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Gilberto Dranka: “Piên nunca investiu tantos recursos próprios como neste mandato”


Com 4.654 votos (59,47% dos válidos), o prefeito de Piên, Gilberto Dranka (PSD), reelegeu-se no último dia 7 de outubro. Seu adversário, João Osmar Mendes (PSDB, com PSC, DEM, PSDC e PSB), o “João Padeiro”, ficou com 3.172 votos (40,53% dos válidos). Dranka contou com o apoio de diferentes partidos: PRB, PP, PDT, PT, PTB, PMDB, PSL, PTN, PR, PRTB, PHS, PMN, PTC, PV e PPL. Nesta entrevista, o prefeito reeleito fala do seu primeiro mandato, das obras e investimentos, da campanha propriamente dita e das prioridades para o segundo mandato.

 

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“Fizemos investimentos em todas as comunidades. Tanto é que não perdemos em nenhuma das urnas do município” (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)
  

EVOLUÇÃO – Conversamos nesta ocasião com o prefeito reeleito de Piên, Gilberto Dranka, que, aos 36 anos, recebe uma segunda oportunidade da população para comandar o município. Obrigado, prefeito, por nos receber nesta ocasião. Vamos relembrar como foi sua primeira eleição?

GILBERTO DRANKA – Em relação ao primeiro mandato, quando o iniciamos, procuramos buscar conhecimento. Houve uma certa dificuldade no início do mandato. Piên tinha uma dívida de R$ 18 milhões. Durante o primeiro ano, não conseguimos fazer nenhum convênio e nenhum financiamento. Depois, porém, houve perdão da dívida por parte do (então) governador (Roberto) Requião. Então pudemos começar a buscar financiamentos e ter emendas dos deputados federais. A cidade, hoje, após estes quatro anos de mandato, está passando por um momento muito especial, de desenvolvimento e de crescimento. Estamos dando condições para que o município cresça com infraestrutura e melhoramentos. Acredito que foi isso que nos deu a reeleição.

 

EVOLUÇÃO – Ainda sobre este mandato, o primeiro ano foi, como se diz, para “arrumar a casa”?

GILBERTO DRANKA – Foi. O perdão da dívida foi o principal. De qualquer forma, o primeiro ano foi produtivo. Com recursos próprios, compramos maquinários, como retroescavadeira e caminhões, por cerca de R$ 1,5 milhão. Houve uma dificuldade muito grande nas localidades rurais, porque foi um ano chuvoso. Conseguimos manter muito bem a Saúde e a Educação. No segundo ano adquirimos o Parque de Eventos do Município. São 174 mil metros quadrados no Centro da cidade. Eu sempre digo: vai ser um dos melhores parques de toda a região, porque é muito difícil encontrar sete alqueires de chão no Centro da cidade. Já existe uma pré-estrutura que está sendo montada lá.  No decorrer dos anos, tenho certeza, vai ser um marco para o município de Piên. Pagamos R$ 1,5 milhão, também com recursos próprios. Pagamos em duas parcelas, em 2010 e 2011. Desde o primeiro dia de mandato, em 2009, já estávamos correndo atrás de recursos para terminarmos o nosso hospital (Fundação Hospitalar Harry Guido Greipel). Durante a campanha, falava-se que faltavam os equipamentos. Após ganhar as eleições, vi que não eram apenas os equipamentos. Prova disso é que já foram investidos mais de R$ 2 milhões em obras. Todos esses investimentos agora fazem com que estejam concluídos os 100% das obras. Inclusive abrimos as portas do hospital para as pessoas conhecerem. As pessoas ficam admiradas com o tamanho do projeto e com a qualidade da obra.

 

EVOLUÇÃO – Foram R$ 2 milhões ao longo destes quatro anos?

GILBERTO DRANKA – Sim. Foram mais de R$ 2 milhões em obras. Agora no dia 19 de setembro foram depositados R$ 326 mil para a compra do raio-x e dos demais equipamentos para que possamos inaugurar o hospital. O ex-governador Roberto Requião entrou com alguns recursos, o atual governador Beto Richa também.

 

EVOLUÇÃO – Em breve teremos inauguração, então?

GILBERTO DRANKA – Não quero deixar passar, de jeito nenhum, do primeiro semestre de 2013. Também tem outros investimentos do nosso governo no terceiro e no quarto anos. Piên se desenvolveu bastante – fizemos obras em todos os cantos do município, em todos os dezoito bairros e localidades. Fizemos, por exemplo, oito pontes de concreto. Fizemos quatro Postos de Saúde novos. Também seis Centros Comunitários para a comunidade. Enfim, fizemos investimentos em todas as comunidades. Tanto é que não perdemos em nenhuma das urnas do município. Com recursos próprios e financiados, foram mais de R$ 5 milhões de obras. Temos, por exemplo, o Corpo de Bombeiros. Temos, ainda, o Terminal Rodoviário, que está pronto e será inaugurado no início do ano. Imagino que o governador fará uma agenda para inaugurá-lo juntamente com o hospital. Fizemos também o Centro da Mulher.

 

EXCLUSIVA – O Camu?

GILBERTO DRANKA – O Camu. Quem não conhece esse Centro da Mulher tem que conhecê-lo. É um projeto-referência em nível estadual. Houve investimentos de R$ 1 milhão em asfalto, ainda. Estamos executando as obras de uma escola em Campina dos Maia, uma escola de mais de R$ 1 milhão. Revitalizamos a Avenida Paraná, de Trigolândia, com R$ 150 mil. Foi uma obra bastante elogiada. Temos ainda os programas que desenvolvemos, como o de uniforme escolar e o do kit escolar.

 

EXCLUSIVA – É um programa inédito, correto?

GILBERTO DRANKA – Pela primeira vez os alunos ganharam uniforme escolar. Com certeza vamos manter este programa do uniforme escolar, que deu muito certo. Temos esse compromisso. Também criamos o programa de calcário para os agricultores. Demos um apoio muito grande aos agricultores para a diversificação de produtos. Temos um produtor de uva, por exemplo, que no ano que vem já vai fazer uma colheita – em parceria com os vinhos Campo Largo. Trabalhamos pesado na manutenção das estradas rurais, também. Na questão industrial, durante vários anos Piên passou por uma decadência nos empregos. Não havia empresas se instalando. Agora, durante nosso mandato, conseguimos trazer duas empresas. Uma delas está em fase de testes. Esses dias até estivemos na fábrica com o pessoal do Canadá e de Curitiba. Foram ligados os maquinários durante duas horas, para testes. Agora serão feitos os últimos ajustes. Serão empregadas quarenta pessoas diretamente – e, indiretamente, mais cem.

 

EXCLUSIVA – Fabricante de qual produto?

GILBERTO DRANKA – Pallets de madeira. É a primeira fábrica que está sendo construída no Brasil. Havia também uma fábrica de móveis, da Implantec, que acabou fechando. Lá se instalou uma fábrica de vidros que está com duzentos e quarenta funcionários do município, em três turnos. Também houve parcerias com empresas locais. Apenas pela Agência do Trabalhador, durante os quatro anos, foram mais de oitocentas vagas de postos de trabalho. Fizemos uma parceria com a PKC de Fragosos – hoje, são mais de duzentos funcionários daqui trabalhando lá. Fizemos um trabalho forte junto à Arauco para a empresa desse oportunidade para o pessoal de Piên.

 

EVOLUÇÃO – O desemprego, hoje, é baixo, então?

GILBERTO DRANKA – Se hoje abrir uma fábrica aqui para duzentos funcionários, acho que teríamos dificuldade para encontrá-los. Em alguns pontos que visitei durante a campanha, ouvi de um comerciante que me parabenizou: “Olha, eu tinha dez funcionários. Com o seu mandato, hoje tenho trinta”. Outra questão: durante nosso mandato fomos contemplados com quarenta casas do governo federal. Foram investimentos de R$ 1 milhão a fundo perdido. É um trâmite que leva um pouco de tempo, mas as famílias já foram selecionadas. Já houve a divisão dos terrenos, também. Porém, não é um projeto que acontece do dia para a noite.

 

EVOLUÇÃO – A base da economia de Piên, hoje, continua sendo o setor rural?

GILBERTO DRANKA – Sim. A base da economia, de renda, ainda é a agricultura – e o forte ainda é a plantação de fumo. São mil e seiscentos agricultores no município – e mil e duzentos deles plantam fumo.

 

EVOLUÇÃO – O prefeito comentou há pouco que às vezes as coisas não acontecem da noite para o dia. No serviço público muitas vezes as coisas não são como gostaríamos que fossem. O senhor vem da iniciativa privada – e qualquer decisão que se toma hoje já pode ser resolvida amanhã. Ou seja, se quer trocar uma porta ou uma janela, é só comprar e pronto. No serviço público tem toda a burocracia – tem que passar por licitação, a empresa que perde pode entrar na Justiça, enfim... Como é conciliar essa questão no serviço público?

GILBERTO DRANKA – No início do mandato sentimos muito essa situação. Hoje já estamos acostumados com a morosidade do serviço público. Mas, enfim, isso tem que ser feito, porque temos que trabalhar dentro da lei. Por isso é importante planejar um ano antes, seis meses antes. Qualquer empresário que assumir a prefeitura sentirá esse impacto, esse choque, porque é totalmente diferente. É uma diferença da água para o vinho, como se diz.

 

EVOLUÇÃO – Piên já faz parte da Região Metropolitana de Curitiba, certo? O que isso traz de benefícios para o município?

GILBERTO DRANKA – Um dos grandes benefícios é o próprio programa “Minha Casa, Minha Vida”, que, para a Região Metropolitana, tem um subsídio até de R$ 18 mil. Para quem não é nada Região Metropolitana, o subsídio é de até R$ 9 mil. Entrando na Região Metropolitana, também conseguimos entrar com o projeto de saneamento para a cidade. Quando inaugurarmos o Terminal Rodoviário e fizermos uma parceria com a empresa Urbs, de Curitiba, teremos o transporte coletivo com um preço 80% mais barato do que acontece hoje, com a Expresso (São Bento). Na questão de planejamento, como ruas e loteamentos, tudo passa pela Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba). Isso é importante porque a cidade vai crescer mais organizada, mais desenvolvida. É um projeto feito em conjunto com o Plano Diretor.

 

EVOLUÇÃO – E a campanha política, como foi em Piên?

GILBERTO DRANKA – Foi muito boa – e, quando você sai com um resultado positivo, é melhor ainda. Fizemos um bom trabalho na nossa administração. Por exemplo: Piên nunca investiu tantos recursos próprios como neste mandato. Assim, ficou fácil sair e pedir votos, porque em todas as comunidades eu tinha uma marca. Fechamos um grupo muito forte com partidos e candidatos a vereador. Isso nos deu uma tranquilidade para fazer uma campanha com os pés no chão. Em momento algum critiquei meu adversário e sequer citei seu nome. Preferi falar dos projetos, dos programas, das coisas boas que Piên está vivendo. Isso foi muito bom, porque a população teve mais conhecimento. Aqui é tradicional ainda aquela campanha de casa em casa, de visitas. Tirei quarenta dias de licença para fazer campanha – mesmo porque não queria misturar com a Administração Pública. Durante esses quarenta dias, passei em 80% das casas do município. É importante ver a realidade que cada um vive em seu bairro. Como moro aqui, conheço boa parte da população por nome. Ou seja, cumprimenta-se a pessoa pelo nome, já se sabe onde ela trabalha, o que faz. Há essa identidade forte. Não houve maiores problemas, pois fizemos uma campanha muito boa. Em nenhum momento a campanha acabou “esquentando” mais. Claro, também conhecemos nossos adversários – sempre nos cumprimentamos e tal. A minha campanha foi mostrar o trabalho que fizemos e pedir votos.

 

EVOLUÇÃO – Lá em 2008, quando o senhor foi eleito, certamente foi uma alegria imensa. Agora, com a reeleição, o sentimento é outro?

GILBERTO DRANKA – A alegria é a mesma. Em 2008 fiz a campanha baseada no nome do meu pai (Orlando Dranka, que governou Piên em 1983-1988 e 1997-2000). Na época, eu tinha 32 anos. Na reeleição também houve isso. Pelo trabalho que fizemos, tínhamos uma certa convicção de que ganharíamos as eleições.

 

EVOLUÇÃO – E as prioridades para o próximo mandato, que vai até 2016?

GILBERTO DRANKA – Uma das prioridades já falei no início da entrevista: a abertura do hospital. Após inaugurá-lo, queremos administrá-lo bem, oferecendo qualidade em saúde. Ou seja, não adianta abrir o hospital e não atender bem. Na Educação, as aulas já começam no início de fevereiro. Na Saúde, continuamos trabalhando normalmente. Veja: quando iniciei o mandato em 2009, eu tinha emendas parlamentares de R$ 250 mil. Hoje tenho R$ 3 milhões em emendas! Ainda este ano quero comprar mais uma retroescavadeira, para iniciar o ano com uma máquina nova. Ainda construiremos três quadras de esporte cobertas nos bairros, além de R$ 500 mil em asfalto e das casas que serão construídas. Já começamos a fazer algumas reuniões com o vice-prefeito Ingo (Hedegar Stracke, o “Ingo da Farmácia”). Ontem (terça-feira 6) fizemos uma reunião administrativa, trocando algumas ideias sobre o segundo mandato. Durante o segundo mandato, queremos fazer acontecer a Associação dos Agricultores e o Silo de Secagem de Grãos, buscando recursos do governo federal. Também vamos dar continuidade ao Parque de Eventos, com uma área de esportes e lazer nas proximidades dos lagos. Vamos continuar com o asfalto em Trigolândia, nas ruas laterais.

 

EVOLUÇÃO – Muito bem! Conversamos com o prefeito de reeleito de Piên, Gilberto Dranka. Mais alguma consideração, prefeito?

GILBERTO DRANKA – Quero agradecer a você, Elvis (Lozeiko, entrevistador), e também ao Pedro (Skiba), diretor do jornal Evolução. Quero dizer que estaremos, nossa equipe, o vice-prefeito e eu, com nossas portas abertas. Quando precisarem, por favor, contem conosco. Agora estamos fechando o mandato, fechando o ano – mas, com certeza, teremos quatro anos produtivos pela frente. 



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