Pedro Alberto Skiba (Reticências)
Diretor do Jornal Evolução
Conselheiro da Ordem dos Jornalistas do Brasil
Patrono da Associação Catarinense de Colunistas Sociais (ACCS)
Membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi)
Vice-presidente do Conselho Deliberativo da Federação Brasileira de Colunistas Sociais (Febracos)
Diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet/SC)
Consul do Poetas del Mundo
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“A área social, como educação, saúde, cultura, comunicação, esportes e outros, funciona mal com a burocracia tradicional de Estado, e pior com a comercialização e burocratização privada; basta ver a catástrofe que representam as intermédicas privadas, a explosão da medicina curativa em detrimento da prevenção e outras tendências que afetam diretamente a nossa qualidade de vida. Nessa área, não é nem a burocracia estatal nem o lucro privado que podem assegurar o funcionamento adequado, mas uma forte presença da comunidade organizada. O problema, portanto, não consiste em optar pela estatização ou pela privatização, segundo as correntes ideológicas, mas construir as articulações adequadas entre Estado, mercado e comunidade, por um lado, e os diversos níveis de Estado – poder central, estadual e municipal – por outro”. (Ladislau Dowbor – doutor em Economia e um dos pensadores da gestão pública de maior projeção no país, ao escrever sobre o “poder local diante dos novos desafios sociais”).
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Sinal dos tempos
Tudo muda – ainda bem. Os costumes, as tradições, aquilo que vivemos na infância deixa muitas saudades e nostalgia. Hoje vivemos atropelados pelos afazeres, pelos desafios, pelo querer mais e principalmente pelo ter. Isto faz com que nos afastemos e abandonemos muitos hábitos que, além de serem saudáveis, eram muito mais humanizados. Antigamente se via os meninos em bandos jogando bola de gude, os gritos, pois criança não sabe brincar quieta. As traquinagens que eram facilmente perdoadas ou castigadas com algumas palmadas ou vara de marmelo. Hoje o silêncio só é interrompido pelos bips, barulho de tiros nos combates do videogame. O que antigamente se chamava brincar de Farwest com um lenço cobrindo o rosto e revólver feito de pedaço de pau – agora se tornou jogo mortal com pontuação para o maior matador. A vida está banalizada e só vence quem mata mais. A criatividade de fabricar os próprios brinquedos, carrinhos de rolimã, de rodar com agilidade os aros da chapas de fogão, de nadar pelado nos rios para que os pais não tivessem vestígios de roupas molhadas, foi substituída pela tecnologia dos games. As meninas também não brincam mais com bonecas. Querem a maquilagem moderna, o esmalte com detalhes e apliques, o batom e, claro, o celular. Ninguém mais lembra da caixinha de fósforos amarrada em um fio e o faz de conta que era telefone. “Puxa, mas esse cara é das antigas mesmo! Vai ver que ajudou no rascunho da Bíblia”. Ah!. Podem me achar jurássico, mas tive um infância muito feliz. Não nos especializávamos em matar gente, nosso crime maior era a diversão de caçar passarinhos, menos a corruíra, que era considerada sagrada, pois diziam que havia pingado água na boca de Jesus. Pois é! Acabei fugindo do assunto principal. Neste final de semana – por sinal um dos mais agradáveis dos últimos tempos – recebi a visita do casal amigo Zelindro Farias e Marzely. Na sexta-feira, enquanto estava no mercado, recebi um telefonema através do qual eles simplesmente comunicavam: “Estamos passando Itapema e vamos para São Bento do Sul. Queremos nos hospedar em sua casa”. Em princípio uma preocupação, já seguida de uma alegria. Puxa! Se eles estão tomando esta iniciativa é porque devem nos gostar realmente. Sem formalidades, tínhamos um aniversário para ir e deixamos combinado que quando eles aqui chegassem nos ligariam e nos encontraríamos para recepcioná-los. Cheguei em casa, contei para a Zuleika, que mostrou grande surpresa e também alegria. Foi arrumar o quarto de hóspedes, toalhas e até um mimo para recebê-los. Comentei com algumas pessoas que se mostraram surpresas e exclamaram: “Mas vocês são tão amigos assim?, Poxa, eles simplesmente ligaram e disseram que iriam se hospedar em tua casa?”. Viu como os tempos mudaram – e não foi só para os jovens? Voltei rapidamente ao passado e lembrei de grande parte da minha infância na casa de meus pais em União da Vitória. Fui de um tempo feliz em que as visitas não tinham conversas interrompidas por televisão e que as crianças participavam e não se limitavam ao “Ahã, legal, tá”, monossilábicos. Também não havia o telefone, não o celular, o fixo mesmo. Ônibus circular não existia e automóvel, só para os ricos. Então as visitas eram realmente visitas. Eram marcadas com antecedência, e lá vinham os parentes ou amigos com sacolas para ficar no mínimo uma semana, pois as distâncias eram grandes e percorridas a pé. À noite todos se reuniam em volta do fogão de lenha e dá-lhe conversa, até atravessar a madrugada. Foi assim com a visita de Zelindro e Marzely. Obrigado, vocês nos fizeram voltar no tempo e nos lembrar que amigos não exigem formalidades nem protocolo. Amigo sé é ou não.
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Não na mesma mesa
Pelo que ouvi do empresário Evandro Müller de Castro, não o convidem para sentar à mesma mesa com a Irmã Nelsa Hackbarth, do hospital Sagrada Família. Evandro me disse que inclusive se absteve de participar da reunião do conselho da Acisbs com a mesma, com quem acredita não existir diálogo. Pena.
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Para chinês arregalar os olhos
Na segunda-feira, em comemoração aos 55 anos da Acisbs, uma revelação deveras alvissareira e que serve não só para os chineses arregalarem os olhos, mas, principalmente, para que os são-bentenses que ainda vivem a “Síndrome do Pânico do Dólar” abram os seus. Estudos feitos pelo economista Adelino Denk - que servirão de dados para a próxima edição do Perfil Socioeconômico – mostram que a economia de São Bento do Sul terá um crescimento em 2012 da ordem de 13%, superior em dois pontos percentuais ao da China.
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Recursos
O governador em exercício Eduardo Pinho Moreira, acompanhado dos secretários de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, e da Infraestrutura, Valdir Cobalchini, assinou a liberação de R$ 709 mil para o hospital Santa Cruz de Canoinhas. “Eu e Raimundo Colombo conversamos muito sobre a importância do Planalto Norte na história do Estado, e observamos o crescimento dessa região cada vez mais. Por isso, a relevância de investimentos desse porte para a região”, disse Pinho Moreira na segunda-feira, em solenidade na Associação Empresarial de Canoinhas.
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Costura
Os deputados federais Mauro Mariani (PMDB) e Rogério Peninha Mendonça (PMDB), o deputado estadual Jailson Lima (PT) e o prefeito eleito de Rio do Sul, Gariba (PMDB), conversavam sobre uma possível aliança entre PMDB e PT. Os dois partidos estiveram unidos em Rio do Sul e mais de 40 municípios nas eleições municipais. Peninha dizia que o deputado federal Décio Lima (PT) seria um bom nome para vice-governador. Nessa hora, o petista chegou e completou: “Continue com a campanha”.
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Tranquilo
Fui parceiro de um café com o prefeito Magno Bollmann. Solícito como sempre, está muito tranquilo, como sempre foi seu perfil. Sem ressentimentos nem mágoas, as eleições nem chegaram a entrar no assunto. Bola para frente, meu caro, e bom descanso.
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Rim e não ringue
A polêmica criada em torno da saída da Rim e Vida dos próprios do Hospital Sagrada Família está quase se tornando assunto para ringue literalmente. Da parte do hospital já foi informado que trata-se apenas do término de um contrato comercial. Contrariando informações divulgadas, a reunião na Acisbs não foi especificamente para tratar do assunto, embora tenha sido abordado. A pauta principal tratou da reaproximação com os empresários e a criação do Conselho Deliberativo, cujo impasse perdurava devido à Divina Providência não concordar. A mantenedora queria um Conselho Consultivo, mas, segundo informações do executivo da Acisbs Marcelo Cavinati, ficou acordado a formação do Conselho Deliberativo, assunto que será tratado pelo jurídico do Sagrada Família e pelo presidente da Acisbs, Jonny Zulauf. O conselho deverá auxiliar o hospital no sentido de planejamento estratégico e obtenção de recursos para sua manutenção. Marcelo disse também que o assunto Rim e Vida foi abordado e que a direção do hospital mantém sua posição, inclusive tendo esclarecido que, conforme previa o contrato, notificou o médico proprietário da Rim e Vida com 180 dias de antecedência para que ele se manifestasse, o que não ocorreu. Que os serviços não serão interrompidos e que nenhum paciente ficará sem atendimento. Que não existe nenhuma reclamação quanto à prestação de serviços, nem dos pacientes – o que é difícil é o relacionamento com o médico. A Acisbs não pretende se envolver neste problema, que é uma decisão da direção do Sagrada Família, que garante que não haverá interrupção nos atendimentos. A Rim e Vida não está impedida de atender nem de continuar funcionando.
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Tuper não para
Na noite do último dia 9, tive a oportunidade de estar com o diretor presidente da Tuper, empresário Frank Bollmann. O mesmo não escondia a alegria de mostrar em seu celular a foto da primeira peça produzida na nova unidade de “Andaimes Industriais”. Com tecnologia alemã e máquina fabricada pela própria Tuper, ainda este ano as peças já deverão estar no mercado e atendendo novo nicho, com foco nas grandes construtoras do País. Frank é só entusiasmo e a cada dia vence um novo desafio.
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Bom de urna
Luiz Henrique da Silveira está para Udo Döhler assim como Luiz Inácio está para Fernando Hadad. Luizão, como chamam os íntimos, mostrou que não é fraco de voto. Foi também quem elegeu Colombo governador, puxando a tropa do PMDB. Inegável. Agora já articula PMDB, PSD e PT juntos para as próximas eleições e apoiando Dilma para a reeleição. Poderá ser o novo presidente do Senado. Para o PSDB sobra torcer pelo Aécio – e o PP, se quiser uma suplência para o Senado. É mole!?
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Homenagem
Por indicação do deputado estadual Silvio Dreveck (PP), a Assembleia Legislativa, em Sessão Solene, homenageará o Hospital Salvatoriano São Luiz de Campo Alegre, outorgando-lhe a “Comenda do Legislativo”. Ato solene acontecerá dia às 19:00 do dia 19, no Plenário Osni Régis, em Florianópolis.
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Pedradas do Pedroka
- Sexo – É aquilo que, quando é bom, é ótimo. Mas, mesmo quando é ruim, ainda é muito bom.
- Status – É comprar uma coisa que você não quer, com dinheiro que você não tem, para mostrar pra gente que você não gosta, uma pessoa que você não é.
- Já não sei se foi bom ou ruim. Mas os políticos eleitos que se dizem nossos representantes foram os grandes ausentes no jantar dos 55 anos da Acisbs. Quer dizer, de ausência é o que eles mais entendem.
- Homem – é aquele que sonha ser tão bonito quanto a mãe acha que ele é; ter tanto dinheiro quanto o filho acha que ele tem, ter tantas mulheres quanto a mulher dele acha que ele tem; e ser tão bom de cama como ela acha que é.
- Uísque – É o melhor amigo do homem. É o cachorro engarrafado.