Pedro Alberto Skiba (Reticências)
Diretor do Jornal Evolução
Conselheiro da Ordem dos Jornalistas do Brasil
Patrono da Associação Catarinense de Colunistas Sociais (ACCS)
Membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi)
Vice-presidente do Conselho Deliberativo da Federação Brasileira de Colunistas Sociais (Febracos)
Diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet/SC)
Consul do Poetas del Mundo
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Brasileiro é povo solidário, emotivo e que se comove facilmente. Interessante que a cada tragédia sempre fica uma lição, mas o aprendizado – por mais trágico que seja – é curto e as consequências só ficam para aqueles que são enlutados. O Brasil, o Rio Grande do Sul, Santa Maria, o mundo se comoveu com a tragédia do incêndio na boate Kiss, que matou mais de 250 pessoas. Um estrago que provocou enjôos, mal estar, impotência. Que revelou todo o descaso das autoridades, falta de fiscalização, alvarás mal concedidos, omissão, mas que é a realidade dos ambientes em que as festas e a alegria às vezes são substituídas pelas tragédias. Jovens, vidas promissoras, estudantes universitários, carreiras pela frente, quase ninguém com mais de 30 anos. O abalo, o choque, a comoção para todos logo passarão e ficará apenas a estatística da segunda maior tragédia com perdas de vidas em um incêndio no País. A dor maior, a falta, o insubstituível, a ausência, a tristeza e as saudades só não serão esquecidos pelos familiares que perderam seus filhos, netos, irmãos. O pragmatismo da morte, a dura realidade das perdas, o despertar neste novo dia com a certeza de que nada mais pode ser feito deverá ser o grande sofrimento de familiares e amigos dos que se foram. A cidade de Santa Maria não será mais a mesma depois desse acontecimento sombrio. Podemos dar todo o apoio, acolher a quem sofre essa dor única de pais que perderam filhos, invertendo o ciclo natural da vida, mas somos obrigados a refletir sobre o ocorrido, para tentar salvar outras vidas, e construir uma cultura de prevenção, para que essas tragédias, de certa forma anunciadas, não voltem a se repetir. Já se sabe, a esta altura, que a casa noturna que incendiou e matou tantos estava com total irregularidade nas medidas de proteção contra incêndios – e que sua obra era uma verdadeira arapuca, com uma única entrada/saída e sem os recursos necessários para proteger vidas e combater acidentes. Mas a visão puramente burocrática dos poderes públicos pode colaborar, pela omissão e falta da noção de perigo, para que mais mortes se repitam. Por todo o país é notória a falta completa de medidas punitivas e coercitivas para que essas casas de diversões funcionem impunemente. Qualquer local, mesmo sem as mínimas condições, é adaptado e grandes festas e ajuntamentos humanos são feitos sem qualquer preocupação com a segurança dos frequentadores. Ou o poder público, em todos os seus níveis, assume seu papel educador e preventivo ou ainda iremos chorar muitas vidas perdidas. Quantos ainda morrerão, quantas famílias terão que ficar enlutadas, quanta dor deverá ocorrer, até que essas atitudes criminosas, que só visam o lucro e o ganho fácil, sejam combatidas, punidas, prevenidas e sanadas?Agora só resta procurar os culpados. E eles não estão longe. Somos todos nós. São as autoridades em quem confiamos. São os exploradores do lucro sem nenhum escrúpulo e preocupação com a vida. Não precisamos ir longe. Há anos Evolução percorreu vários estabelecimentos em São Bento do Sul e mostrou a nossa realidade. Clubes, salões e sociedades sem o mínimo de prevenção. Portas de fugas que abriam para dentro. Falta de saídas de pisos superiores para áreas externas. Instalações elétricas precárias e sobrecarregadas. Falta de caixas d’água, hidrantes e pararraios. Falar em segurança especializada, isto, então, não passa de piada. Quase fomos sacrificados por alguns membros de diretoria e proprietários de casas noturnas. Como aqui não se age, mas se reage, está mais que na hora de uma blitz nestes estabelecimentos, mas com uma força tarefa que mobilize todos os setores da segurança em conjunto. Se não for agora, tudo logo cairá no esquecimento e também poderemos ser notícia nacional pela omissão.
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“A corrupção pode compensar”
Do promotor Afonso Ghizzo Neto, idealizador e coordenador da campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”: “A corrupção pode compensar, mas só recompensa quando praticada impunemente. O desvio de dinheiro público, de milhões, por exemplo, que deixam de ser devidamente aplicados na educação, na saúde, na segurança, etc. Não por acaso, segmentos diversos lutam para legitimar a impunidade através da aprovação da PEC 37, que impedirá a ampla investigação de corruptos, de corruptores e de grandes criminosos”.
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Edi na tribuna
Conversei com o vereador Edi Salomon (PP), que promete, em sua estreia na tribuna, pronunciamento bombástico envolvendo assunto de grande importância para a cidade e região.
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Xeque mate com bispo e cavalo
É o mais difícil dos mates. Para efetuá-lo, deve-se forçar o rei adversário a se movimentar até um dos cantos e dar mate com o bispo. Assim também é no xadrez da vida e das profissões. Seguidamente temos assistido em São Bento do Sul os lances do bispo pondo em xeque seus discípulos. Também em silêncio, como recomenda o jogo. A comunidade religiosa assiste a tudo sem esboçar nenhuma reação. Vivemos o episódio que envolveu a troca de padres na paróquia de Oxford – prevaleceram o poder, a força e a determinação do bispo. Agora novamente o tabuleiro se repete e novamente o bispo encurralou e deu o xeque mate no padre Ademir. Perdeu a comunidade, perderam os amigos e muitos fiéis que devotavam grande fé no carisma de padre Ademir, que, além dos conselhos religiosos, tinha a capacidade de conquistar amigos. Claro que os contrários também existem. Imaginem se não fosse assim. Pois bem. Já estou quase desacreditando naquele ditado que o bem sempre vence. Ultimamente não tem me parecido assim. Os que, como xadrez, chamarei aqui de “cavalos” – e pior de tudo é você combater com o inimigo desconhecido – são uma verdadeira eminência parda e que agem no silêncio, na obscuridade, que querem mandar sem ter o poder, e não podem ser contrariados. Também não gostam de ouvir as verdades. A cada movimentação de uma peça no tabuleiro, vibram com o resultado do qual tomaram parte sorrateiramente. Fico triste, pois sempre que nos identificamos com algum sacerdote, que a comunidade aprende a conviver e a compreender seus ensinamentos, lá vem a troca. Os inimigos ocultos. “Não me entregues à vontade dos meus adversários; pois se levantaram falsas testemunhas contra mim, e os que respiram crueldade” – Salmos 27:12. Que padre Ademir, em seu sacerdócio, saiba perdoar aos ignorantes. Boni pastoris est tondere pecus, non deglubere.
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O cliente tem razão
Boa tarde, Pedro!
Primeiramente, meu agradecimento pela atenção com relação à minha reclamação no Face. Venho há muito reclamando das concessionárias Peugeot. Eles colocam uma estrutura de vendas para vender trinta veículos por mês. Colocam apenas um mecânico para manutenção. Agora este mecânico viaja para fazer um curso sobre um novo carro. E os carros adquiridos anteriormente? Preciso urgente uma troca de pastilhas de freio que deveria ter sido fito na revisão dos 30 mil – que não fizeram, e o mecânico só volta na quinta-feira. A oficina simplesmente não está funcionando. É um absurdo que existam empresários que pensem e agem assim com os consumidores. Agendei uma revisão em Curitiba. Mas até lá vou, com certeza, deteriorar a roda, pois o carro está sem pastilha – o que a oficina deveria ter feito já há um mês quando da revisão dos 30 mil.
Alerta - suporte técnico - concessionária veículo Peugeot
A concessionária Peugeot de São Bento do Sul tem um foco em vendas. O seu staff da oficina está todo em curso em São Paulo para um lançamento de um novo veículo. Nós, consumidores, que optamos em adquirir um carro desta marca estamos até na quinta-feira sem nenhum suporte. O negócio é deixar o veículo na garagem. Vender é fácil... a pós-venda??? Infelizmente... Pode??? A quem reclamar... ainda bem que existem alguns meios eletrônicos.
Um grande abraço e sucesso sempre!
Mário Nenevê - São Bento do Sul/SC
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Pedradas do Pedroka
- Qual a diferença entre sociedades, clubes, recreativas e boates em relação a fiscalização e exigências de segurança?
- Por que a igreja, que prega tanta democracia e igualdade, não elege seus bispos pelo voto dos padres?
- Determinados usuários do Facebook e de outros meios virtuais são tão ou mais perigosos que muitos Sputniks.
- O número de desenlaces entre casais conhecidos na cidade é assustador.
- Por que bispo não consulta a comunidade católica quando pretende transferir um padre?
- Por que a mídia se deleita com as grandes catástrofes? Desloca seu melhores profissionais, equipes inteiras para ficar o dia todo falando e mostrando a mesma coisa?
- Alô... alô... Vigilância Sanitária. Catadores que não pertencem à cooperativa estão tornando quintais de casa verdadeiros lixões. E a vizinhança que se aguente!
- Bebeu se ferrou. Não tem mais tolerância. Será que a fiscalização agora será intensificada com a Lei Seca acabando com a impunidade?
- Bares, restaurantes, boates e até festinhas caseiras terão que ter motoristas de plantão.
- E se o padre que celebrou duas missas seguidas sair dirigindo para celebrar em outra paróquia e for parado em blitz, como é que fica?
- E agora estourou. As denúncias e reclamações contra as vendas incentivadas pela Celesc e realizadas pelas lojas Colombo estão sendo boas para quem, afinal? Se a moda pega, a Petrobras vai, por economia de combustíveis, facilitar a compra de carros novos nos mesmos moldes? Tá cheirando negociata.