O clima frio e mais úmido, próprio do inverno, contribui para a propagação de alergias respiratórias. Nesta época os agasalhos são mais volumosos, a utilização de cobertores felpudos é constante, tarefas internas são mais frequentes e ainda como forma de gerar maior conforto em algumas situações evita-se o arejamento de ambientes. Fatores como esses contribuem para as crises de alergia, principalmente em crianças.
Segundo a médica pneumologista Sabrina Bollmann Garcia, as alergias respiratórias surgem após exposição a um meio ambiente específico em pessoas com predisposição genética, e se manifestam através da inflamação das vias aéreas – a rinite alérgica (via aérea superior) e a asma (via aérea inferior - brônquios).
Os principais alergênios inaláveis são o pó da casa, que contem ácaros, fungos (mofo) e excrementos de baratas; pólen das flores; pelos e penas de animais (cão, gato, hamster), sendo que a exposição repetida determina os sintomas em pacientes previamente sensibilizados. Além desses alergênios, que podem ser detectados nos “testes alérgicos”, as infecções virais, a poluição, a fumaça de cigarro e a variação climática (exposição ao frio) podem também sensibilizar pacientes predispostos e levar ao aparecimento das doenças previamente citadas.
“É importante tentar reconhecer o fator desencadeante da doença alérgica para que se possa, juntamente com o médico, avaliar maneiras de prevenção e/ou necessidade de tratamento medicamentoso, para que sejam reduzidos os riscos de agravamento das crises subsequentes e as manifestações crônicas decorrentes da inflamação repetitiva”, reforça Sabrina.