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Febrace: Projeto de estudantes são-bentenses participa da maior feira de ciências do País

Sexta, 08 de março de 2013

Espécie de acendedor de lareira, chamado de Ecoqueima, dá destinação correta ao óleo de cozinha

 

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Maiara Aparecida Hüttl e Daniel Gonzales Peres Albernaz representam São Bento do Sul na maior feira de ciências da América Latina (Foto Divulgação)
  

São Bento – O óleo de cozinha é altamente poluente. Cada litro derramado na pia, além de danificar a instalação hidráulica, é suficiente para poluir até um milhão de litros de água. O prejuízo não para por aí: jogado na natureza, o óleo utilizado em frituras pela dona de casa provoca a morte de peixes e desequilibra o ecossistema. Para descontaminar a água, o custo é alto – cerca de 20% do tratamento do esgoto. Para dar uma destinação correta, de uma forma que não polua o solo, Maiara Aparecida Hüttl e Daniel Gonzales Peres Albernaz, ambos com 16 anos e estudantes do Colégio Global, desenvolveram uma espécie de acendedor de lareira, chamado de Ecoqueima, e que usa em sua composição álcool gel, jornal velho e o óleo de cozinha usado. De simples produção, o resultado garante uma destinação diferente ao poluente óleo, e ainda gera calor suficiente para iniciar o fogo em lareiras e churrasqueiras.

O projeto, pela sua forma sustentável e inovadora, foi um dos selecionados para participar da 11ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece de 12 a 14 de março, nas dependências da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). O evento, que contará com 330 projetos realizados por estudantes de vinte e cinco Estados brasileiros e do Distrito Federal, é considerado a maior feira de ciência e engenharia da América Latina voltada para estudantes pré-universitários. Seu objetivo é despertar nos jovens o interesse pela ciência, estimulando a criatividade, a inovação e o empreendedorismo. Os melhores projetos, além de prêmios, podem ser escolhidos para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que acontece em maio, no Arizona (EUA).

 

DESENVOLVIMENTO

O projeto são-bentense foi primeiro apresentado na feira de ciências interna do colégio, intitulada Mostra de Soluções para uma Vida Melhor. “Precisávamos pensar em um projeto para a feira de ciências e queria usar algo com óleo de cozinha, e durante uma aula de Química conhecemos a bipolaridade dos materiais – foi daí que surgiu a ideia”, explica Maiara, lembrando da polaridade do óleo.  Com uma ideia na cabeça, Maiara fez várias experiências em casa, até atingir o resultado esperado. “Primeiro pensei em usar o óleo, mas ele só se torna inflamável a 425 graus Celsius. Ele só aquecia e não mantinha a chama. Foi então que usei o álcool em gel, pela textura, e aí deu certo”, conta a estudante. Para envolver a mistura, várias tentativas foram feitas, usando plástico. O ponto ideal aconteceu ao usar o papel toalha ou o jornal, que, conforme Daniel, absorve melhor a mistura, que deve ser sempre proporcional. Devido ao álcool, a chama surge rapidamente e, devido ao óleo, ela dura. O projeto finalizado foi apresentado no colégio e, pela inovação, foi premiado. Diante da engenhosidade sustentável, foi inscrito na Febrace e selecionado para participar, sendo o único projeto de São Bento do Sul presente no evento e um dos dezoito projetos catarinenses participantes da maior feira de ciências da América Latina.

 

MUDANÇAS PEDAGÓGICAS

A participação no Febrace também mexeu com todo o colégio. Conforme explica a diretora Cleyde Rejane Treml Skiba, em 2013 o estímulo à pesquisa e inovação ganhou nova cara no colégio. “Nosso ciclo do conhecimento, a Mostra de Soluções para uma Vida Melhor, está sendo reformulada, para seguir o padrão das maiores e mais importantes feiras de ciências do país. O estatuto da Febrace está sendo utilizado como referência, alinhando a metodologia do colégio às grandes feiras”, explica. Cleyde diz que o objetivo é aguçar a curiosidade dos alunos, para que busquem soluções inteligentes e inovadoras nas mais diversas áreas do conhecimento, através da introdução ao conhecimento científico. Prova disso é que neste ano os projetos serão enquadrados em sete categorias: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, e Engenharia.



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