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Corinthians vence o Al Ahly e espera adversário na final do Mundial de Clubes

Quarta, 12 de dezembro de 2012

 

Clube brasileiro bateu o time egípcio por 1 a 0, com gol do peruano Guerrero, em jogo pegado

 
 
Corinthians vence o Al Ahly e espera adversário na final do Mundial de Clubes Toshifumi Kitamura/AFP
Guerrero sofreu com a marcação egípcia, mas conseguiu arrumar espaço para marcar de cabeçaFoto: Toshifumi Kitamura / AFP

Não fossem as inscrições de algumas placas de publicidade em japonês, os jogadores do Corinthians poderiam comparar facilmente a partida do Al Ahly, nesta quarta-feira, com outra qualquer disputada no Pacaembu. A prometida invasão da Fiel aconteceu e, com mais de 20 mil torcedores no estádio, foi fundamental para garantir os brasileiros na final do Mundial de Clubes. Com gol de Guerrero, o Timão venceu o Al Ahly, o peso do primeiro jogo e o forte frio em Toyota.

A partida não foi fácil como chegou a se cogitar. No segundo tempo, os brasileiros sofreram uma grande pressão, principalmente com a entrada do experiente Aboutrika. Os egípcios tiveram boas chances, mas pecaram na finalização e não conseguiram marcar o gol do empate.

O adversário do Corinthians na final sai na manha de quinta-feira. Chelsea e Monterrey duelam para definir quem será pressionado pelo canto incessante da Fiel torcida. Entre os jogadores brasileiros não há preferência, mas um duelo com os ingleses, além de mais provável, soa como um desafio ao Timão. Poder vencer os outros brasileiros do elenco campeão da Europa - David Luiz, Oscar, Ramires e Lucas Piazon - terá um gosto especial.

COMEÇO PEGADO

Pelo menos nove em 10 estreias de competições são marcadas pelo nervosismo e pelo estudo de jogo. Todos entram focados em não errar e dar a chance do adversário sair atrás do placar. Porém, do pensamento às atitudes em campo, muitas coisas são diferentes, e Corinthians e Al Ahly demoraram a ter tranquilidade e criar boas jogadas. Focados em uma marcação pesada no meio-campo, as equipes não tinham espaço e, apertadas, erravam muitos passes.

Emerson Sheik abusava da individualidade. Jogando pela ponta esquerda, o atacante recebia a bola e, cercado por pelo menos dois marcadores, partia para cima. Até passava pelo primeiro, mas não conseguia escapar do segundo. Com mais posse de bola, os brasileiros não demonstravam criatividade e Danilo, o camisa 10, só participou do jogo aos nove minutos. Coincidentemente, a primeira finalização da partida. O meia corintiano fez uma boa jogada com Alessandro, que alçou a bola na área. A zaga egípcia afastou mal e Douglas emendou um chute de direita, sem deixar a bola cair. O remate passou rasteiro, à direita do goleiro Ekramy.

A oportunidade animou os brasileiros, que apostavam na chegada de Paulinho, entrando pelo meio da área egípcia. Forçando os passes, o Corinthians passou a oferecer os contra-ataques ao Al Ahly, que desperdiçava o passe final. Isolado, Paolo Guerrero pouco participava na troca de passes. Mas a insistência do técnico Tite fez sentido. O comandante não colocou um homem fixo de área apenas como enfeite. Aos 29 minutos, no primeiro cruzamento certeiro do time, feito por Douglas, com a parte externa do pé, o atacante peruano subiu sozinho e testou no contrapé de Ekramy, que pulou, mas não foi capaz de impedir o gol que deu mais força à nação corintiana presente no Estádio de Toyota. Na comemoração, três tapinhas no escudo da camisa, mostrando uma identificação recente, mas que, se continuar a marcar gols tão importantes, não vai parar de crescer.

O gol fez os egípcios saírem em busca do empate e permitiu ao Corinthians jogar como gosta, ocupando espaços e saindo em velocidade. Forte na marcação, os brasileiros se desdobravam. A função de roubar a bola não estava exclusiva aos volantes. Por vezes, Danilo, Douglas e Emerson Sheik recompuseram a defesa, dando carrinhos para desarmar e garantindo a vitória parcial no intervalo.

MARCAÇÃO FROUXA E PRESSÃO EGÍPCIA

Na volta do intervalo, o estilo de jogo foi semelhante ao do final da etapa inicial. O Al Ahly, em busca da vitória, encontrava um Corinthians bem armado, pronto para usar de seus habituais perigosos contra-ataques. Emerson Sheik se esforçava na tentativa de encaixar uma saída, mas desperdiçava passes e finalizações. Os egípcios, na tentativa de deixar o time mais ofensivo, colocaram o experiente Aboutrika em campo e conseguiram afrouxar a marcação brasileira com um homem mais ofensivo no meio-campo.

Passava dos 17 minutos quando aconteceu a primeira finalização do segundo tempo. Rabia, em chute de fora da área, acertou um remate perigoso, que passou próximo ao ângulo esquerdo de Cássio, assustando o goleiro corintiano. Três minutos mais tarde, outro ataque perigoso dos egípcios. Aboutrika, em um lançamento de longe, encontrou Fathi sozinho, nas costas de Fábio Santos, que chegou finalizando e, por muito pouco, o Al Ahly não chegou ao empate.

Assustado, o Corinthians tentava fazer o tempo passar. Tite resolveu mexer no time, que havia perdido o domínio do meio-campo e não tinha mais contra-ataques. Emerson Sheik deu lugar a Romarinho e Jorge Henrique substituiu Douglas. Focado na marcação, o Timão se defendia com todos os jogadores atrás do meio-campo. Sem conseguir entrar, os egípcios arriscavam chutes de longe, com algum perigo. Porém, a sorte estava do lado dos brasileiros e a final do Mundial garantida. A Fiel permanecerá até domingo no Japão, na espera para poder comemorar o título do outro lado do mundo.

FICHA TÉCNICA

Corinthians (1)

Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André, Fábio Santos; Ralf, Paulinho; Danilo, Douglas (Jorge Henrique), Emerson (Romarinho); Guerrero (Guilherme Andrade)

Al Ahly (0)

Ekramy (Abu El Saoud); Fathi, Gomaa, Nagib, Kenawi; Said (Aboutrika), Rabia, Hossam Ashour, Soliman; Gedo (Emad Moteb), Al Sayed Hamdi

Gols: Paolo Guerrero (C), aos 29 minutos do 1º tempo

Arbitragem: Marco Antonio Rodríguez (Fifa/México), auxiliado por Marvin Rivera e Marcos Huitron
Local: Estádio de Toyota, em Toyota (Japão)
Público: 31.417



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