Um sonho brasileiro, uma cozinha japonesa

É São Bento do Sul, tornando-se de todos os sabores e paladares

Os empreendedores Alessandra Guarini e Érico Bronislawski (Foto Pedro Skiba/Evolução)

São Bento – Dizem que todo sonho, precisa ser sonhado. Difícil, mas quando sonhado a dois, unem-se forças para a realização. Assim acontece com o Wasabi Cozinha Oriental. Desde que se conheceram, em Joinville, depois, Videira, eles começaram a sonhar e traçar seus planos. Alessandra Guarini, nutricionista com pós-graduação em gastronomia, ex-gestora do Sesi, com passagem por várias cozinhas industriais e assessoria gastronômica, com o professor de educação física Érico Bronislawski, como diz ele, sem nada entender de cozinha, caminhando pelas ruas de Videira começaram a idealizar o que fazer. O sonho era um restaurante. Mas, onde e que tipo? Enquanto surgiam as dúvidas o convite de um amigo que mudara para São Bento do Sul. Sem hesitar muito e próprio dos arroubos da juventude para cá vieram os dois e o sonho começou a ganhar consistência. Alessandra conta que não foi também só na base da aventura. Já tinham a ideia de uma cozinha oriental. Mas, daí até a realidade, foram pesquisas de mercado, aceitação e provação. No início os amigos foram as “cobaias”, e que se encarregaram de difundir a comida e os rituais. Quebrar preconceitos, uma nova cultura, pois a cozinha oriental assim é tratada e, ainda é vista por muitos com certo distanciamento. Dos amigos para o serviço de preparo em casa e entrega em domicílio. A experiência começou a ganhar corpo e o sonho a materializar-se. Érico que continuava com seu trabalho de professor no Sesi durante o dia, fazia as entregas no período noturno. Os primeiros testes estavam feitos e foram aprovados.  Agora faltava a arrancada final. Começou então o trabalho pela procura do espaço até encontrarem o local idealizado. Reformas, aparelhamento e surgiu em São Bento do Sul o WASABI COZINHA ORIENTAL, quebrando paradigmas e dando novo sabor à cidade, antes tão germânica. Uma guerra de paladares, um desafio de costumes, uma mudança de hábitos, procurando seu espaço.  Localizado na avenida D. Pedro II, o Wasabi é aconchegante por ser pequeno e pequeno para crescer e se tornar grande. No seu interior cabem cerca de 30 pessoas e já na mudança de estação um deck cria espaço para mais 15. Um sushiman foi contratado e uma equipe preparada para atendimento. O Wasabi só trabalha com peixes frescos, que é o forte da culinária japonesa. Por ser servido cru e ainda encontrar algumas resistências, são tomados todos os cuidados de higiene e classificação dos produtos, explica Érico que vai três vezes por semana buscar as mercadorias em Curitiba em fornecedor tradicional. Alessandra também se preparou e além dos seus conhecimentos fez curso de especialização em comida japonesa em São Paulo e diz serem o sushi e o sashimi os pratos principais, além evidentemente de entradas com camarões e dos pratos quentes que também são servidos. O Wasabi abre de terças à sábados a partir das 19:00, com reservas até 19:45. Após este horário é mantido o atendimento por ordem de chegada. As reservas podem ser feitas pelo 3635-6553 e 9927-6505 ou pelo e-mail wasabi.sbs@hotmail.com.

“Estamos surpresos coma frequência. Aqueles que saiam para comer em outras cidades, estão prestigiando e valorizando o que estamos fazendo e estão reconhecendo nossa preocupação com a qualidade dos produtos e o atendimento”, disse Alessandra.

Jyo flambado (Foto Divulgação)

Gunkan de Ovas de Capelini (Foto Divulgação)

Érico faz questão de ressaltar que sempre apoiou Alessandra nas suas iniciativas e que o objetivo dela sempre foi o de abrir algum estabelecimento na área gastronômica. Ele confessa que inclusive declarou quando da primeira manifestação dela: “você pode escolher qualquer lugar do mundo que te apoio e acompanho” Aí em seguida surgiu o convite do amigo para virem para São Bento. Ele também progrediu.  Brinca: “deixei de ser entregador para gerenciar o estabelecimento com dedicação integral. Não entendo nada de cozinha como já disse, mas gosto de pessoas de conversar, de atender, de ir nas mesas. A Alessandra já é mais calculista, metódica e organizada. Estamos pensando em aumentar nossa estrutura e passar a prestar o serviço de entregas em domicílio. O maior problema encontrado ainda é a falta de mão de obra especializada, principalmente no que se refere a garçons, mas que estamos resolvendo com  ensinamentos e preparando o próprio pessoal”, concluiu Érico.

Alessandra com o Sushiman Jorge Mendes (Foro Divulgação)

Alessandra fala sobre a iniciativa da Acisbs e da criação do Núcleo Gastronômico, inclusive do Circuito que se inicia hoje e eles estão integrados.   É uma ação incrível e motivadora. Trocamos experiências, já estamos montando uma Central de Compras partindo para a criação de  um selo de qualificação e também a obtenção do registro do PAS (Programa Alimento Seguro). Queremos que as pessoas saiam de casa, conheçam as opções, provem novos sabores e delicias. Estaremos lançando um cardápio novo. Os estabelecimentos do gênero que também participem do Núcleo e aproveitem também os ensinamentos e parcerias com o Sesc e Sebrae e que todos saiam ganhando e beneficiando mais a clientela”, encerrou Alessandra.

O-ai dekite ureshii desu.(Fico feliz em vê-lo). He Yôkoso (Seja bem-vindo).