O novo secretariado do governador Raimundo Colombo (PSD) está desenhado. E com a escolha de xerifes, que vão ficar encarregados de tentar aprofundar o choque de gestão.
Com a meta de fazer de 2013 o ano da execução das grandes obras, Colombo aposta na formação de uma equipe mais envolvida com a administração pública do que com projetos partidários. Entre as mudanças já confirmadas, estão três nomes que ocupavam posições de destaque no secretariado, ainda que estivessem oficialmente em funções que não condiziam com as atribuições que Colombo deu a cada um.
Murilo Flores (PSB) deixa a Fatma para ser secretário de Planejamento, atribuição que tem muito a ver com o fato de ser o secretário-executivo do Pacto por Santa Catarina. Derly Anunciação, criador do Modelo de Gestão Estratégica, sai da Casa Civil para assumir a Secretaria de Administração. E Antônio Gavazzoni (PSD), presidente da Celesc e autor de um estudo que deve fundamentar mudanças estruturais como a extinção da Cohab e a fusão entre Cidasc e Epagri, vai para a Fazenda em 2013.
Para Gavazzoni, tanta preocupação em montar um secretariado tem a ver com o estilo mais detalhista de Colombo e com a vontade de fazer seu governo decolar neste ano.
— Ele é muito meticuloso, atento a tudo o que acontece no governo. O governador quis compreender toda a máquina administrativa antes de tomar decisões. Agora que ele já conhece a estrutura que tem em mãos, que entende tudo de uma forma muito harmônica, ele passa para a fase de fortes realizações. Não há dúvidas de que isso vá ocorrer em 2013 e 2014 — argumenta Gavazzoni.
A reforma também deve marcar a vinda para o governo de prefeitos que terminam seus mandatos agora em dezembro (ver quadro). Nos bastidores, outro nome de confiança de Colombo, o ex-secretário da Casa Civil Antônio Ceron (PSD), estaria prestes a retornar ao governo após ser derrotado na disputa para prefeito de Lages nas últimas eleições.
A expectativa é pelo retorno de Colombo dos EUA, previsto para sábado. A partir daí, devem ser oficializadas as mudanças – há preocupação em agilizar a reforma para não atrapalhar o andamento do Pacto.