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Santa Catarina volta a bater recorde de exportações em 2011, superando 2008

Quinta, 22 de novembro de 2012

 

Fiesc divulga nesta quinta-feira um balanço que mostra a retomada das vendas internacionais feitas pelo Estado

 
 

As exportações de SC superaram pela primeira vez, no ano passado, os números recordes de 2008. Após a crise financeira daquele ano, a tendência de aumento das vendas externas do Estado sofreu uma reversão.

Os dados estão no documento Análise do Comércio Internacional Catarinense 2012, publicação que a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) divulga hoje durante o seminário sobre o tema, na sede da entidade em Florianópolis.

O documento mostra que, apenas em 2011, o Estado retomou o crescimento nas exportações observado até 2008. Desde 2000 e até aquele ano, o ritmo de ampliação nas vendas era de US$ 1 bilhão por ano, em média.

A cadência foi interrompida no ano da crise, quando o volume de exportação atingia os US$ 8,3 bilhões, e se refletiu no ano seguinte, quando as vendas internacionais desabaram para a casa dos US$ 6,4 bilhões.

O sinal da retomada veio no ano passado, quando o total de exportações saltou de US$ 7,5 bilhões para US$ 9 bilhões, movido por empresas de pequeno e médio porte que exportaram, em 2011, até US$ 1 milhão.

Nichos garantem a melhora dos números

A situação não chega a apontar um forte crescimento para os próximos anos em função da instabilidade que permanece na Europa e na Argentina. O segundo alarme está do outro lado da balança. O total de produtos importados em 2011 foi US$ 3 bilhões maior do que no ano anterior.

O diretor de Relações Industriais e Institucionais da Fiesc, Henry Quaresma, diz que a reorganização da economia norte-americana, principal destino das exportações catarinenses, ainda deve demorar até que retome o peso que tinha até a crise de 2008.

— Só então retomaremos o que tínhamos nas exportações para eles. Enquanto isso, temos diversificado os mercados, com a América Latina, em função da logística facilitada, da Ásia e da África que compram carnes e metalmecânica — avalia Henry.

Além dos mercados, o perfil das empresas também chama atenção. Do total de exportadores, 33% entraram no mercado internacional a partir dos anos 2000. A venda para o exterior, no entanto, não é prioridade para 39% das empresas consultadas.

— Desde 2009, com a crise mundial e a elevada taxa de câmbio, houve grande procura pelo mercado interno. O poder aquisitivo do brasileiro também cresceu, o que levou ao aumento nas vendas do varejo. Agora, a aposta internacional tem sido em nichos de mercado, com produtos específicos e baixos números de exportação, sobretudo das empresas menores — frisa o industrial.



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