A partir desta manhã, Joinville passa a ter oficialmente uma fábrica da norte-americana General Motors (GM). A inauguração da unidade, que ocorre a partir das 10h30 no km 47 da BR-101, é o primeiro passo de transformação da região Norte de Santa Catarina em um polo do setor automotivo.
Escolhida por questões logísticas, como cinco portos e quatro aeroportos em um raio de 200 quilômetros, e pela já existente cadeia de fornecedores, principalmente do segmento metalmecânico — a GM já conta com uma média de 25, somados os de serviços —, a região terá ainda uma segunda fábrica da norte-americana e uma montadora da BMW, confirmada para Araquari. Juntos, os três investimentos superam R$ 2 bilhões.
— Costumo dizer que aonde vamos, alguém vai atrás. O Brasil virou um mercado grande e não há motivos para se concentrar toda a produção em um único polo. A BMW também vem aí e, assim como nós, vai atrair outras empresas —, afirma o vice-presidente da General Motors, Marcos Munhoz.
Na cerimônia de lançamento do novo Prisma, que ocorreu terça-feira, o presidente da montadora na América Latina e no Brasil, Jaime Ardila, chegou ao Joinville Square Garden dirigindo a novidade.
A atriz Camila Morgado foi sua convidada. Em discurso, ele reforçou a confiança na indústria brasileira.
— Essa fábrica é uma confirmação. A unidade de Joinville vai renovar o conceito da GM. Nossa estratégia é produzir onde vendemos.
O evento de hoje vai contar com a presença dos principais executivos da GM no Brasil e autoridades do Estado, como o governador Raimundo Colombo. A cerimônia formaliza a abertura da unidade de R$ 350 milhões que já produz motores e cabeçotes (parte superior do motor) desde outubro do ano passado. As peças joinvilenses estão sendo usadas no Prisma, carro lançado terça-feira em jantar no Joinville Square Garden.
Segundo Munhoz, a área de produção da fábrica está pronta e conta hoje com cerca de 180 funcionários. A partir de abril, o setor de motores, que hoje trabalha com um turno, passará a ter dois períodos de atividades.
Ele diz ainda que a produção deste ano deve ser de 70 mil motores e cerca de 145 mil cabeçotes.
— Esperamos que, até o fim deste ano, a produção utilize 100% da capacidade —, afirma.