Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Neste, 10º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Lucas, traz uma narração exclusiva, assim com conta duas ressurreições no seu Evangelho e outras duas nos Atos dos Apóstolos. O pano de fundo é dado pelas narrativas da ressurreição feita pelo profeta Elias e por Eliseu. Se o episódio do centurião nos ensinou o que é a fé, este trecho nos mostra porque podemos ter essa fé: primeiro, porque Jesus se comove diante do nosso mal e nos visita com sua presença; depois, porque ele é o Senhor e a sua palavra é eficaz, capaz de salvar-nos até mesmo da morte. Se, no sermão da planície, falava-se da caminhada de fé de um israelita, agora se fala da caminhada de fé de todo homem, partindo da experiência e das esperanças comuns a todos: o desejo de saúde e vida, sempre derrubado pelo poder da doença e da morte. Jesus faz a solene proclamação do Reino, prometeu a felicidade aos pobres, famintos e deu o mandamento da misericórdia. Neste episódio, mata a fome do mais pobre dos pobres: um morto, destituído da vida. Faz graça e misericórdia ao menor de todos, ao extremamente pequeno, um menino morto, filho único da mãe viúva. Jesus faz por primeiro o que, como Filho de Deus, exigira de todos: ama os inimigos, cuida dos pequenos e acolhe os pecadores. Revela, assim, como é o seu messianismo: cumpre a promessa, o juízo e a salvação de Deus, movido pela sua misericórdia!
Trata-se de uma narração querigmática. O crente vindo do judaísmo anuncia o Evangelho ao não-crente imerso no paganismo. O primeiro convida o segundo a participar do hino de louvor que se ergue do coração daquele que, movido só pela misericórdia, veio ao encontro da nossa miséria para vencer nossa morte. A ressurreição é desejo humano que não consegue traduzir-se em esperança, porque a experiência da morte destrói todo sonho neste sentido. A esperança humana de vida só pode brotar da promessa divina de ressurreição. Só o dom de Deus pode vir ao encontro do desejo do homem. A esperança é a última que morre, isto é, morre logo depois da morte. Mais que o poder do Senhor, a narração ressalta a misericórdia do Salvador. A misericórdia do Salvador, porém, o revela plenamente como Senhor. Ele é o Senhor de misericórdia, autor da vida, vencedor da morte. É a primeira vez que Lucas o chama de ‘Senhor’. Ao mesmo tempo, é com termos alusivo ao Senhor que Lucas descreve o menino morto. Chama-o de ‘filho unigênito’. Situa-o ‘à porta da cidade’, como na paixão. Jesus manda que ele ‘se levante’, como ‘se levantou um profeta’, Jesus, entre nós.
A finalidade da narração é suscitar a fé na misericórdia de Deus pelos pequenos e pelos que choram, por todo ser humano, pequeno, impotente, perdido diante da morte. Pequeno porque indefeso. Indefeso porque impotente. Perdido porque irremediavelmente podado no seu desejo de vida. Jesus dá esperança lá onde ninguém pode dá-la. É o que faz o filho único da mãe viúva. É o que o Pai fará com ele, também filho único da mãe provavelmente viúva. Deus é amor e o amor dá vida, pois só o amor é mais forte que a morte.
ORAÇÃO DOS NAMORADOS
Senhor, faze que compartilhemos a vida como verdadeiro casal de namorado. Que saibamos dar um ao outro o que temos de melhor em nós; que nos aceitemos e nos amemos como somos, com as riquezas e limitações que temos. Cresçamos juntos, sendo caminho um para o outro; saibamos carregar o fardo um do outro, encorajando-nos a crescer sempre no mútuo amor. Sejamos tudo um para o outro: nossos melhores pensamentos, nossas melhores ações, nosso melhor tempo e nossas melhores atenções. Encontremos um no outro a melhor companhia. Senhor, o amor que vivemos seja a grande experiência do Teu amor. Cresça, Senhor, em nós a mútua admiração e atração, a ponto de nos tornarmos um só: no pensar, no agir e no conviver.
10/06/13 – Seg: 2Cor 1,1-7 – Sl 33 – Mt 5,1-12
11/06/13 – Ter: At 11,21b-26; 13,1-3 – Sl 97 – Mt 10,7-13
12/06/13 – Qua: 2Cor 3,4-11 – Sl 98 – Mt 5,17-19
13/06/13 – Qui: 2Cor 3,15-4,1.3-6 – Sl 84 – Mt 5,20-26
14/06/13 – Sex: 2Cor 4,7-15 – Sl 115 – Mt 5,27-32
15/06/13 – Sáb: 2Cor 5,14-21 – Sl 102 – Mt 5,33-37
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