Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Neste, 9º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Lucas, apresenta o centurião romano, um pagão, um gentil, que lembra o pagão Abraão, o qual graças à sua fé, não só se tornou pai de todos os que creem, mas depositário da promessa. O pano de fundo desta narração é a missão dos primeiros discípulos missionários cristãos entre os pagãos. Por causa da acolhida da mensagem, a salvação os alcança e eles se tornam seus depositários e anunciadores. Não se trata simplesmente de um fato histórico, mas, sobretudo, de uma necessidade teológica. Em que sentido? No sentido em que, se Deus é misericórdia, necessariamente ama os inimigos e faz o bem sem interesse, visando apenas ao seu bem.
Jesus cura o filho-servo do centurião romano, ressuscita o filho da pobre viúva e perdoa a pecadora. Ou seja: ele faz o que diz, aliás, é o primeiro que faz o que disse em Lc 6,27-38. Jesus, como Filho do Altíssimo, não pode não se voltar para os pagãos, considerados inimigos, aos pequenos, como o filho morto de uma pobre viúva, e aos pecadores, como a mulher perdoada na casa do fariseu Simão. Os excluídos, de fato, se tornam filhos privilegiados da sabedoria de Deus que é misericórdia. Com suas atitudes, Jesus materializa a imagem de um Deus disponível e bom para com todos. Ele é a face do Pai, pois revela o mistério profundo escondido durante séculos e que agora se revela no Filho. O caminho dos pagãos é parecido com o caminho dos judeus, ao mesmo tempo crentes e pecadores. Com efeito, o caminho dos pagãos parte da fé na potência da palavra de Deus e passa pelo reconhecimento da própria insuficiência e mesmo incapacidade. Aliás, no pagão, a fé parece até brilhar mas do que nos crentes. Tanto assim que Jesus fica admirado e apresenta o centurião como modelo de fé para todos: para seus contemporâneos judeus e para nós, os judeus de hoje.
O evangelho, neste sentido, descreve como nasce a fé. A fé é confiança absoluta no poder salvador da palavra de Jesus e nasce gradualmente.
“Parte da extrema necessidade de alguém que ouve falar de Jesus e que espera que ele venha e intervenha, com a mediação de Israel; e constata que ele é disponível e vem; passa através do sentimento de insuficiência e indignidade; finalmente, chega à sua maturidade plena na expressão: ‘Diga somente uma palavra e o meu servo-filho será curado’.”! Foi este o caminho feito pelo próprio Lucas, proveniente do paganismo, e dos seus leitores, igualmente provenientes do paganismo: o caminho da fé no poder do Senhor, da palavra do Senhor!
ORAÇÃO DO CORAÇÃO DE JESUS E MARIA
Senhor Jesus, dignai-vos visitar nossas casas em companhia de vossa mãe santíssima, e derramar sobre os seus habitantes aquelas graças que vós prometestes às famílias, especialmente as consagradas ao vosso divino coração. Reparai que fostes mesmo vós, ó Salvador do mundo, quem, ao revelar-se a Santa Margarida Maria, lhe fez ver a exigência, para um fim misericordioso, a homenagem solene do amor universal ao vosso divino coração. Coração que tanto amou os homens e que tão pouco foi correspondido nesse amor. Nossas famílias desejam urgentemente responder ao vosso apelo, e, em reparação pela indiferença e pela apostasia de tantas almas, vem proclamar-vos, ó divino coração, como seu amoroso soberano e consagrar-vos, sem ideia de recompensa e ganho, as suas alegrias, trabalhos e dores, o presente e o futuro desta família que, doravante, a ninguém pertence senão a vós. E pois assim vos pertencem, abençoai os que estão ouvindo esta oração. Abençoai também aqueles que, pela vontade do Altíssimo, já faleceram.
03/06/13 – Seg: Tb 1,3; 2,1a-8 – Sl 111 – Mc 12,1-12
04/06/13 – Ter: Tb 2,9-14 – Sl 111 – Mc 12,13-17
05/06/13 – Qua: Tb 3,1-11a.16-17a – Sl 24 – Mc 12,18-27
06/06/13 – Qui: Tb 6,10-11; 7,1.9-17; 8,4-9a – Sl 127 – Mc 12,28b-34
07/06/13 – Sex: Ez 34,11-16 – Sl 22 – Rm 5,5b-11 – Lc 15,3-7
08/06/13 – Sáb: Is 61,9-11 – (1Sm 2) – Lc 2,41-51
Seja um participante fiel, na sua Igreja, ofereça o Dízimo!