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Saúde mental: Esquizofrenia e depressão


Estes são os principais casos de atendimento do Centro de Atenção Psicossocial

 

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Quadro depressivo: entre as ocorrências de maior vulto no órgão de São Bento do Sul (Fotos Elvis Lozeiko/Evolução)
  

Em funcionamento desde novembro de 2011, o Centro de Atenção Psicossocial de São Bento do Sul (CAPS) está localizado na rua João Pauli, bairro Colonial. Atualmente, são quarenta pacientes fixos atendidos diariamente. Lá, participam das diversas terapias existentes, alimentam-se, recebem medicamentos. Mais do que isso, recebem atenção e carinho dos profissionais envolvidos. Além da coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Cristina Pessin, trabalham no CAPS Cassiano Robert, terapeuta ocupacional; Cássia Neves, enfermeira; Daniela da Silva, técnica em enfermagem; Eliane Zélia dos Santos Stradioto, psicóloga; Carla Paquera, farmacêutica; Orneles Vicente dos Santos, assistente social; Marilene Strapassoni, pedagoga; Camila Kaszubowski, educadora física; Luiz Amilton, médico psiquiatra; e Beatriz Fernandes e Jane Vaz Barbosa, auxiliares. “Todos realmente fazem parte desta equipe”, destaca a coordenadora. “Eles participam mesmo do tratamento, com os cuidados necessários aos pacientes. Além disso, também temos reuniões semanais com a equipe”, frisa.

 

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Pacientes dançam ao embalo de “Modern Talking”: diferentes terapias são oferecidas para o tratamento
  

DOS 17 AOS 78 ANOS

O CAPS tem pacientes que vão dos 17 aos 78 anos. A coordenadora Cristina Pessin informa que a esquizofrenia e a depressão são as ocorrências de maior vulto. “A esquizofrenia está os principais casos em São Bento do Sul”, diz. No caso da depressão, explica, os registros estão principalmente entre adolescentes. Conforme ela, durante muito tempo o setor de saúde pública no Brasil trabalhou principalmente com idosos e adultos. “Esqueceu-se que adolescentes e crianças também têm depressão”, analisa. A depressão, diz, pode ser tratada. “A depressão pode ser tão intensa que às vezes chega à dor física”, conta. Há casos em que a pessoa sequer consegue sair da cama. Ela diz, contudo, que é preciso separar o depressivo clínico do “depressivo de momento”.

 

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Atividades físicas – como o alongamento – também estão entre as atividades realizadas pela equipe de profissionais
  

A VIDA INTEIRA

Se a depressão pode ser tratada, a esquizofrenia não tem cura. “O paciente vai ser esquizofrênico a vida inteira”, explica. Cristina Pessin também destaca a participação da família no processo. “O trabalho com a família é fundamental”, define. Com os familiares dos pacientes, há reuniões periódicas. A coordenadora lembra que ter um doente mental na família “é estressante e cansativo” – daí a necessidade de se fazer um bom trabalho de tratamento e recuperação. Questionada sobre o preconceito que muitas vezes a sociedade pode ter em relação a um paciente, a coordenadora destaca que ele “é um doente, e não um marginal ou um malandro”. O CAPS já conseguiu vitórias com a volta dos pacientes à vida, digamos, normal. “É um resgate”, resume. Ela cita o caso de uma mulher até então maltrapilha, cuja residência andava suja, cheia de ratos. Hoje ela praticamente voltou a viver – prepara seus próprios alimentos, cuida da higiene pessoal, sai nos finais de semana, vai passear.

 

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Medição da pressão arterial: acompanhamento da saúde física e participação de familiares são fundamentais
  

DROGAS

O CAPS atende também usuários de drogas, embora não seja um atendimento específico – para tanto projeta-se a instalação de um CAPS-AD (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas). Os usuários de drogas atualmente são atendidos mediante convênios com clínicas. Outros pacientes atendidos são aqueles com sequelas de AVC, portadores de síndromes variadas, pessoas com transtornos mentais. São oferecidos exames e encaminhamentos, também. O CAPS trabalha principalmente com a Secretaria de Educação para dar um suporte para os profissionais da área e para alunos – embora o atendimento do órgão seja efetuado “a todo e qualquer munícipe”, nas palavras da coordenadora.

 

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“É um resgate”, analisa a coordenadora de Saúde Mental, Cristina Pessin
  

TERAPIAS DIVERSAS

Entre as terapias oferecidas no CAPS, estão as mais diversas: dança, culinária, AVD (atividades da vida diária, como escovar os dentes ou arrumar a cama), lições básicas de economia (contar dinheiro, por exemplo), horta, tapeçaria, artesanato em geral, crochê (proposto por um grupo de pacientes mulheres), pintura em tecido, violão, atividades físicas, entre outros. Um paciente é também o professor de inglês da turma. Existe ainda o “Dia da Beleza”, com atividades como corte de cabelo e pedicure, por exemplo. Agora, em período de final de ano, os alunos vão fazer bolachas de Natal.

O Centro de Atenção Psicossocial de São Bento do Sul, que presta mais de seiscentos atendimentos por mês – entre eles consultas com psiquiatra e visitas familiares –, pode ser contatado pelo telefone 3635-3973 e pelo e-mail caps@saobentodosul.sc.gov.br. (E.L.)



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