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O que são as câimbras e o que fazer para evitá-las? Veja as recomendações

Quarta, 06 de fevereiro de 2013

 

Alimentos ricos em cálcio e magnésio, evitar o sedentarismo e boa hidratação estão na lista

 
O que são as câimbras e o que fazer para evitá-las? Veja as recomendações Charles Guerra/Agencia RBS
Não existe causa aparente para as fisgadas nos músculos, porém podem estar associadas à atividade física vigorosa Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
As câimbras são contrações musculares intensas e momentâneas que podem atingir um grupo muscular ou um músculo isolado. Normalmente ocorrem de forma involuntária ou após esforços físicos e, apesar de serem algo bem conhecido da maioria das pessoas, sua causa não é tão simples de ser identificada, afinal vários fatores podem desencadear o processo.

Segundo o angiologista Ary Elwing, especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser, as contrações acometem os membros inferiores tornando visíveis os músculos e os tendões contraídos.

— A câimbra costuma ser bem dolorida podendo durar alguns minutos. São mais comuns na panturrilha, nos músculos anteriores e posteriores das coxas, dos pés, das mãos, do pescoço e do abdome — explica.

As câimbras musculares podem ser causadas por uma hiperexcitação dos nervos que estimulam os músculos. O angiologista explica que não existe causa aparente para as fisgadas nos músculos, porém ela pode estar associada a diversos fatores como falta de magnésio ou cálcio, gravidez ou atividade física vigorosa.

— Se as câimbras surgem esporadicamente durante atividade física intensa, provavelmente foi provocada pelo excesso de ácido láctico ou fadiga aguda das fibras musculares — diz o especialista.

Ele acrescenta que as contrações involuntárias também podem ser de origem vascular por meio de isquemia local, neuromuscular ou metabólica por intermédio de uma intoxicação por cafeína e hipoglicemias.

— Alguns medicamentos diuréticos, principalmente a furosemida, donozepil e broncodilatadores também podem desencadear câimbras — acrescenta.

Entre as causas mais comuns para o surgimento de câimbra, pode-se destar:

• Deficiência de sódio, potássio ou magnésio na corrente sanguínea.

• Acumulo de ácido lático ou cetona nos músculos durante o exercício físico.

• Desidratação.

• Doenças metabólicas como diabetes, hipotireoidismo, alcoolismo, hipoglicemia.

• Doenças neurológicas como Mal de Parkinson e doença do neurônio motor.

• Varizes.

• Hemodiálise.

• Anemia.

• Cirrose.

• Permanência por muito tempo sentado ou deitado em uma posição inadequada.

• Miopatia.

• Uso de medicamentos como diuréticos ou donepezila, neistigmina, ralaxifeno, salbutamol e cloridrato de lovastatina, por exemplo.

E quanto às câimbras noturnas?

Quem já foi acordado por contrações na panturrilha, nas coxas ou nos pés não precisa entrar em pânico. As câimbras noturnas não estão associadas a doenças graves. Apesar de não existir comprovação, a medicina acredita que esse tipo de câimbra ocorre pela falta de minerais como cálcio, sódio e magnésio. A desidratação também pode ser um fator para que ocorra a contração involuntária.

— Quem faz muito esforço físico durante o dia pode ter contrações à noite. Por isso, beber dois litros de água é fundamental e as bebidas isotônicas também podem ser consumidas por quem pratica esporte, pois é uma forma de repor líquidos e sais minerais perdidos — ressalta Elwing.

Se a pessoa sofre de câimbra noturna idiopática (sem causa aparente) é recomendado mudar alguns hábitos antes de dormir.

— Fazer um alongamento de 15 minutos antes de deitar, consumir alimentos ricos em cálcio e magnésio, evitar o sedentarismo e manter a hidratação podem amenizar as câimbras noturnas — aconselha Dr. Elwing.

Outra opção é o uso de alguns medicamentos com vitamina E, complexo B, verapamil, cloroquina e gabapentina que também podem auxiliar nas contrações em casos específicos. Porém não podem ser consumidos sem prescrição médica.

Para prevenir câimbras procure:

• Investir no consumo de alimentos ricos em minerais como banana e água de coco.

• Evitar a prática de exercícios físicos após as refeições.

• Realizar alongamentos antes e depois da atividade física.

• Hidratar-se corretamente, bebendo cerca de dois litros de água por dia.


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