Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Neste, 18º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Lucas, traz uma parábola que mostra o homem, que ao contrário do discípulo missionário, que encontra sua segurança no amor do pai e dos irmãos, busca a própria segurança no acúmulo dos bens materiais. Esse homem não sabe que a nossa vida não está nos bens, mas naquele que os doa. Sabe-o, porém, o administrador sábio. “A sabedoria de Deus previu que a satisfação das necessidades que temos se torne instrumento para preencher a necessidade que somos: a comunhão com o Pai, que doa, e com os irmãos, com os quais partilhamos” diz o teólogo Fausti! Aqui está o reino dos filhos, o seu tesouro. Lucas é o evangelista que mais aborda essa questão dos bens materiais. No seu Evangelho, os bens materiais são dom do Pai a ser compartilhado entre os irmãos, seus filhos e filhas aqui novidade do Evangelho e herança do Antigo Testamento se fecundam mutuamente: toda vez que nos esquecemos do sentido divino dos bens, o jardim vira deserto, na casa transformada em caserna. A pergunta do homem rico deste Evangelho é a mesma do administrador sábio de Lucas 16: “que farei?”. A diferença está em que o segundo sabe o que fazer, enquanto o primeiro não: “O homem na prosperidade não entende, é como os animais que perecem”. O segundo sabe que é mero administrador e não proprietário: os bens não são seus e, além disso, podem acabar. A penúria o torna sábio: ao invés de acumular, toma a decisão sábia de dar o que, no fundo, não é seu. E, por isso, é louvado pelo Senhor: usa os bens de acordo com a sua natureza. É da natureza do dom recebido voltar a ser dom doado! Na verdade, só somos ricos daquilo que damos. Deus, com efeito, tem tudo porque dá tudo. Já o proprietário insensato, que quer ter sempre mais, até ter tudo, tendência absurda, mas naturalmente humana, que pensa que pode preencher assim seu vazio absoluto, é sempre menos, até se tornar nada. Seu fim é o fechamento num egoísmo insaciável que o mata como ser humano. Só Deus pode preencher o nosso vazio. Nenhum bem, nem todos os bens do mundo, pode se substituir a Deus, pois somos filhos do infinito e não simplesmente uma coisa finita entre tantas. O nosso verdadeiro tesouro é ser como aquele que é dom para todos! É mais seguro partilhar com os que não têm do que acumular os que pensam ter!
AGOSTO MÊS DAS VOCAÇÕES
Primeira Semana: Rezamos pelos ordenados, Diáconos, Presbíteros e Bispos, que no exercício do seu ministério ajuda a construía a Igreja de Jesus, sinal de unidade entre os homens.
Segunda Semana: Rezamos pelos Pais, que no exercício do seu ministério ajuda a construía a família Igreja Doméstica.
Terceira Semana: Rezemos pelos consagrados, Irmãos e Irmãs, que no exercício do seu ministério ajudam a construir o Reino de Deus na terra.
Quarta Semana: Rezemos pelos leigos, que no exercício dos seus ministérios ajudam a educar na fé, os construtores de uma Sociedade Fraterna, a Civilização do Amor!
05/08/13 – Seg: Nm 11,4b-15 – Sl 80 – Mt 14,13-21
06/08/13 – Ter: Dn 7,9-10.13-14 – Sl 96 – 2Pd 1,16-19 – Lc 9,28b-36
07/08/13 – Qua: Nm 13,1-2.25-14,1.26-30.34-35 – Sl 105 – Mt 15,21-28
08/08/13 – Qui: Nm 20,1-13 – Sl 94 – Mt 16,13-23
09/08/13 – Sex: Dn 4,32-40 – Sl 76 – Mt 16,24-28
10/08/13 – Sáb: 2Cor 9,6-10 – Sl 111 – Jo 12,24-26
Seja um participante fiel, na sua Igreja, ofereça o Dízimo!