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Fernando Tureck: “Precisamos trabalhar unidos – pelo bem da cidade”

Segunda, 28 de janeiro de 2013

O prefeito Fernando Tureck (PMDB) recepcionou o Evolução em seu gabinete para esta entrevista, concedida na manhã de quarta-feira. Ele falou das primeiras semanas de trabalho, da burocracia governamental, das nomeações e da prioridade para o primeiro ano de governo.

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“Com um relatório inicial a respeito da maneira como recebemos a Prefeitura, podemos definir as primeiras metas. Digo isso porque temos como ideia trazer para cá o contrato de gestão, com metas, objetivos e prazos que cada um dos secretários terá que cumprir” (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)
 

EVOLUÇÃO – Pela primeira vez como prefeito, Fernando Tureck concede esta entrevista ao Evolução – que seja a primeira de muitas ao longo destes quatro anos. Já há três semanas e alguns dias no cargo, como o senhor pode dar as boas vindas aos nossos leitores e aos munícipes, prefeito? 

FERNANDO TURECK – Antes de mais nada quero agradecer àqueles que confiaram em nós. Também quero dizer, porém, que vamos fazer um trabalho voltado para todos. Sempre digo: quando a acaba a eleição, é hora de guardar as bandeiras partidárias e trabalhar pela cidade. A democracia se faz com diversidade de opiniões. A partir de agora não podemos encarar ninguém como vencedor ou vencido. Precisamos trabalhar unidos – pelo bem da cidade. É com este pensamento que temos conversado bastante com nossos vereadores – não só com os vereadores do PMDB, mas também com os vereadores que fazem parte da oposição na Câmara. Com este pensamento, creio que poderemos fazer um trabalho conjunto. O que temos pedido aos secretários, nestas primeiras três semanas, é que eles façam um diagnóstico completo da situação da Prefeitura. Apesar de a transição ter ocorrido de forma transparente – tudo o que pedimos nos foi repassado –, apenas no momento em que o secretário senta à cadeira e abre os arquivos e documentações é que ele terá noção do que está acontecendo realmente. É isso que estamos fazendo neste primeiro momento. Com um relatório inicial a respeito da maneira como recebemos a Prefeitura, podemos definir as primeiras metas. Digo isso porque temos como ideia trazer para cá o contrato de gestão, com metas, objetivos e prazos que cada um dos secretários terá que cumprir. No dia em que os secretários foram nomeados, eles assinaram esse contrato – e temos como objetivo fazer anexos periódicos com estas metas. Terminado esse prazo inicial – de sessenta ou noventa dias, para fazer um levantamento completo –, colocaremos no papel os primeiros prazos e metas, passando a fazer uma cobrança mais intensiva para cada um.

 

EVOLUÇÃO – Passou o nervosismo da campanha, passou a euforia da vitória, passou aquele friozinho na barriga por conta da diplomação e da posse. Agora, nos primeiros dias sentado na cadeira de prefeito, qual é o seu sentimento? Como o senhor se sente como prefeito de fato de São Bento do Sul?

FERNANDO TURECK – É um sentimento de grande responsabilidade. Cada uma destas fases citadas tem suas dificuldades. Um cargo como o de prefeito exige muito da pessoa. É preciso estar comprometido vinte e quatro horas com o trabalho. Não é apenas uma empresa com 2,5 mil funcionários. É algo muito mais complicado. São fundações, secretarias, etc. Cada um destes órgãos tem sua particularidade. Então, na verdade, são pequenas empresas dentro de uma só. É necessário equilibrar o conjunto destes setores, não apenas em relação às questões técnicas e administrativas, mas também politicamente.

 

EVOLUÇÃO – O senhor está preparado para enfrentar a burocracia do serviço público? Tipo assim: na iniciativa privada, para exemplificar, se uma porta for quebrada, é só comprar outra e trocá-la. No serviço público, tem licitação, a empresa perdedora pode entrar na Justiça, etc. Quer dizer, daqui a pouco podem ser necessários três meses para trocar esta mesma porta. Como o senhor se imagina diante desta situação?

FERNANDO TURECK – O controle sobre o dinheiro público é muito importante, para que não haja mau uso. O grande problema é o excesso de burocracia. Queremos tentar simplificar o processo, para que as coisas ocorram da maneira mais ágil possível. Porém, repito: é importante que haja esse controle. Agora, é claro: se formos comparar com a iniciativa privada, há uma diferença grande! Lá, o gerente da empresa pode tomar a decisão e pronto. Aqui há uma série de etapas que deve ser seguida. Isso acaba criando alguma morosidade. Isso ocorre aqui e ocorre em outros municípios. Temos que estar preparados, temos que nos adaptar e tentar fazer o melhor governo com estas possibilidades. Quando fizemos o nosso Plano de Governo, sabíamos dessa burocracia e dessa morosidade.

 

EVOLUÇÃO – De repente a vontade de fazer as coisas vai a uma velocidade, mas a burocracia vai a passos mais lentos. Ou seja, será preciso conciliar essa questão.

FERNANDO TURECK – O que mais preocupa são as questões que não dependem da prefeitura – que dependem de outros órgãos, como uma emenda parlamentar ou um convênio com o Estado, por exemplo.

 

EVOLUÇÃO – O funcionalismo voltou de férias ontem (terça-feira). O senhor pretende fazer uma reunião maior, com todos os funcionários, como fez o seu colega de partido, o então prefeito Fernando Mallon?

FERNANDO TURECK – Temos passado nas secretarias e nas autarquias, conversando e tomando conhecimento de situações. Assim, já conversamos também com funcionários. Estamos implantando uma filosofia de trabalho para valorizar o servidor público, não apenas com salário adequado, mas principalmente no dia a dia, sem nenhum tipo de perseguição, colocando cada um em seu devido lugar, podendo desempenhar uma boa função. Temos também o apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.

 

EVOLUÇÃO – O senhor sabe que muitas vezes não é fácil lidar com as vaidades humanas. Talvez em um órgão governamental isso seja maior ainda. Este é outro desafio que o senhor terá pela frente – se sente preparado para isso? De repente um “ti-ti-ti” aqui e outro ali acabam sendo uma coisa normal, porque às vezes as picuinhas, infelizmente, acabam se sobressaindo em relação a outros fatos que deveriam ter uma importância maior...

FERNANDO TURECK – Com diálogo, mostrando o que deve ser feito, acho que conseguimos combater essas picuinhas.

 

EVOLUÇÃO – E a prioridade para o primeiro ano de governo, qual é?

FERNANDO TURECK – A Saúde. Tenho conversado com o (secretário) Deodato (Hruschka). Ele está fazendo também um levantamento na Saúde. Ele já fez uma compra emergencial de quase R$ 300 mil em medicamentos – para suprir uma falta que veio do passado. Essa questão não diz respeito apenas a São Bento do Sul – em todos os municípios a Saúde sempre terá que ser a prioridade. Tenho conversado com outros prefeitos, que sempre apontam que a Saúde é um poço sem fundo – quanto mais se investe, mais tem que se investir. Quando participei da posse como segundo vice-presidente da Amunesc (Associação dos Municípios do Nordeste de Santa Catarina), conversamos sobre essa questão também.

 

EVOLUÇÃO – Quanto às nomeações e cargos, como está? O senhor comentou ao Evolução, final de ano, que pretende buscar o próprio funcionalismo efetivo da Prefeitura...

FERNANDO TURECK – Faltava o secretário de Planejamento. O Cássio Zschoerper aceitou o nosso convite. Ele tem alguns compromissos pessoais e profissionais, mas deve assumir agora no início de fevereiro, completando o nosso primeiro escalão. Os demais cargos vamos preenchendo de acordo com a necessidade. Ontem (terça) os funcionários retornaram ao trabalho, então agora vemos a Prefeitura com um ritmo um pouco mais acelerado. Assim poderemos ver a necessidade de cada setor e podemos nomear os demais escalões. Sempre que possível, vamos priorizar os funcionários efetivos, de carreira, pois eles já conhecem o trabalho.

 

EVOLUÇÃO – Já tem alguma viagem agendada a Brasília?

FERNANDO TURECK – Por enquanto não. Vai haver um encontro com prefeitos eleitos em Brasília, mas o Arildo (Gesser, vice-prefeito) vai nos representar, levando também uma equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, responsável por fazer o meio de campo entre a Prefeitura e o governo federal. Nesse momento, então, vai o Arildo, até por ele ser do PT e ter as portas abertas em Brasília e ter um bom relacionamento com a (ministra) Ideli (Salvatti) e com o (deputado federal) Décio (Lima).

 

EVOLUÇÃO – Mas o senhor não será um prefeito de gabinete, não é? Quando precisar, vai ao governo do Estado, vai à Secretaria Regional, vai à capital federal?

FERNANDO TURECK – A nossa intenção não é ficar no gabinete – claro, é necessário despachar, atender, fazer a parte administrativa. Porém, é preciso fiscalizar o que a Prefeitura está fazendo, indo às obras e visitando Postos de Saúde, por exemplo. Isso é importante também para o cidadão poder conversar conosco, relatando seu entendimento em relação a cada um dos setores do governo. Em relação à visita a órgãos públicos, sempre que a presença do prefeito for importante e necessária, vamos lá! Claro, desde que traga resultados para o município, sem encarecer muito as diárias.

 

EVOLUÇÃO – Muito bem, prefeito. Alguma consideração?

FERNANDO TURECK – Quero agradecer ao Evolução pelo espaço. Quero dizer também que estaremos aqui sempre à disposição dos órgãos de imprensa para prestar os esclarecimentos necessários.



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