As telhas asfálticas, mais conhecidas como telhas “shingle”, foram inventadas há mais de 150 anos no Canadá e, hoje, é um dos sistemas de cobertura mais utilizados no mundo todo. No Brasil, vêm ganhando mercado há poucas décadas e têm sido cada vez mais utilizadas tanto em residências como em edifícios comerciais. Adequadas aos mais diversos tipos de clima, intempéries e estilos arquitetônicos, os grandes diferenciais da shingle são a estanqueidade total da cobertura e a utilização em ângulos de até 90º.
A telha shingle é composta por elementos descontínuos e possui na sua composição camadas a base de asfalto, fibra de vidro e acabamento superficial em grânulos ceramizados. O asfalto tem o papel de garantir a maleabilidade e adaptabilidade a qualquer tipo de superfície, além de conferir impermeabilidade ao telhado, evitando goteiras e infiltrações. A fibra de vidro proporciona resistência mecânica e estabilidade dimensional mesmo que submetida a variações térmicas extremas. A camada de grânulos ceramizados protege a composição ‘asfalto + fibra de vidro’ e proporciona proteção aos raios ultravioletas.
Para a instalação requer uma superfície plana, que pode ser uma laje de concreto ou assoalhamento em madeira. Para o assoalhamento, normalmente são utilizadas chapas de compensado naval ou OSB. Para se garantir o conforto termoacústico anunciado pelos fabricantes, é imprescindível o uso de ventilação entre o forro interno e o compensado, prevendo aberturas de entrada e saída de ar, com a finalidade de eliminar formações de condensação e isolar o ambiente interno das variações térmicas externas.
Apesar de apresentar um custo unitário maior que o das telhas cerâmicas, seu custo/benefício se mostra bastante interessante por conta das inúmeras vantagens do produto. Cerca de 70% mais leves que as telhas convencionais, sua espessura varia de 3 a 5,5mm. A estrutura de telhado necessária pode ser em madeira ou metálica, mas em qualquer dos casos é mais leve que o utilizado para as telhas cerâmicas, acarretando menor custo de fundação e estruturação. Sua flexibilidade permite a cobertura de telhados que possuem várias águas sem emendas: a própria telha recortada faz os acabamentos necessários de cumeeiras, espigões e águas furtadas, sem necessidade de compra de peças especiais como nos outros sistemas. Além disso, nos encontros de águas, as telhas se sobrepõem umas às outras, dispensando o uso de rufos ou calhas e resultando em total impermeabilidade, evitando entupimentos e vazamentos.
Apresentam alta resistência mecânica (não quebram), resistem a ventos de até 100km/h e não absorvem umidade. Resistem a fungos e algas e não encardem ao longo do tempo. Não propagam fogo e não apresentam nenhum efeito danoso à saúde. Resistem ainda a grandes variações térmicas proporcionando maior conforto ao usuário. O sistema também permite aplicações em ângulos variados entre 15º e 90º, sem amarrações ou trabalhos adicionais, com garantia de impermeabilidade. É possível, inclusive, utilizar como acabamento em fachadas. Sua maleabilidade permite que o produto se adapte facilmente a qualquer tipo de forma, seja ela curva, arredondada ou com diversos sentidos, possibilitando grande liberdade de criação. Possuem extensa variação de cores, texturas, forma e tamanhos, permitindo grande versatilidade e adaptação aos mais diversos projetos.