Um namorado recente da mãe de Aline Moreira, 18 anos,encontrada morta em uma região rural em Rio Negro (PR) nesta terça-feira, é o principal suspeito de cometer o crime. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Sérgio Luiz Alves, o homem desapareceu após ter dado uma carona para a moça na última sexta-feira. Eles estariam a caminho de Curitiba onde Aline encontraria com o seu namorado. A vítima havia voltado a morar com a mãe, em Mafra, no Planalto Norte de Santa Catarina, após trancar a matrícula da faculdade que cursava na capital paranaense.
Conforme o delegado, o carro em que os dois viajaram - um Fiat Uno - foi financiado pela mãe da jovem para que o suspeito pudesse utilizá-lo. A viagem foi interrompida ao passarem por Rio Negro (PR). Uma testemunha teria visto o suspeito com a garota próximo do local onde ela foi encontrada morta.
- Na noite de sexta ele foi visto com ela perto do carro. Como arrebentou o pneu e a roda do veículo acabou presa em um buraco, eles saíram à pé. Depois de uma hora, a mesma testemunha viu o homem saindo sozinho do mato - revelou Alves.
O delegado destacou ainda que a mãe da vítima teria conhecido o homem por meio de um anúncio no jornal, há cerca de três meses. José Ademir Radol, como foi identificado o suspeito, estaria procurando uma companheira no anúncio e teria se apresentado à mulher com um nome falso. Dois boletins de ocorrência já foram registrados contra José em Mafra. Um por estelionato e outro por tentativa de estupro.
- Esses encontros marcados por internet e jornal, quando não se sabe quem é a pessoa que está do outro lado, geralmente apresentam problemas. Infelizmente a mãe abriu a porta para um criminoso - lamentou o delegado.
A mãe da vítima só será ouvida na sexta-feira, pois ficou em estado de choque após receber a notícia de que a filha foi morta. A polícia está divulgando a foto do suspeito que está desaparecido desde então.
O corpo da jovem foi encontrado em estado parcial de decomposição e sem roupa cerca de 30 metros dentro de um matagal às margens da estrada. Só o laudo do Instituto Geral de Perícias poderá identificar a causa da morte, porém há suspeita de traumatismo craniano. O exame que deve ficar pronto em 10 dias irá indicar, inclusive, se a moça sofreu agressão sexual.