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Com a Fenaostra cancelada, mais de 1 milhão de ostras estão sem destino

Quarta, 21 de novembro de 2012

 

Empresa que começou montagem tem prejuízo de pelo menos R$ 500 mil.
Prefeitura de Florianópolis diz que cancelamento é por falta de recursos.

 

Produtores, artesãos e empresários que estavam trabalhando para que a Fenaostra acontecesse ficaram sem saber o que fazer e com um grande prejuízo depois que o evento foi cancelado na terça-feira (20). Cada artesão esperava lucrar até R$ 25 mil nos dez dias de festa. "É como se eles tivessem desmontando a nossa moral, o nosso sonho. E isso é muito importante, porque nós somos trabalhadores também, nós dependemos desse dinheiro", diz a artesã Maria Inês Behr.

Segundo o presidente das Cooperativas de Ostras (CoperOstra), Henrique da Silva, a estimativa era que seis associações de Florianópolis vendessem quase 1,2 milhão de ostras na festa - sem contar os oito restaurantes. "Nós já estamos com as ostras gratinadas, os bolinhos, todo o material pronto. Ou seja, a gente pode falar nas seis associações que participam. Cada uma tem o prejuízo estimado de R$ 20 mil a R$ 30 mil por baixo, nessa brincadeira do cancelamento da Fenaostra", afirma Henrique.

Assim que a produção foi informada oficialmente sobre o cancelamento da Fenaostra, parte da estrutura já começou a ser desmontada. Segundo o dono da empresa que venceu a licitação, Milton Fischer, foram gastos R$ 530 mil. "Eu estou surpreso porque oficialmente nós não fomos informados do cancelamento pela prefeitura. Nós soubemos pela RBS, quando começou a nos procurar. Estava tudo confirmado para assinar o contrato no final do dia (20) e continuamos montando a feira no ritmo normal, porque o tempo que nós tínhamos já era muito apertado", explica.

De acordo com o procurador-geral de Florianópolis, Jaime de Souza, a empresa foi a primeira a ser avisada do cancelamento. "Em segundo lugar, eles não foram convocados oficialmente para assinar o contrato", diz. Já o empresário diz que foi autorizado a começar a montagem antes da assinatura do contrato. "É uma questão técnica. Você não consegue montar um evento desse tamanho sem que tenhamos o mínimo de tempo", afirma Fischer.

O chefe de gabinete de Florianópolis, José Nilto Alexandre, disse que os governos estadual e federal não repassaram a verba e que a prefeitura não tem como arcar sozinha com a festa. Mas o Estado e o Ministério da Pesca culpam a falta de compromisso da prefeitura pelo cancelamento. Em nota, o Ministério da Pesca disse que a organização do evento enviou um pedido em tempo não hábil para a formalização do convênio. E a Secretaria Estadual de Turismo disse que o valor de quase R$ 1,5 milhão não foi pago por causa de irregularidade na prestação de contas da Fenaostra de 2011, que recebeu mais de 60 mil pessoas.

"Se houve um problema de prestação de contas de uma feira anterior, não é um problema que deve ser transferido a nós. Nós viemos, somos orgulhosos de fazer a feira, queríamos atender ao público todo, mas infelizmente chegamos em um impasse. Como empresário, eu tenho que mandar parar (a montagem), diz Fischer.



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