Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
09/12/12 Dom: Br 5,1-9 – Sl 125 – Ef 1,4-6.8-11 – Lc 3,1-6
Neste, 2º Domingo do Tempo do Advento, o Evangelho de Lucas, traz o profeta João Batista, sobre o qual caiu a Palavra de Deus no deserto. João Batista é o protótipo do homem que Deus preparou para estar à frente de sua imagem, Jesus, e para abrir aos outros o caminho de acesso ao próprio Jesus. João Batista, depois de Maria, é a pessoa preparada para acolher o Senhor que vem. João Batista é uma síntese viva do Antigo Testamento. Por isso, contemplamos nele a característica fundamental de toda a história que a precedeu: a esperança, a espera, expectativa. Como fruto de uma fé total na Promessa, a espera, expectativa é a condição indispensável para o cumprimento. Se Deus tardou em cumprir a promessa, é porque espera ser ‘esperado’ por alguém. Se não for esperado, não pode vir; se, contra ou a despeito da liberdade humana, vem, é como se não tivesse vindo. Na verdade, quem espera se volta para aquela, aquele ou aquilo que não existe. Assim, é João Batista. Ele está totalmente voltado para o futuro de Deus e chama as pessoas a desfazerem seus arranjos existenciais para se voltarem para Ele. João Batista, como, estruturalmente o ser humano, é ‘excêntrico’. Seu centro está fora; o peso do seu coração tende, por uma lei da gravidade espiritual, para a promessa de Deus. Se este equilíbrio constitui a característica fundamental do homem em busca da sua imagem, do seu rosto, perdida. Criado a imagem e semelhança de Deus, seu protótipo vivo, o ser humano é muito grande para se bastar a si mesmo e muito pequeno para satisfazer o seu desejo: o homem, com dizia Pascal, supera o homem! Eis porque só em Deus pode encontrar a si mesmo e ser salvo. “Fizeste-nos para ti, ó Deus, e nosso coração andará inquieto enquanto não repousar em ti” disse Santo Agostinho. A primeira palavra de João Batista é a salvação universal. Desde que se volte para Deus. Senão, o homem está perdido, pois chegou o momento decisivo. O dia do Senhor, a vinda de Cristo, introduz, com efeito, a história no seu sentido último e na sua reta final. A pregação de João Batista, embora radical e dura, é chamada de ‘consolação’ e ‘evangelho’, boa notícia. Seu destino será o mesmo dos profetas que o precederam. O centro da pregação de João Batista, na verdade é Isaías 40, onde se consola o povo que está para ser libertado da escravidão e se exorta o mesmo povo para preparar a volta à pátria da liberdade. Já a pregação de Jesus parte de Isaías 61, onde se proclama o ‘hoje’ em que este retorno acontece. João Batista e Jesus se relacionam como Antigo e Novo Testamento, promessa e realização, lei e graça. Lucas apresenta João Batista como aquela ‘via de acesso’ que conduz a Jesus. Por meio de João Batista, Lucas quer conduzir o judeu, hoje, o cristão, a acolher o Senhor que vem. É o nosso Antigo Testamento, concentrado. Natal! Festa da vida, da família, da fraternidade, da solidariedade e da partilha! Natal! Tempo de encontro, de esperança, de reflexão, de sonho e de ternura! Natal! Troca de presentes, de celebração da vida, encontro de amor, de paz e de doação! Natal de um novo tempo, que nos traz esperança de vida, compromisso com os irmãos de toda a terra! Natal! Somando forças, partilhando projetos. Tempo de nos lançarmos para frente em caminhos de luz, para construir a esperança! Natal! É hoje, é amanhã. É sempre Natal, se tivermos com Jesus e unidos entre nós!
10/12/12 – Seg: Is 35,1-10 – Sl 84 – Lc 5,17-26
11/12/12 – Ter: Is 40,1-11 – Sl 95 – Mt 18,12-14
12/12/12 – Qua: Gl 4,4-7 – Sl 95 – Lc 1,39-47
13/12/12 – Qui: Is 41,13-20 – Sl 144 – Mt 11,11-15
14/12/12 – Sex: Is 48,17-19 – Sl 1 – Mt 11,16-19
15/12/12 – Sáb: Eclo 48,1-4.9-11 – Sl 79 – Mt 17,10-13
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