Um crime brutal chocou a população de Rio Negro, no Paraná, nesse sábado. Um soldado do exército matou a avó de 68 anos com 14 facadas por causa da cobrança de uma dívida.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Renato Wasthner de Lima, Wellinton Palhano, 19 anos, que trabalha no quartel da cidade, confessou o crime.
— Ele assumiu o crime com a maior naturalidade —, disse, espantado com a frieza do jovem.
Coleta Hirt lavava roupa para fora e teria prestado o serviço algumas vezes para o neto, o que havia gerado uma dívida de R$ 100. De acordo com o delegado, o neto e a avó já haviam discutido algumas vezes por causa do dinheiro.
Na manhã desse sábado, por volta de 9h30, o militar chegou na casa de dona Coleta, que no momento preparava um frango para o almoço, e os dois começaram a discutir, após a senhora cobrar a dívida mais uma vez. Wellinton pegou a faca que ela estava usando e partiu para cima dela desferindo três facadas no peito. Dona Coleta caiu, mas se levantou e reagiu, então Wellinton cortou o calcanhar de uma das pernas para que a avó não conseguisse andar e, em seguida, deu mais nove facadas.
O crime foi descoberto porque cerca de uma hora depois, um cliente de dona Coleta apareceu para pegar as roupas que havia deixado para lavar e estranhou a demora da senhora em abrir a porta. Ao perceber uma janela um pouco aberta, o cliente se aproximou e viu dona Coleta no chão em meio ao sangue.
A polícia foi chamada e após conversar com alguns vizinhos, soube que o neto de dona Coleta havia estado na casa mais cedo. Como ele é militar, o delegado foi até o quartel e soube que Wellinton estava de serviço, mas que havia saído por volta de 9 horas para comprar um remédio.
Assim que foi encontrado, a polícia teve acesso ao coturno e a farda de Wellinton, que estavam com vestígios de sangue. Por ser militar Wellinton está preso no quartel de Rio Negro, onde vai permanecer até ser concluído o processo de expulsão do exército, quando será encaminhado a um presídio.