Aprender a ouvir
O grande problema dos políticos em geral – com as exceções cada vez mais raras, infelizmente – é que eles, muitas vezes, fazem as coisas sem ouvir a população. Aliás, a população que os elege na dita “festa da democracia”. Ou seja, os políticos entram com projetos normalmente sem ouvir, em nosso caso, os munícipes, que são – ou deveriam ser – os principais interessados. Vide o caso da proposta para aumento das cadeiras para vereadores. Alguém pode citar o exemplo de um parlamentar que foi questionar o povo sobre o projeto? Alguém pode citar um único exemplo? É uma pena que os tais “representantes do povo” ajam dessa forma, fechando os olhos e os ouvidos para a comunidade – comunidade que, em parte, manifestou-se ferozmente e fez com que os nobres edis retirassem a ideia de pauta.
Não resta dúvida que, se os políticos em geral fossem mais espertos, conseguiriam sair com a moral elevada – e não mais desgastada ainda, como aconteceu agora. Tudo porque não têm a capacidade (ou a vontade, vá saber...) de ouvir quem paga impostos para sustentar a máquina e o salário e os benefícios dos parlamentares. Parece até que alguns fazem questão de “queimar o filme”, sem se importar, antecipadamente, com a opinião pública. O preço que se paga, assim, é cair em maior falta de credibilidade, aliás, uma verdadeira especialidade da classe política. Que mais este caso sirva de exemplo!