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Policiais Militares cobram do Governo ações para aumentar a segurança em Santa Catarina

Sexta, 16 de novembro de 2012


 

Eles apresentaram nesta sexta-feira os problemas enfrentados pela corporação

 
"Jogar a planilha de custos fora e fazer o que for necessário". Diante dos ataques, foi o que defendeu o sargento Amauri Soares, presidente da Associação de Praças de Santa Catarina, nesta sexta-feira, quando ele e o presidente da Associação dos Oficiais da PM e do Corpo de Bombeiros Militar, o coronel Fred Harry Schauffert, apresentaram a situação das corporações.

Para ele, os ataques em Santa Catarina são reflexo da falta de efetivo de policiais militares na rua:

— Se um bandido comete um assalto, ele sai andando, porque é muito improvável que apareça um policial. Paraná e Rio Grande do Sul têm proporcionalmente mais efetivo. Isso está acontecendo em SC não é por acaso.

O número ideal de efetivo seria de 20 mil policiais, hoje são 11 mil. Destes, Soares diz que três mil estão efetivamente nas ruas em todo o Estado. Ele argumenta que, neste momento, o governo deveria chamar os reservistas, ainda que implicasse um gasto a mais.

O sargento acredita que está na hora de parar de regular as horas trabalhadas e manter de prontidão todo o efetivo. Essa última medida já foi anunciada pelo comandante geral da PM, o coronel Nazareno Marcineiro, que afirmou seriam feitas quantas horas-extras fossem necessárias, para manter a segurança da população. Além de deixar de sobreaviso todos os policiais.

 — O que está na frente para o governo é a planilha do grupo gestor e então não há segurança mesmo. Está fácil para os bandidos. E isso que o nosso pessoal trabalha muito — afirmou Soares.

O documento apresentado nesta sexta citou outros problemas, como cancelamentos de cursos. Em 2013, estava prevista a formação de cadetes, que foi suspensa. O sargento ainda lembrou a falta de condições financeiras para a Operação Veraneio —quando policiais do interior do Estado são chamados para passar a temporada, trabalhando no Litoral.

De acordo com ele, um policial vindo de outra região, para atuar em Balneário Camboriú, ganha diária de R$ 100. Já o profissional que mora no Litoral e vai atuar na areia recebe R$ 36, para passar um dia inteiro na praia.


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