Em entrevista para o programa Notícia na Tarde desta quinta-feira, da Rádio CBN Diário, o delegado e presidente da Associação dos Delegados de Polícia de SC (Adepol), Renato Hendges, comentou as atitudes tomadas pela polícia catarinense em transferir, até agora, 40 presos para outros estados brasileiros.
Segundo ele, os criminosos entram em contato com os chefes de todas as organizações criminosas do país e voltam “PhD's em criminalidade”. O delegado sugere um investimento maior em presídios do tipo regime disciplinar diferenciado (RDD) para Santa Catarina, em vez da realização de transferências, que geram alto custo.
— O custo dessas operações de transferência poderia ser revertido em uma ala de uma penitenciária. Você consegue preparar uma ala para esses 40 ou 50 presos, isolar eles em um pavilhão e aplicar o regime disciplinar diferenciado — sugeriu Hendges.
Ele também avaliou os critérios utilizados pela polícia para classificar os incêndios como atos de vandalismo ou atentados.
— Entendo que um ou outro caso... mas sendo sistemático, se há queima de três (carros) em uma noite e em cidades diferentes, eu acho que a lógica é de que não seja vandalismo, decorrente de uma ação plenamente traçada — disse.
::Incêndios mais recentes
Quatro veículos particulares foram incendiados entre a noite desta quarta-feira e manhã de quinta-feira. Os casos ocorreram em quatro cidades diferentes de Santa Catarina:Balneário Camboriú, Lages, Tubarão e Joinville. As ocorrências registradas serão analisadas por Órgãos de Segurança Pública de Santa. Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Corpo de Bombeiros investigam se casos têm relação com a onda de atentados ou com vandalismo.