São Bento - Parar de fumar é uma luta que muitas pessoas enfrentam, mas a maioria sai derrotada. Esse não é o caso de Carlos Aloísio Gertler, 48 anos, que com o apoio do programa oferecido pela Prefeitura, o Núcleo de Combate ao Tabagismo, já está há três anos sem o vício do cigarro e garante: “É uma vida nova”.
Esta quinta-feira, 29, é o Dia Nacional do Combate ao Fumo. Por isso, a ideia é divulgar ainda mais o apoio oferecido, que conta com a enfermeira e coordenadora, Adalgisa Pacheco dos Santos Lima, o médico Rafael da Rocha Sampaio e o professor de educação física, Washington Marques.
“Um dia vi no jornal o trabalho que o núcleo da Prefeitura faz para que as pessoas parem de fumar. Então liguei e comecei a participar. Tive determinação e decidi parar de fumar. Mas só consegui com a ajuda da equipe. Já fazem três anos e nunca tive recaída. Não pego cigarro mais nem de brincadeira”, explica Carlos.
Ele diz que tudo começou quando saiu da agricultura e foi trabalhar em um escritório. Foram mais de 20 anos fumando, e Carlos usa seu exemplo para dar conselhos a outras pessoas. “Um dia vi uma senhora na panificadora comprando um cigarro. Aí disse para ela: Por que você não para de fumar? Contei sobre o Núcleo de apoio e ela decidiu ir. Depois de um tempo a vi novamente e ela tinha largado também o cigarro”, conta.
Esses são apenas alguns dos casos registrados. Neste ano, mais de 70 pessoas já participaram do programa e segundo a coordenadora do projeto, a maioria tem êxito e larga o vício. “São três tipos de dependência: psicológica, física e química, por isso a maioria não larga sozinho o vício, e muitas pessoas nos procuram para ajudarmos. Os são-bentenses que desejam largar o cigarro ou outro fumo, podem nos procurar que marcamos uma avaliação e iniciamos o tratamento”, disse Adalgisa.
Ganhe saúde - Dentre as doenças causadoras do fumo estão cardiovasculares, como infarto de miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC); doenças do aparelho digestivo, como câncer de esôfago e de estômago, e também doenças do aparelho respiratório, como câncer de boca e de pulmão.
“Me sinto com uma vida nova. Depois que parei de fumar deixei de ser inconveniente, pois o cheiro do cigarro atrapalha os não fumantes e temos que respeitá-los. Melhorei também meu humor, tenho mais disposição, boa alimentação, é melhor para dormir. A saúde e a vida agradecem. Por tudo isso, agradeço a Deus e a equipe de apoio, que são verdadeiros anjos da saúde. Desejo sucesso, que este trabalho tenha a cada dia mais êxito e que tenham o merecido reconhecimento da nossa sociedade”, enaltece Gertler.
Além dos benefícios da saúde, o bolso de Carlos também agradece. “Até já fiz a conta de quanto eu economizei nesses três anos que parei de fumar. Foram mais de R$ 7 mil que deixei de gastar”, finaliza o vencedor da luta contra o fumo.
Disseminação do Narguilé - Uma das preocupações sobre o fumo no Brasil é com os famosos Narguilés. De origem árabe, estão cada vez mais inseridos em bares e baladas. Com um aspecto atrativo e muito sedutor, muitos jovens têm aderido a este tipo de fumo, que também é nocivo à saúde. Um estudo da Universidade de Brasília apontou que uma sessão de narguilé é equivalente a fumar 100 cigarros.
“Muitos pensam que o narguilé não é nocivo. Mas é pior que cigarro. Só a fumaça do carvão já é muito prejudicial. Peço que as pessoas evitem também este produto. O fumo faz mal e um dia o corpo vai cobrar. Neste dia de combate, precisamos reforçar esse alerta”, finaliza Adalgisa.
Para participar do Núcleo de Combate ao Tabagismo é fácil. Basta ligar no telefone (47) 3626- 8055 e agendar uma avaliação.