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Luciana Albino


Arquiteta & Urbanista

CREA/SC 105541-3


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Telhados (5) – telhado verde

Terça, 05 de fevereiro de 2013

Nesses tempos de ‘consciência ambiental’, o telhado verde é, sem dúvida, o assunto mais comentado quando falamos em arquitetura sustentável. Este conceito, que causa em muitos a impressão de novidade, tem seu registro mais antigo e famoso nos “Jardins Suspensos da Babilônia”. Por volta de 1920, o arquiteto francês Charles Edouard Jeanneret, mais conhecido como Le Corbusier, desenvolveu e defendeu a ideia de terraços jardins com a intenção de compensar a área de terreno impermeabilizada pela construção e proporcionar uma maior qualidade de vida às pessoas. O conceito era tão importante que passou a ser considerado um dos cinco pontos fundamentais da ‘nova arquitetura’ - com a difusão do modernismo pelo mundo, o conceito de terraço jardim foi absorvido por vários outros arquitetos. Já naquela época, Le Corbusier considerava que as cidades modernas encontravam-se asfixiadas, sem áreas verdes suficientes, não contribuindo para uma boa qualidade de vida dos cidadãos.

A técnica do telhado verde consiste na aplicação e uso do solo e vegetação sobre uma camada impermeável na porção superior da edificação. Além de ser uma alternativa sustentável, traz diversas vantagens aos usuários. No que se refere ao comportamento térmico, o processo de trocas térmicas entre o interior e o exterior da construção revestida de vegetação é retardado pela ação isolante da cobertura, mais do que com outros materiais comumente utilizados, como as telhas cerâmicas ou metálicas. Por esta razão, as temperaturas dentro da edificação sofrem uma menor variação entre seus valores máximos e mínimos, o que protege a construção contra temperaturas extremas. Estudos comprovam que a cobertura promove uma redução de até 3ºC no interior da edificação e melhoram em até 30% as condições térmicas dos espaços. Isto permite a diminuição do uso de climatizadores, gerando uma consequente economia de energia. Para quem dispõe de sistemas de aproveitamento de águas das chuvas, a vegetação e a terra do telhado verde criam um filtro natural e a água que cai da chuva pode ser utilizada para regar plantas, tomar banho, etc. Ainda, se instalados sobre lajes com capacidade de utilização, tornam-se ótimos espaços de lazer.

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Além das vantagens para os usuários da edificação, o sistema traz também vantagens para as cidades: retenção das águas da chuva, armazenando toda a água excedente e aliviando as tubulações de águas pluviais da cidade, contribuindo para minimizar inundações; purificação do ar através da fotossíntese da vegetação, consumindo gás-carbônico e liberando oxigênio e isolamento acústico do ambiente, tornando seu entorno agradável na medida em que diminui a poluição sonora.  O telhado verde ainda mantém a umidade relativa do ar constante no entorno da edificação, formando um microclima que também purifica a atmosfera em sua volta.

Seguindo a tendência de diversos países, algumas cidades brasileiras já possuem incentivos ao uso do telhado verde. No Rio de Janeiro, há um programa de isenção parcial do IPTU nas edificações em que são instalados. No Paraná, desde abril deste ano, uma lei obriga todos os prédios públicos a apresentarem telhados ecológicos, e o telhado verde encontra-se entre as opções. (Continua).



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