esquisa do instituto Data Popular revela que os consumidores das classes A e B se mostram incomodados pela ascensão econômica da classe C, que passou a comprar produtos e serviços que apenas a elite tinha acesso. O levantamento foi feito com 15 mil pessoas das classes mais favorecidas, em todo o Brasil.
O estudo aponta ainda que 55,3% dos consumidores do topo da pirâmide acham que os produtos deveriam ter versões para rico e para pobre. Para 48,4% dos entrevistados a qualidade dos serviços piorou com o acesso da população; 49,7% preferem ambientes frequentados por pessoas do mesmo nível social; 16,5% acreditam que pessoas mal vestidas deveriam ser barradas em certos lugares e 26% dizem que um metrô traria "gente indesejada" para a região onde mora.
Renato Meirelles, diretor do Data Popular, declarou aos jornais que durante anos a elite comprava e vivia num “mundinho” só dela. "Nos últimos anos, a classe C 'invadiu' shoppings, aeroportos e outros lugares aos quais não tinha acesso. Como é uma coisa nova, a classe AB ainda está aprendendo a conviver com isso. Parte da elite se incomoda, sim", ressalta Meirelles, destacando também que aeroportos lotados é culpa das empresas e da infraestrutura, não dos novos consumidores.
Pelos cálculos do governo, 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média nos últimos dez anos, levando essa camada social a representar 53,9% da população atual.
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