Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Neste, Domingo da Ressurreição do Senhor, o Evangelho de João, mostra Maria Madalena que vai ao sepulcro e o encontra vazio. Volta então ao cenáculo, para anunciar aos discípulos missionários o desaparecimento do Senhor. Pedro e o discípulo missionário amado entram em cena e não só constatam o que a Madalena disse, mas também encontram as faixas de linho estendidas e o sudário à parte, enrolado num lugar. Diante desses sinais, o discípulo missionário amado viu e acreditou. O evangelho comenta que ainda ignoravam a Escritura, que fala da ressurreição de Jesus dos mortos. O texto conclui com o retorno dos discípulos missionários. “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”: é o grito de Maria Madalena, que procura e não encontra aquele que seu coração ama. Morto por mãos inimigas, sepultado por mãos amigas, não está mais onde foi colocado. É o primeiro dia depois do sábado. No sexto dia, Deus concluiu a sua obra. Depois das dores do parto, nasce o homem novo, Filho do Homem e Filho de Deus, quem com sangue e água, comunicou a sua vida a seus irmãos e irmãs. José de Arimateia e Nicodemos responderam com amor ao seu amor: prepararam a grande festa, colocaram-no no sepulcro, onde o Senhor repousou da sua fadiga, cumprindo o Sábado e a Páscoa. O cumprimento foi tão perfeito que o Sábado e a Páscoa se deslocaram para o primeiro dia da semana, que se tornou o dia do Senhor, a dominica dies, ‘domenica’, em italiano, o dominicus dies, ‘domingo’, em português e espanhol. Em latim, ‘dia do Senhor’ se diz ‘domini’, subistantivo no negativo, ou então ‘dominicus-a-um’, adjetivo. A grande surpresa da manhã da nova Páscoa é o sepulcro vazio. De fato, nascemos por acaso, ignoramos como e quanto viveremos, mas uma coisa é absolutamente certa: voltaremos à terra da qual viemos. O sepulcro é o lugar do encontro universal. Ali, todos se reúnem, todos igualmente vencidos, todos prisioneiros da morte. A Madalena, como também os discípulos missionários, ignora que as profundezas da terra acolheram o Esposo. O Crucificado, Senhor da Glória, de fato, desceu aos infernos, penetrou no reino da morte, para obrigá-lo a restituir os seus despojos. O sepulcro vazio é o pressuposto da fé cristã, para a qual o destino do homem não é a morte, mas a ressurreição dos mortos. Conforme Paulo em 1Cor 15,14.19! Quem nega a ressurreição dos mortos, nega também a ressurreição do Filho. Deus amante da vida, ama tudo o que fez. Criou tudo para a existência. Não é propriamente a morte que é um mal, mas nossa maneira de concebê-la, já que o pecado envenena a nossa existência. Se, faço do meu ‘eu’ um deus, então para mim a morte é o fim de tudo. Somos seres corpóreos, limitado pelo espaço e pelo tempo. O limite de espaço, porém, não é lugar de luta, mas de aliança com os outros; o limite de tempo não é o fim de tudo, mas comunhão com o princípio. Essa é a parábola da vida e da morte. O discípulo missionário amado compreendeu logo. Ele vê com o coração. O amor é o princípio da fé, que dá a vida. O discípulo missionário amado, por isso, é o protótipo daqueles que creem sem ver. A Madalena, que correu para avisar os discípulos missionários, não precisará correr para se encontrar com o Senhor. Ele virá ao seu encontro enquanto ela, do lado de fora, no jardim, chorava o desaparecimento do amado do seu coração. Pai santo, vosso Filho Jesus, conduzido pelo Espírito e obediente à vossa vontade, aceitou a cruz como prova de amor à humanidade. Convertei-nos e, nos desafios deste mundo, tornai-nos missionários a serviço da juventude. Para anunciar o Evangelho como projeto de vida, enviai-nos, Senhor; para ser presença geradora de fraternidade, enviai-nos, Senhor; para ser profeta em tempo de mudança, enviai-nos, Senhor; para promover a sociedade da não violência, enviai-nos, Senhor; para salvar a quem perdeu a esperança, enviai-nos, Senhor; para...
01/04/13 – Seg: At 2,14-32 – Sl 16 – Mt 28,8-15
02/04/13 – Ter: At 2,36-41 – Sl 33 – Jo 20,11-18
03/04/13 – Qua: At 3,1-10 – Sl 105 – Lc 24,13-35
04/04/13 – Qui: At 3,11-26 – Sl 8 – Lc 24,35-48
05/04/13 – Sex: At 4,1-12 – Sl 118 – Jo 21,1-14
06/04/13 – Sáb: At 4,13-21 – Sl 118 – Mc 16,9-15
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