Trabalho foi coordenado pelo Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
Joinville/São Bento/Rio Negro-PR – O Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Joinville, no início desta semana – na segunda-feira –, efetuou a prisão em flagrante de um delegado da Polícia Civil do Paraná e dois exploradores de jogos de azar. A prisão ocorreu em Rio Negro, no momento em que os contraventores entregavam propina exigida pelo policial. Na operação, denominada “Game Over II”, também foi preso também o sargento Gilberto Schlogl, da Polícia Militar de São Bento do Sul. A ação integra uma série de outras diligências realizadas na mesma tarde na região de São Bento do Sul, Comarca na qual foram expedidos e cumpridos cinco mandados de prisão preventiva (três dos quais contra os presos em Rio Negro), cinco mandados de prisão temporária e dezoito mandados de busca e apreensão, além de ordem de interdição de duas casas lotéricas.
INVESTIGAÇÃO
A investigação, iniciada em meados do ano passado pela 3ª Promotoria de Justiça de São Bento do Sul, apura a prática de inúmeros ilícitos relacionados à contravenção penal de jogo do bicho, como formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. O delegado de polícia preso foi encaminhado a Curitiba. Os demais detidos, dentre eles o sargento PM, foram encaminhados ao Batalhão da Polícia Militar de São Bento do Sul e à Penitenciária Industrial de Joinville. As investigações devem prosseguir e maiores detalhes não podem ser, por ora, revelados, sob pena de eventuais prejuízos aos trabalhos.
FORÇA-TAREFA
Atuaram na força-tarefa os GAECOs de Joinville, Chapecó, Lages, Criciúma, Itajaí e Florianópolis. O GAECO reúne integrantes do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar, visando ao combate às organizações criminosas. Colaboraram com os trabalhos o GAECO do Paraná e a Corregedoria-Geral de Polícia Civil daquele Estado. O comandante da PM de São Bento do Sul, tenente coronel Amarildo de Assis Alves, afirmou ontem ao Evolução: “Fico triste se um membro da corporação estiver realmente envolvido, mas não vou passar a mão na cabeça de ninguém. Quem fez, tem que pagar”. Amarildo destacou, porém, que ainda é necessário o julgamento do sargento – que, se for condenado, pode até ser expulso da Polícia Militar.