Treze médicos do Hospital Municipal São José, em Joinville, pediram demissão entre terça-feira e esta quarta-feira, confirma o diretor da unidade Marcos Krelling. Segundo ele, todos são ortopedistas.
A implantação de ponto eletrônico, no início de julho, e a decisão de pagar proporcionalmente apenas as horas registradas são os motivos mais prováveis para as demissões. Os pedidos chegaram individualmente ao setor de Recursos Humanos, segundo o diretor, e ainda devem passar por alguns trâmites até as demissões serem efetivadas.
Depois de vários médicos terem batido apenas ponto eletrônico na entrada e não na saída, houve impasse sobre o pagamento de horas excedentes, até que a Prefeitura decidiu, neste mês, em não pagar quem não havia batido o ponto.
O prefeito de Joinville, Udo Döhler, o diretor do hospital Marcos Krelling e o secretário municipal de saúde Armando Dias darão entrevista coletiva sobre o assunto às 17 horas desta quarta-feira.
O ponto eletrônico foi implantado por exigência do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), após a descoberta de problemas como a existência de anestesistas sem vínculo formal com a unidade e auditoria em procedimentos.
No início de junho, a classe médica disse ver com bons olhos a medida e que o ponto eletrônico apenas tornava o controle da jornada mais técnico.