“São pessoas com feridas que não são diagnosticadas por aparelhos médicos: traumas, ressentimentos, angústias, mágoas, entre outras”
Por Robson Mello*
No mês de outubro, o padre Reginaldo Manzotti esteve em Curitiba para o lançamento do livro “Feridas da Alma”. No evento, o sacerdote autografou a obra e falou ao público sobre o tema. “A alma fala através da angústia, da ansiedade, do mal-estar; situações que não conseguimos diagnosticar em aparelhos, mas que nem por isso deixam de existir”, comentou junto com os fiéis. Focando em problemas emocionais comuns na sociedade – como estresse e depressão –, o livro é dividido em três partes: diagnóstico, superação e cura. Por meio de textos bíblicos e embasados na fé católica, o autor busca mostrar caminhos para que o leitor vença essas e outras aflições. “A expectativa com a obra é que as pessoas reflitam sobre os problemas que têm. Quer queiram ou não, quer aceitem ou não, estão lá muitas feridas emocionais, sentimentais. São feridas que a pessoa carrega e que trazem um desgosto muito grande ao longo da vida”, explica o padre Reginaldo em entrevista à Ler & Cia (nov./dez.2012).
Segundo ele, a ideia do livro nasceu depois de acompanhar muitas histórias de pessoas que o procuram pela internet, telefone, programas de rádio e TV. “São pessoas com feridas que não são diagnosticadas por aparelhos médicos: traumas, ressentimentos, angústias, mágoas, entre outras. Eu tenho afirmado que estar doente não é ser doente. Não se deve aceitar o diagnóstico pelo diagnóstico. É preciso aceitar a cura de Deus, com todo o apoio da medicina”.
LIBERTAR
Para o padre, é fundamental utilizar a fé e a espiritualidade em busca da cura para os traumas emocionais, mas ele reconhece a importância da ciência. “Eu defendo uma cura psicoespiritual, que é se valer da psicanálise, da psicologia e das ciências, mas também se valer da espiritualidade, de um Deus que é capaz de libertar o homem”. O sucesso do livro “Feridas da Alma” também ficou comprovado pela entrada da obra na lista de mais vendidos da revista “Veja”. Em menos de um mês após o lançamento, o livro alcançou a primeira posição do ranking, que é um dos mais importantes do País.
*Psicólogo e psicanalista em São Bento do Sul/SC.