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Falta de produtos atrasa entregas do programa Bônus Eficiente da Celesc

Terça, 29 de janeiro de 2013

 

Pelo menos 1 mil consumidores de Santa Catarina ainda aguardam receber o que compraram na campanha da estatal

 
 
Falta de produtos atrasa entregas do programa Bônus Eficiente da Celesc Cristiano Estrela/Agencia RBS
Paulo teve que esperar 81 dias para ter o freezer antigo substituídoFoto: Cristiano Estrela / Agencia RBS

A promessa era entregar produtos novos com desconto de 50% em até 30 dias, como forma de renovar os eletrodomésticos dos consumidores e aumentar a eficiência energética nas residências do Estado.

A entrega, atrasada para 1 mil consumidores catarinenses, será regularizada até o fim de fevereiro, garante a rede de Lojas Colombo, vencedora da licitação para comercializar geladeiras, freezers e condicionadores de ar com abatimento no preço dentro do programa da Celesc.

Em outubro, as Lojas Colombo começaram as vendas dos 28 mil eletrodomésticos com subsídio de 50%, pagos em parcela única pela estatal que distribui energia elétrica em SC pelo programa Bônus Eficiente.

O gerente regional de SC da Colombo, Willy Edgar Capelari, explica que há falta de estoque no fornecedor para atender a demanda, que está acima do esperado. A regularização das entregas levará um mês.

Seis prazos depois, cliente recebe o produto

O aposentado Paulo Roberto Hazan, 61 anos, comprou um freezer para substituir o eletrodoméstico que tem há 10 anos na casa de praia, no Sul da Ilha de SC. Ele foi até a loja no dia 6 de novembro e recebeu seis prazos para que a nova encomenda fosse entregue, até que conseguiu receber o eletrodoméstico mais econômico no último sábado. Antes de ser atendido, insatisfeito com o serviço prestado, ele registrou queixa no Procon estadual.

— Fui na loja por cinco ou seis vezes para ver como estava a minha entrega. A última vez foi na terça-feira (da semana passada). Paguei três das oito parcelas da compra. Eu só queria trocar meu freezer por um novo, mas eles nunca entregavam — reclamou Hazan na sexta-feira, antes de ter o pedido atendido no dia seguinte.

— Nossa meta é entregar todos os refrigeradores, freezers e aparelhos de ar-condicionado que estão atrasados até o dia 15 de fevereiro. Para quem comprou e tem previsão de entrega para fevereiro, faremos a entrega a partir do dia 16 e até o fim daquele mês. Com isso, vamos voltar à normalidade a partir de março — projeta Capelari.

O gerente da rede varejista afirma que a maior parte dos atrasos remete às compras feitas entre o fim de novembro e as duas primeiras semanas de dezembro. A maior demanda, em janeiro, tem sido por condicionadores com potência de 9 mil BTUs, que somam 330 compras ainda não entregues aos consumidores do Estado.

A Colombo estima que ainda restam cerca de 1,1 mil produtos para serem comercializados dentro do programa da Celesc, e que estas vendas devem ser feitas até o fim de fevereiro.

 

Reclamações se multiplicam pelos Procons

Apenas em Florianópolis, há 861 entregas atrasadas, de acordo com a Lojas Colombo. As reclamações de quem adquiriu o produto e ainda não recebeu se espalham pelos Procons de cada cidade: são pelo menos sete queixas em Blumenau, 15 em Joinville e outras oito no órgão estadual, apenas com casos de moradores da Capital. O órgão auxilia o consumidor a negociar a entrega com a empresa.

Em Blumenau, há 242 entregas atrasadas, segundo estimativas da empresa. O Procon da cidade impôs o dia 5 de fevereiro como prazo para que sejam entregues todos produtos vendidos através do Programa Bônus Eficiente que estejam atrasados.

A Colombo comercializou, em Blumenau, 1.173 eletrodomésticos, dos quais foram entregues pelo menos 931, segundo a varejista. O morador do Distrito do Garcia, em Blumenau, Jener Armando Silva, que comprou um freezer no dia 6 de novembro, chegou a pedir o dinheiro de volta.

— Consumidores de várias cidades da região, que não possuem uma loja da rede Colombo, vieram para a cidade aproveitar a campanha — explica Jorge Nemer, gerente do Procon municipal de Joinville.

O diretor jurídico do Procon-SC, Gabriel Meurer, esclarece que a falta de aviso de que o prazo não será cumprido é um desrespeito ao consumidor e que isto pode render uma multa de R$ 400 a R$ 6 milhões por cada processo administrativo aberto, de acordo com o faturamento da empresa que não cumpriu o prometido.



Como proceder em casos como este

Veja o que fazer quando a entrega demora, quebrando o contrato

— Primeiro, procure a loja para resolver a situação amigavelmente. O prazo definido deve ser de comum acordo entre consumidor e loja e, de preferência, registrado por escrito;
— Se, mesmo após uma segunda data, a loja não entregar no novo prazo, o consumidor deve registrar a situação no Procon. Após o registro, é a instituição que entrará em contato com a empresa para resolver o caso;
— Não havendo acordo entre o Procon e a empresa, um processo administrativo, que pode gerar uma autuação, é instaurado. A multa pode variar de R$ 400 a 
R$ 6 milhões, variando conforme o porte da empresa;
— Caso se sinta lesado, o consumidor também pode processar a empresa por danos morais junto a uma vara especial de pequenas causas. O valor da ação dependerá da avaliação do juiz.

Fonte: Procon-SC



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