Formação rochosa fica a quase mil metros acima do nível do mar
Garuva/São Bento – Como se tornou tradicional no feriadão de Páscoa, centenas de pessoas subiram o Monte Crista, em Garuva, no último final de semana. As chuvas que caíram com mais intensidade nas madrugadas deixaram as trilhas repletas de lama, aumentando o desafio para os aventureiros que enfrentaram horas de caminhada para cumprir o desafio. Porém, durante o dia, o tempo ficou alternado entre uma chuva fraca, uma leve garoa e alguns períodos de sol. Formação rochosa que fica a quase mil metros acima do nível do mar, o Crista conta com paisagens que impressionam pela sua beleza e contemplação, sem contar que o local é envolvo em várias lendas e mistérios. Trechos das escadarias que teriam sido construídas pelos jesuítas revezam-se com córregos, cachoeiras e piscinas naturais. “A visão lá de cima é simplesmente indescritível”, conta o jornalista Elvis Lozeiko, do Evolução, um dos participantes da excursão. “Na manhã de domingo, por volta das 6:00, do nosso acampamento podíamos ver, à esquerda, a Baía da Babitonga – e mais ao centro a maior cidade do Estado, Joinville, encoberta pelas nuvens”, diz.
“LUGAR INCRÍVEL”
Para Mônica Carvalho, de Jaraguá do Sul, o Monte Crista é “um lugar incrível, onde toda a natureza faz com que a emoção de cada um ao subir se torne uma fascinante fantasia de êxtase e alegria”. É a terceira vez que ela sobe, “mas sempre parece ser a primeira vez”. Segundo Mônica, “apesar do cansaço, que não é pouco, tudo lá em cima se torna muito gratificante”. Ela frisa, porém, um ponto negativo: “A única coisa que me deixa triste é a falta de consciência de algumas pessoas que sobem e deixam seus lixos lá”. Mônica finaliza destacando: “Para quem nunca foi, não sabe o que está perdendo”.
OBSTÁCULOS
Já Roger Komar, de São Bento do Sul, chama o Monte Crista de “paraíso”, comentando que a subida ao local “consiste na atitude de enfrentar obstáculos, com preparo, planejamento, respeito, aceitação, vitória, tomar as rédeas da vida nas mãos e construir o próprio caminho”. Ele explica: “A cada um compete construir sua experiência. Prazer ou dor são escolhas que se aprende a fazer, desistir é uma possibilidade, assim como superar limites, descobrir forças, persistir, superar, enfim, cada um tira seu determinado proveito e conhecimento”. Também em sua terceira subida/escadala, ele frisa que “a cada ano que passa é uma nova surpresa e superação, pois não há cansaço físico ou psicológico” que o façam desistir da aventura.