Ao lançar dois novos produtos nesta sexta-feira —andaimes e escoras metálicas — a Tuper, de São Bento do Sul, deu mais um passo na estratégia de ampliar a participação no setor de construção civil.
— É um segmento muito promissor. Os negócios são pulverizados e os riscos se dissipam —, afirma o presidente da empresa, Frank Bollmann.
Quinta maior processadora de aço do Brasil, a empresa faturou quase R$ 1,3 bilhão em 2012. Com a nova produção, espera elevar em até 5% o desempenho geral da companhia, e entre 7% e 9% o faturamento nos negócios ligados à construção.
O investimento no novo negócio foi de R$ 8 milhões. De acordo com Bollmann, a produção de itens para a construção civil deve gerar 50 novos postos diretos de trabalho.
A produção se destina ao mercado interno nos segmentos de locação, construção civil, estaleiros, obras de arte rodoviárias, manutenção de aviões, plataformas de petróleo, instalação e manutenção de caldeiras e equipamentos industriais.
A companhia também está de olho no mercado sul-americano e em outros segmentos, como o de eventos esportivos e culturais, com arquibancadas para jogos, palcos para shows e montagem de galpões provisórios.
No primeiro ano, a Tuper prevê o processamento de cerca de 4,8 mil toneladas em componentes e conjuntos de andaimes, com a meta de alcançar a marca de 12 mil toneladas a partir do segundo ano. Quando isto ocorrer, a previsão é de alcançar um faturamento anual de R$ 84 milhões com esses produtos.
Ao contrário de empresas de escapamentos que quebraram nas décadas de 1970 e 1980, a Tuper agregou valor ao produto e ampliou seu horizonte. Ao ingressar no setor automotivo, deu um salto tecnológico, aplicado em outras áreas. Apostando no atendimento a diferentes setores da economia, não sentiu com tanta força os abalos em um ou outro setor, diz Bollmann. Mas a empresa não se distanciou do que sabia fazer melhor: os tubos.