Florianópolis - O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST), prevê a execução de cinco projetos para geração de trabalho, emprego e renda aos catarinenses nos próximos dois anos.
Serão criados 12 Centros de Trabalho, Emprego e Renda; uma escola de ofícios, além de projetos para os catadores de material reciclável, economia solidária e cursos de qualificação profissional por intermédio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Social). “Estamos investindo em projetos muito importantes, porque será mais um passo no avanço das políticas públicas, da proteção social e na especialização e descentralização do conhecimento com o objetivo de habilitar as pessoas para o trabalho”, destacou o secretário da pasta, João José Cândido da Silva.
Dentre os projetos a serem executados a partir de 2013 está o de atender aos trabalhadores que lidam com materiais recicláveis e reutilizáveis. Para este público, foi criado o “Reciclando a Vida: Transformação, Trabalho e Cidadania”. O público alvo deste projeto são 1.396 catadores autônomos ou integrados em empreendimentos de reciclagem ou coleta seletiva dos municípios de Biguaçu, Florianópolis, São José e Palhoça. O projeto será executado em diversas etapas em 24 meses.
A primeira delas será a elaboração do Plano de Desenvolvimento da Ação Local e da identificação do público beneficiário e dos territórios priorizados. Em seguida, os catadores serão inseridos no Cadastro Único do Governo Federal para o recebimento de benefícios sociais como o Bolsa Família, por exemplo.
Será realizada ainda a profissionalização dos catadores e a formalização dos negócios. Destes trabalhadores, 70% são autônomos e 30% estão em algum outro tipo de organização de trabalho. O diretor de Trabalho, Emprego e Renda da SST, Edilson Godinho, destacou que o objetivo é promover o acesso dos catadores ao trabalho decente e à inclusão social com ações integradas de escolaridade, educação social e profissional. “Vamos incentivar ainda o empreendedorismo e a geração de trabalho, emprego e renda”, afirma.
Economia solidária – Para fomentar a economia solidária no Estado, a SST investirá no fortalecimento dos centros de economia solidária que já existem em Chapecó, Lages e na Grande Florianópolis. Os projetos de economia solidária envolvem cooperativas, associações e outros tipos de organização, que produzem bens, prestam serviços, tratam de finanças solidárias, fazem trocas e comercializam produtos. Tudo baseado nos princípios de cooperação, solidariedade, atividade econômica e autogestão. Entre os diversos grupos beneficiados com esse tipo de ação estão as mães que trabalham em casa, os portadores de necessidades especiais, quilombolas, indígenas, caboclos e ex-presidiários.
Qualificação – A expectativa é de que no próximo ano 35 mil alunos sejam matriculados nos cursos do Pronatec Social em SC. Neste ano, 22 mil alunos foram matriculados nos cursos, que são coordenados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A SST/SC contribui na articulação entre os municípios e as unidades que oferecem a qualificação. Os alunos estão matriculados no sistema S (Senac, Senai, Senar, Senat), e institutos federeais (IFSC e IFC).
Centros de Trabalho- Também serão criados os Centros Estaduais de Trabalho, Emprego e Renda com expectativa de atendimento a 900 mil pessoas por ano. Estes Centros funcionarão como postos de atendimento regionais do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e darão suporte à rede do sistema já instalada nas imediações.
Escola de ofícios - Outro projeto é a reestruturação do Centro Educacional Dom Jayme, na Palhoça, para sediar uma escola de ofícios. O Centro, que é vinculado à SST, oferecerá cursos de qualificação profissional gratuitos para cerca de 2 mil alunos ou trabalhadores/ano da região metropolitana de Florianópolis. Serão cursos nas áreas do artesanato, alimentação, beleza e estética, construção e reparos, gráfica, metal-mecânica, saúde, telemática, turismo e hospitalidade e vestuário.
A escola de ofícios será voltada aos trabalhadores desempregados e desocupados; trabalhadores com mais de 40 anos; jovens de 16 a 25 anos; jovens que ingressarão no 1º emprego; mulheres; pessoas com deficiência; artesãos; estudantes do ensino básico e médio de escolas da rede pública; trabalhadores com baixa ou nenhuma qualificação profissional e escolaridade.