Espírito se respira e se vive. Os pescadores da Galileia serão pescadores de homens. O Filho os pescou do abismo para batizá-los na luz; pescarão os irmãos, fazendo aos outros o que foi feito por eles. “A Igreja deve sair de si mesma. Para onde? Para as periferias existenciais, sejam quais forem, mas sair. Jesus nos diz: ‘Ide a todo o mundo! Ide! Pregai! Daí testemunho do Evangelho!’. Mas o que acontece se alguém não sai de si mesmo? Pode acontecer o que acontece com qualquer um que sai de casa e vai pelo caminho: um acidente. Mas eu vos digo: prefiro mil vezes uma igreja acidentada, envolvida num acidente, a uma Igreja doente por fechamento! Ide para fora, saí! Pensem naquilo que diz o Apocalipse. Diz uma coisa bonita: que Jesus está à porta e chama, chama para entrar no nosso coração. Este é o sentido do Apocalipse. Mas fazei-vos esta pergunta: quantas vezes Jesus está dentro e bate à porta para sair, para ir para fora, e nós não o deixamos sair, por causa das nossas seguranças, porque tantas vezes estamos fechados em estruturas caducas, que servem somente para nos tornar escravos e não livres como filhos de Deus? Nesta ‘saida’, é importante ir ao encontro; esta palavra para mim é muito importante: o encontro com os outros”. (Papa Francisco, 18 de maio de 2013, em Roma).
21/10/13 – Seg: Rm 4,20-25 – (Lc 1,69-70.71.72.73-75) – Lc 12,13-21
22/10/13 – Ter: Rm 5,12.15b.17-19.20b-21 – Sl 39 – Lc 12,35-38
23/10/13 – Qua: Rm 6,12-18 – Sl 123 – Lc 12,39-48
24/05/13 – Qui: Rm 6,19-23 – Sl 1 – Lc 12,49-53
25/10/13 – Sex: Rm 7,18-25a – Sl 118 – Lc 12,54-59
26/10/13 – Sáb: Rm 8,1-11 – Sl 23 – Lc 13,1-9
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