Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Neste Domingo dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, o Evangelho de Mateus, mostra que ‘aquele que é’ pergunta aos discípulos missionários ‘quem ele é’ para poder introduzi-los no seu mistério. O que está em jogo não é a sua identidade, mas a identidade deles. Ele quer ser reconhecido: esse é o desejo fundamental do amor que se revela. A resposta dos discípulos missionários não vai constituir Jesus, mas vai, ou não, constituir o verdadeiro discípulo missionário. A gente diz, mas nem sempre com consciência plena, que o cristianismo não é uma ideologia, uma doutrina ou uma moral. O cristianismo é, na verdade, uma coisa só: a minha relação com Jesus, o meu amor ao meu Senhor em resposta ao seu amor por mim. Jesus pergunta aos discípulos missionários o que as pessoas diziam sobre sua identidade profunda. Depois, quer saber dos discípulos missionários a sua própria opinião sobre ele. Com isso, Jesus quer sugerir que a resposta dos discípulos missionários não pode ser a dos outros nem como a dos outros. A resposta dos discípulos missionários é absolutamente pessoal! O ministério público de Jesus está num momento decisivo: Pedro e os demais discípulos missionários reconhecem Jesus como o Messias e o Filho de Deus. A partir daqui, eles poderão ser iniciados naquele conhecimento de Jesus que só quem ama pode receber. De fato, só amamos o que conhecemos, e só conhecemos o que amamos. Esse texto apresenta o reconhecimento de Jesus, pelos discípulos missionários, e confirma o primado de Pedro, por Jesus. A primeira questão é o reconhecimento de Jesus, que é feito através das perguntas de Jesus aos discípulos missionários. A segunda questão é o reconhecimento da resposta de Pedro por parte de Jesus e, ao mesmo tempo, confirma Pedro, sempre por parte de Jesus, a uma missão particular na Igreja. Reconhecer Jesus como Messias e o Filho de Deus, títulos, porém, que não são nada claros, que devem ainda ser aprofundados, que, mesmo depois da ressurreição, alguns parecem não ter entendido, é o centro da fé. O papel de Pedro, por outro lado, é o de ‘pedra’ sobre a qual se levanta a comunidade dos discípulos missionários de Jesus. Essa ‘pedrinha’ é a primeira pedra! A Igreja precisou de alguns séculos para ligar estavelmente essa palavra de Jesus a Pedro com a figura do bispo de Roma. Qualquer bom texto de história de eclesiologia ou dos ministérios mostra isso com objetividade e equilíbrio. Historicamente, o primado de Pedro, chamado a ser serviço da unidade na fé e na caridade, foi ocasião de muitas separações, no Oriente e no Ocidente. É difícil discernir em que mediada isso se dava às modalidades inadequadas do servir ou à inevitabilidade do ‘escândolo’ da própria verdade, que, por sua própria natureza, é sinal de contradição.
ORAÇÃO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO
Ó glorioso São Pedro, Príncipe dos Apóstolos, a quem o Senhor Jesus escolheu para ser o fundamento da Igreja, entregou as chaves do Reino dos Céus e constituiu Pastor universal dos fiéis, queremos ser sempre vossos súditos e filhos. Confiantes na Palavra do Senhor, que vos concedeu o encargo de confirmar os irmãos na fé, nos conceda a graça de, diante da diversidade das opiniões dos homens, saber professar com firmeza a nossa fé em Cristo, Filho de Deus, e permanecer naquele fervoroso amor a Jesus, que por três vezes proclamastes após a ressurreição. Ó glorioso e grande apóstolo São Paulo, mestre dos gentios, corajoso, seguidor de Cristo, destemido evangelizador, fundador de comunidades, dai-nos este espírito de apóstolo de vosso Mestre Jesus, a fim de que possamos dizer a todos “Já não sou eu quem vivo, mas é o Cristo que vive em mim”.
01/07/13 – Seg: Gn 18,16-33 – Sl 102 – Mt 8,18-22
02/07/13 – Ter: Gn 19,15-29 – Sl 25 – Mt 8,23-27
03/07/13 – Qua: Ef 2,19-22 – Sl 116 – Jo 20,24-29
04/07/13 – Qui: Gn 22,1-19 – Sl 114 – Mt 9,1-8
05/07/13 – Sex: Gn 23,1-4.19; 24,1-8.62-67 – Sl 105 – Mt 9,9-13
06/07/13 – Sáb: Gn 27,1-5.15-29 – Sl 134 – Mt 9,14-17
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