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Concórdia receberá R$ 15 mi em investimentos do Sistema FIESC em 2013

Terça, 23 de abril de 2013

 

Anúncio do presidente do Sistema FIESC foi feito durante ato de assinatura de contrato de venda da atual unidade do SENAI, que será substituída por uma nova mais ampla e moderna e cuja construção está em andamento

 

Concórdia - O Sistema FIESC investirá R$ 15 milhões na ampliação e modernização de suas estruturas de atendimento em Concórdia este ano. O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Glauco José Côrte, nesta segunda-feira, dia 22, durante o ato de assinatura do contrato de venda à prefeitura da atual escola do SENAI, com a presença do prefeito João Girardi. A transferência da propriedade do imóvel integra o projeto de implantação da nova unidade, em construção no bairro São Cristóvão e que absorverá 80% dos investimentos anunciados. A solenidade de assinatura do contrato compôs uma extensa agenda de atividades do presidente e outras lideranças do Sistema FIESC nas cidades de Concordia e Seara, tratando da ampliação do atendimento nas duas cidades.

Do total de investimentos anunciados, mais de R$ 12 milhões serão na construção, mobiliário e equipamentos da nova unidade do SENAI, que terá 6,8 mil metros quadrados, mais que o dobro da atual. O atendimento também crescerá, passando de 2,2 mil (2012) para 3,2 mil estudantes em 2014. Além disso, a unidade implantará novos laboratórios nas áreas de mecânica automotiva e alimentos e terá sensíveis melhorias nos demais ambientes, entre os quais construção civil e mecânica industrial.

O restante dos investimentos será aplicado na unidade do SESI, que terá academia ao ar livre, pista de skate e patins, tabela de streetball, trilha para caminhada, além de gramado sintético no campo de futebol, já realizado.

"Nosso propósito é trabalhar para melhorar a competitividade da indústria catarinense, em especial por meio de educação e capacitação e de saúde, segurança e qualidade de vida dos trabalhadores", afirmou Côrte. "Nenhuma pessoa interessada em realizar um curso de educação profissional ficará sem aula", salientou.

Infraestrutura

Acompanhado pelo vice-presidente da FIESC para o Alto Uruguai, Álvaro Luís Mendonça, o presidente da entidade iniciou sua programação em Concórdia com uma reunião com os presidentes de sindicatos de indústrias da região. E todos eles apresentaram demandas pela formação de profissionais, necessidades que serão estudadas caso a caso na busca de soluções. Uma das decisões tomadas na própria reunião é a instalação de um laboratório didático para a área do vestuário, que, enquanto a nova unidade do SENAI não estiver concluída, será instalado no SESI.

Os presidentes dos sindicatos também pediram o apoio do presidente da FIESC na defesa de projetos que melhorem a infraestrutura da região e educação da região. As lideranças sindicais destacaram os problemas no fornecimento de energia elétrica, de água e os gargalos de transporte. O presidente do Sindicato da Indústria do Mobiliário, Nestor José Petter, mostrou uma planilha com as quedas de energia elétrica nos municípios de Peritiba e Alto Bela Vista entre 20 de novembro de 2012 e 28 de março de 2013. Conforme o estudo, são registradas de uma a duas quedas por dia, com paradas médias de uma hora, mas que às vezes chegaram a três horas. "Isso prejudica a indústria de maneira geral e também o setor agrícola, já que, por exemplo, a maior parte dos produtores de leite utiliza ordenhadeiras elétricas", afirmou Petter. O vice-presidente do sindicato das indústrias do setor metalmecânico, Márcio Zanatta, lembrou que as BRs 153 e 282, que atendem a região, estão sobrecarregadas. "Se quisermos chegar a Cutiriba, Porto Alegre ou Florianópolis temos que ficar muitas horas na estrada. Um caminhão demora ainda mais", afirmou.

Côrte reafirmou a disposição da FIESC em apoiar essas demandas, além das questões tributárias e da instalação do campus da UFFS na cidade. "Os dirigentes de sindicatos apresentaram uma ampla análise das necessidades do município", destacou. "O custo da produção no país é muito elevado", afirmou.

Brasil Foods

O problema da falta de água foi retomado na visita da comitiva da FIESC à Brasil Foods (BRF). O gerente industrial Alejandro Almiron explicou que por oito anos, não consecutivos, a empresa foi obrigada a contratar caminhões para transportar água do Rio Uruguai, distante 25 quilômetros. A unidade abate 290 mil frangos e 4,2 mil suínos por dia, processando, a cada mês, 10 mil toneladas de carne de frango e 17 mil toneladas de suínos. Maior unidade fabril da BRF, a planta de Concórdia responde por 14,2% das operações do grupo, gerando 5,3 mil empregos diretos, além dos terceiros e agricultores integrados. Na visita, a comitiva do Sistema FIESC conheceu a fábrica de presunto parma, produto de elevado valor agregado.

Seara

A comitiva do Sistema FIESC também reuniu-se com a prefeita de Seara, Laci Grigolo, para discutir a destinação de uma área para a implantação de uma unidade do SENAI na cidade.



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