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Indústria da reciclagem de garrafas plásticas dá novo destino ao PET em SC

Domingo, 11 de novembro de 2012

 

As maiores empresas do Estado precisam comprar material de outras partes do país, porque a reciclagem local não é suficiente para as suas capacidades.

 
 
 
 
 
Indústria da reciclagem de garrafas plásticas dá novo destino ao PET em SC Charles Guerra/Agencia RBS
Fábrica da Arteplas, em Itajaí, produz cordas e fios através da reciclagem de garrafas pet Foto: Charles Guerra / Agencia RBS

Cada garrafa PET, depois de passar por um processo de fragmentação de poucos segundos, se transforma em um novo produto e volta ao mercado. O processo ocorre todos os dias em 409 empresas país afora, 45 delas em SC.

Na Arteplas, empresa de Itajaí que é hoje a maior da América Latina na reciclagem e transformação do material em fios trançados, o produto final são cordas fabricadas a partir da reciclagem do PET.

A empresa de Itajaí é exemplo daquilo que o segmento intitula como empresas integradas, ou seja, indústrias que adquirem a garrafa PET, transformam o produto em flocos e depois em grãos até se transformarem em filamentos para cerdas ou para cordas (veja mais na arte). Para realizar este processo, a empresa envolve 318 funcionários diretos e outros 5 mil indiretos.

A Arteplas trocou de mãos apenas uma vez durante os 38 anos de fundação, quando o empresário Mário Reis repassou o negócio para o atual presidente, Janor Bianchini, em 2008.


Empresa teve que fazer suas máquinas

Uma das tradições preservadas desde o início da operação é o desenvolvimento de novas máquinas para atender ao negócio:

— A Arteplas foi fundada apenas dois anos depois da primeira conferência da ONU a discutir a preservação ambiental no planeta. E, para dar conta do projeto, o próprio empresário Mário Reis precisou desenvolver parte do maquinário que temos aqui. Hoje, continuamos a manter um setor para desenvolver novas peças — comenta Renato Hadlich, contratado para acompanhar a rotina da produção e aprimorar os processos sob a função de gestor.

Apesar de contar com apenas 11% do total de recicladoras do país, Santa Catarina detém grandes empresas, que consomem muito mais do que há disponível de oferta no mercado, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria PET (Abipet), Auri Marçon. No caso das indústrias catarinenses, por exemplo, é preciso comprar garrafas de outros estados para produzir conforme a capacidade instalada.

— Há três segmentos muito fortes de reciclagem no Estado, que são a transformação em cordas, a aplicação têxtil nas formas mais diversas — de travesseiros e cobertores a roupas — e o uso como cerdas de materiais de higiene — explica Marçon.

::: Veja a galeria de fotos da Arteplas e do processo de produção



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